A COVID-19 tornou-se a principal hipótese diagnóstica em muitas consultas. Este caso enaltece a necessidade de manter a abordagem holística, característica da Medicina Geral e Familiar. Mulher de 43 anos, com antecedentes de perturbação de ajustamento, fibromialgia e miomas uterinos, habitualmente medicada com: duloxetina; lorazepam; desogestrel. Foi avaliada numa “ADR-Comunidade” por cefaleias, náuseas, disgeusia, odinofagia, tosse, dispneia, mialgias e astenia, sem febre. Foi-lhe prescrito teste para COVID-19 e aconselhadoisolamento. Foi contactada no âmbito do “Trace COVID-19®”, constatando-se esquecimentos na toma do anticoncecional e amenorreia. Equacionou-se uma gravidez, negada pela utente. O teste para COVID-19 deu negativo, todavia, houve agravamento sintomático que motivou referenciação à urgência, onde se diagnosticou uma gravidez de 11 semanas. A COVID-19 mimetiza várias situações clínicas. A desvalorização da amenorreia e a abordagem direcionada na ADR conduziram ao atraso diagnóstico, impossibilitando a interrupção voluntária da gravidez perante uma gravidez não-desejada.
INTRODUÇÃO O iodo é um micronutriente essencial que, não sendo produzido pelo organismo, deve ser obtido através de fontes exógenas, sobretudo a partir da alimentação. 1-2 Este nutriente é o elemento-chave para a biossíntese de hormonas tiroideias, sendo por isso indispensável para um crescimento e um desenvolvimento normais. 3-9 A produção das hormonas tiroideias requer um aporte adequado de iodo, já que este representa, respetivamente, 59 e 65% dos pesos moleculares das hormonas T3 e T4. 8-11 Por outro lado, o iodo parece exercer ação antioxidante tecidular, diminuindo as lesões causadas pelos radicais livres de oxigénio. 12 As necessidades deste micronutriente variam ao longo da vida, sendo superiores durante a gravidez e a ama
Introdução: A cefaleia é uma queixa frequente, não sendo raros os casos de automedicação. Este artigo relata a abordagem da cefaleia por uso excessivo de medicamentos (CUEM) numa doente automedicada com analgésicos, cuja intervenção foi dificultada pela má adesão ao acompanhamento médico. Descrição do Caso: Mulher de 41 anos, empregada de limpeza. Antecedentes de enxaqueca desde a adolescência, agravada depois do segundo parto, com episódios semanais, sem alívio após tentativa de vários fármacos. Em 2015, após referenciação para consulta de neurologia, iniciou profilaxia com amitriptilina, tendo suspendido precocemente e abandonado o seguimento. Nos três anos seguintes teve consultas motivadas por doença aguda na unidade de saúde familiar, sem acompanhamento regular. Por persistência da enxaqueca recorreu ao serviço de urgência em jan/2018, onde foi referenciada novamente à consulta de neurologia, constatando-se automedicação com paracetamol + codeína, vinte supositórios em cada episódio de enxaqueca (com duração de três dias). Iniciou profilaxia com topiramato e agendou-se nova consulta. Suspendeu topiramato por emagrecimento e faltou à consulta. Recorreu à consulta da médica de família (MF) em jan/2019, referindo tristeza, insónia, obstipação e emagrecimento. Mantinha os episódios semanais de enxaqueca e o uso de supositórios. Após despiste de causa orgânica diagnosticou-se perturbação depressiva e CUEM. Explicou-se que o abuso medicamentoso poderia causar cefaleia e que o tratamento passaria pela cessação do fármaco. Foi medicada com antidepressivos e, nas consultas de reavaliação, constatou-se recuperação ponderal, melhoria do humor, cefaleia menos frequente e redução do uso de supositórios até à abstinência. Comentário: A CUEM desenvolve-se pelo uso excessivo de medicação para a cefaleia, sendo a suspensão da medicação o único tratamento eficaz. A doente manteve uma situação de abuso medicamentoso durante oito meses, tendo como consequência uma CUEM e correndo risco de toxicidade hepática. O MF é fulcral na deteção e abordagem precoce do abuso medicamentoso.
A síndrome do túnel cárpico (STC) afeta 3% da população e deve-se à compressão do nervo mediano no túnel cárpico. Este artigo pretende rever a evidência científica sobre a STC.Realizou-se uma revisão narrativa. Identificaram-se 161 artigos na pesquisa e incluíram-se na revisão dados referentes a 26 referências bibliográficas. A STC afeta mais as mulheres. O diagnóstico é clínico, sendo os sintomas clássicos dor, disestesias e/ou parestesias na região palmar, desde o polegar até à face radial do anelar. Quando positivas, as manobras provocatórias aumentam a suspeita diagnóstica. Os testes eletrodiagnósticos são importantes para confirmação diagnóstica, estratificação da gravidade e definição do tratamento. Perante doença ligeira/moderada, inicialmente recomenda-se tratamento conservador. Perante quadros moderados/graves, recomenda-se cirurgia.A STC é incapacitante. Perante sintomas sugestivos, deve-se equacionar este diagnóstico e realizar provas provocatórias. Os testes eletrodiagnósticos são importantes para diagnóstico e definição da terapêutica.
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