Este artigo objetiva analisar as trajetórias de vida das profissionais for-madas em Pedagogia da Terra que atuam ou atuaram no MST paulista.Para tanto, lançamos mão de pesquisa bibliográfica e documental, en-trevistas semi e não estruturadas. A análise das informações foi feitapor triangulação das informações e validação consensual. Encontra-mos onze mulheres que se encaixam neste perfil, que apresentaramtrajetórias de vida bem diversas, cujos pontos em comum são origenspobres, migração, empregos precários, luta pela terra e educação docampo. As motivações que as aproximaram ao MST são bem dife-rentes, sendo que todas encontraram na militância uma forma de sereenraizar. As participantes cursaram cinco turmas diferentes de Pedagogia da Terra e avaliaram positivamente os cursos, nos aspectospolíticos e pedagógicos. Oito delas atuam em diversas regionais de SãoPaulo, duas, fora do estado, desenvolvendo atividades do Movimento euma se afastou da militância. Em São Paulo, nenhuma das pedagogasda terra assumiu a docência de escolas devido à prioridade na atuaçãopolítica no MST do estado. Compreendemos que os cursos formaisresultaram na formação de quadros para MST. Assim, as trajetóriasdas pedagogas da terra convergiram para que elas mantivessem suascontribuições com o MST.
This article aims to reflect on socio-historical and cultural aspects of Apinayé childhood, based on a review of two ethnographic research carried out with this people, a TCC in Pedagogy, developed in 2012, and a Master's in Letters research, completed in 2016. We start from the understanding of childhood as a socio-historical construction. Therefore, when reflecting on the Apinayé children, we defend a sensitive and attentive approach to the ways of life of these people. We seek to consider cultural, ethnic, generational, historical and geographic aspects to try to understand this childhood. We emphasize that the Apinayé culture, experienced and practiced by children through rites, traditions and customs, occupies a constitutive dimension of childhood for this people. Furthermore, children not only reproduce what they are taught, but they invent, create and transform what is offered to them through peer culture, as active subjects who play, elaborate and build. The body, the relationship with nature and children's groups are essential to understand the way these children are in the world. More than bringing conclusions about the way of being an indigenous child, we propose reflections on possible childhoods, woven between games, responsibilities and learning in the Apinayé villages.
A pandemia do novo coronavírus escancara as consequências da crise econômica, política, sanitária, ambiental e civilizatória oriunda do modo de desenvolvimento capitalista. Tais contradições expõem ainda mais as crianças e mulheres às condições de vulnerabilidade e violação de direitos. A suspensão das aulas presenciais, o trabalho remoto ou a manutenção do trabalho presencial, bem como o desemprego e a instabilidade econômica provocaram o aumento da violência doméstica. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, busca enfrentar essas circunstâncias por meio da produção de alimentos saudáveis e da solidariedade, expressa na doação de comida às populações ameaçadas pelo vírus e a fome. A promoção da cultura, da literatura e do brincar das crianças Sem Terrinha, persistem enquanto forma de resistir ativamente e esperançar em meio à pandemia, combinado à disputa do sentido da educação, ao se opor à mercantilização e esvaziamento do processo formativo da classe trabalhadora.
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