Introdução: De 2007 até junho de 2020, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação 342.459 casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana no Brasil, tendo a maior proporção de diagnóstico ocorrido em pessoas com o ensino médio completo ou inferior do sexo masculino. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e sociodemográfico de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids em tratamento antirretroviral no município de Ponta Grossa (PR). Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, de coorte retrospectivo com dados obtidos por meio dos prontuários de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids que utilizaram o serviço de atenção especializada do município de Ponta Grossa (Serviço de Atendimento Especializado – Centro de Testagem e Aconselhamento) de janeiro de 2012 a junho de 2019. Foram utilizados como critérios de inclusão constar no prontuário ou na ficha de notificação: data de nascimento, sexo, escolaridade e a data da última consulta. Resultados: Após a aplicação dos critérios de inclusão, foram coletados dados de 1.049 pacientes. Verificou-se que 55,6% dos pacientes eram do sexo masculino, 88,6% dos pacientes foram infectados sexualmente e 73% eram heterossexuais. A média de idade entre as mulheres foi de 42,33 anos (desvio padrão=12,65). O tempo de tratamento médio foi de 5,28 anos (desvio padrão=4,77). Entre os homens, a média de idade 40,06 (desvio padrão=12,61) e o tempo de tratamento médio foi de 4,63 anos (desvio padrão= 4,76). Quanto à escolaridade, 42,8% declararam serem analfabetos ou terem ensino fundamental incompleto, 47,8% ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto ou completo e 9,4% que estão cursando ou terminaram ensino superior. Em relação ao estado civil, 40,9% se declararam união estável ou casados, 3,9% viúvos, 34,6% solteiros, 7,9% divorciados e 12,7% não informaram estado civil. Conclusão: São necessárias a continuidade e a expansão de políticas públicas voltadas ao tratamento e à prevenção da infecção pelo vírus da aids, principalmente voltada a públicos específicos, como o de menor escolaridade, tendo em vista a prevalência mais localizada dos casos.
Introdução: Cerca de 50% das pessoas com vírus da imunodeficiência humana em tratamento antirretroviral desenvolverão alterações neurocognitivas associadas ao vírus da imunodeficiência humana, sendo o uso precocemente adotado de terapia antirretroviral a principal recomendação para sua prevenção. Entretanto, ainda que o diagnóstico das alterações neurocognitivas seja desafiador, foram desenvolvidas diversas ferramentas para auxiliar nesse processo, como a International Human Immunodeficiency Virus Dementia Scale, validada no Brasil. Objetivo: Esta revisão sistemática tem como finalidade identificar os efeitos da terapia antirretroviral na prevalência das alterações neurocognitivas associadas ao vírus da imunodeficiência humana, avaliadas por meio da International Human Immunodeficiency Virus Dementia Scale. Métodos: Dois avaliadores selecionaram os artigos independentemente, de acordo com critérios pré-estabelecidos, tratando, dessa maneira, de uma revisão sistemática da literatura, que consistiu na busca de artigos no dia 7 de outubro de 2020 em: PubMed, SciELO e LILACS. Resultados: A busca gerou um total de 2.556 resultados. Após a primeira seleção restaram 84 artigos, que foram lidos na íntegra e submetidos a uma nova seleção, por fim restando 34 artigos. Desses, foram extraídos dados sociodemográficos, clínicos e relacionados à International Human Immunodeficiency Virus Dementia Scale. Com isso, observou-se que a prevalência de alterações neurocognitivas associadas ao vírus da imunodeficiência humana aumenta com a idade. Ainda que alguns dos resultados encontrados corroborem isso, em outros estudos a idade não foi significativa para estabelecer relação aos prejuízos neurocognitivos progressivos. Em relação ao uso de terapia antirretroviral, houve resultados conflitantes e, apesar das diferenças entre os antirretrovirais em relação aos efeitos no sistema nervoso central, poucos trabalhos detalharam os fármacos em uso e sua implicação no desempenho neurocognitivo. Conclusão: A International Human Immunodeficiency Virus Dementia Scale mostrou-se uma ferramenta amplamente utilizada como triagem para detecção de alterações neurocognitivas associadas ao vírus da imunodeficiência humana. A relação entre o desempenho neurocognitivo e o uso de terapia antirretroviral apresentou resultados diversos e nem sempre estatisticamente significativos. Ademais, faz-se necessário uma maior descrição referente à terapia em uso para avaliar as particularidades entre os antirretrovirais.
Introdução: Os casos de vírus da imunodeficiência humana/aids tiveram aumento principalmente entre jovens do sexo masculino, e tal fato se deve, provavelmente, à menor aderência ao tratamento. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids em tratamento antirretroviral no município de Ponta Grossa (PR). Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo com dados oriundos de prontuários de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids no período de janeiro de 2012 a junho de 2019, no serviço de atenção especializada do município de Ponta Grossa. As variáveis de interesse no estudo foram: faixa etária, sexo e carga viral da última consulta de cada paciente. Foram incluídos no estudo os prontuários com: data de nascimento, resultado do exame da carga viral, sexo e data da consulta. Resultados: No período analisado foram coletados dados de 922 pacientes. Verificou-se que 55,63% eram do sexo masculino. A faixa etária predominante foi de 40-49 anos (28,4%), seguida por 30-39 anos (28%). Foi observado que 77,02% das mulheres e 73,10% dos homens tiveram carga viral abaixo de 200 cópias/mL ou indetectável. Na análise por faixa etária, foi verificada carga viral abaixo de 200 cópias/mL ou indetectável em 88% de idosos (+60), em 80,36% na faixa de 50-59 anos, em 77,48% na faixa de 40-49 anos, em 71,32% da faixa de 30-39 anos e em 64,63% da faixa de 0-29 anos. Conclusão: Há a necessidade da continuidade e expansão do atendimento diferenciado para as diferentes faixas etárias e sexos, visto que a adesão ao tratamento, refletido na carga viral, é diferente entre os grupos, o que sugere abordagem diferenciada entre homens e jovens para verificação da adesão e uso correto da terapia antirretroviral.
Objetivo: Descrever a tendência temporal da mortalidade por linfoma de Hodgkin e não Hodgkin no Brasil, entre 2001-2018, de acordo com as regiões do país. Método: Estudo ecológico de séries temporais, que utilizou informações disponibilizadas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) entre 2000 e 2019. Resultados: Entre 2001 e 2018, a mortalidade por linfoma não Hodgkin no Brasil apresentou variação percentual anual média negativa entre o sexo masculino (-1,89%) e o feminino (-1,71%). Para o linfoma de Hodgkin, a variação também foi negativa para homens (- 0,238%) e mulheres (-0,072%). Durante o período estudado, registrou-se uma tendência decrescente da taxa de mortalidade por linfoma não Hodgkin na região Sul para o sexo masculino (AAPC: -1,18% e IC95%: -2,10 -- -026) e para o feminino (AAPC: -1,33% e IC95%: -1,85 -- -0,81). O mesmo padrão de decréscimo na região Sudeste para homens (AAPC: -4,37% e p<0,001) e mulheres (AAPC: -3,37% e p<0,001). Conclusão: A mortalidade por linfoma desenvolveu-se de forma heterogênea, no que diz respeito a sua distribuição pelo território nacional e a sua incidência entre os sexos. Observaram-se taxas de mortalidade superiores em homens para ambos os linfomas.
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