Evidencia os interesses dos organismos multilaterais na interface trabalho e educação por trás da retórica de combate e eliminação da pobreza. A metodologia utilizada foi um levantamento documental das produções e relatórios dos organismos multilaterais compreendidos enquanto desdobramento da Conferência Mundial sobre Educação Para Todos (1990), assim como, a revisão bibliográfica de autores que debatem a temática. Verifica-se nos documentos a análise da relação entre trabalho e educação sob a égide do combate e eliminação da pobreza e, a educação assume, assim, um caráter salvacionista. A orientação das reformas educacionais se dá em face da dinâmica do capital prover as necessidades básicas de aprendizagem, competências, habilidades e qualificações necessárias para o desenvolvimento econômico e social, na busca de uma suposta equidade social. Ancorada no binômio pobreza-segurança, a veemência da política-ideológica e de seu direcionamento de reformas estruturais nas políticas educacionais está na pretensão de combater a pobreza por propiciar clima desfavorável aos negócios. Nessa perspectiva, a educação colabora na sustentação do controle político da burguesia mundial sobre os processos educativos direcionados para reestruturação produtiva na divisão internacional do trabalho. O trabalho permite concluir que a interface “educação e trabalho” nesta perspectiva, assume um caráter pragmático e unidimensional para formação de recursos humanos – o chamado Capital Humano.
<p>Nos marcos dos cem anos da revolução Russa de 1917, objetivamos, neste artigo, indicar elementos que integraram a experiência da Escola Única do Trabalho pós-revolução Russa (1917-1931). Para tal, recorremos a um estudo bibliográfico, que tem por base, essencialmente os escritos de Pistrak, Lunatcharski, Krupskaia, Shulgin, Lenin, Freitas, Saviani e os Programas Oficiais da Educação na República dos Soviets. Destacamos, a partir desses estudos, que construir os embriões da sociedade socialista é educar e agir nas contradições das condições e das determinações da sociedade capitalista na atualidade com vistas à transformação social.<strong> </strong></p>
RESUMO: Analisa o percurso e a efetividade dos cursos de graduação em alternância para formação de educadoras e educadores do campo na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com foco na inserção e permanência dos setores populares na Universidade pública. A elaboração tem como referencial empírico as experiências dos cursos de Pedagogia para Educadores do Campo e Licenciatura em Educação do Campo, concretizadas entre 2004 - 2017 na Unioeste e que promoveram a formação de 137 estudantes. Além das experiências, a análise voltou-se para as Monografias elaboradas nos cursos que, ao tratar de questões da realidade de inserção dos estudantes-pesquisadores evidenciam a relação entre Educação Superior e Educação Básica do Campo a partir da formação de educadores. As experiências formativas analisadas imprimem contribuições na ressignificação da função social da Universidade que incidem no redimensionamento do acesso, do conteúdo e da forma na Educação Superior em sua interface com a Educação do Campo.
Objetivamos pelo presente estudo abordar a Educação do Campo na interface com a agroecologia, situada no trabalho educativo das Escolas Itinerante presentes em ocupações de terra do MST no Paraná. Metodologicamente, recorremos a uma abordagem qualitativa por meio de pesquisa documental, bibliográfica e de campo. Tecemos reflexões acerca das aproximações conceituais entre a Educação do Campo e a Educação Ambiental. A partir da análise de três práticas educativas de introdução à agroecologia, reafirmamos lições projetivas coletivas que contribuem na incorporação da agroecologia e de dimensões socioambientais no trabalho educativo das escolas do campo vinculada a luta pela transformação das condições de vida no campo, ao mesmo tempo que acessam os conhecimentos acumulados pela humanidade.
A pandemia do novo coronavírus escancara as consequências da crise econômica, política, sanitária, ambiental e civilizatória oriunda do modo de desenvolvimento capitalista. Tais contradições expõem ainda mais as crianças e mulheres às condições de vulnerabilidade e violação de direitos. A suspensão das aulas presenciais, o trabalho remoto ou a manutenção do trabalho presencial, bem como o desemprego e a instabilidade econômica provocaram o aumento da violência doméstica. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, busca enfrentar essas circunstâncias por meio da produção de alimentos saudáveis e da solidariedade, expressa na doação de comida às populações ameaçadas pelo vírus e a fome. A promoção da cultura, da literatura e do brincar das crianças Sem Terrinha, persistem enquanto forma de resistir ativamente e esperançar em meio à pandemia, combinado à disputa do sentido da educação, ao se opor à mercantilização e esvaziamento do processo formativo da classe trabalhadora.
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