Este artigo objetiva tratar sobre a Perspectiva Teórica do Pensamento Decolonial enquanto chave de leitura da realidade complexa da América Latina, tomando-a como território de enunciação epistêmica como de análise. Partimos do pressuposto de que Pensamento Decolonial constrói uma inteligibilidade outra da história e da ciência moderna no contexto da invasão da América a partir de 1492, o que nos possibilita analisarmos a história do contato entre os povos originários da América Latina e os europeus, mostrando como os povos originários entram para o sistemamundo/moderno/colonial racializados na condição de índios e a partir do conceito de Diferença Colonial e Desobediência Epistêmica mostramos suas resistências ao Colonialismo e à Colonialidade.
Minhas reflexões sobre os Sentidos de Avaliação na Educação e no Ensino no Currículo da Escola Básica estão alicerçadas nos Estudos Pós-Coloniais Latino-Americanos 2. Para tanto realizo uma reinterpretação histórica, política e epistêmica da invasão da América, da invenção da Europa e da criação do Mito da Modernidade Colonial-Capitalista 3 com o objetivo de compreender a geopolítica do conhecimento e da educação e suas repercussões na constituição dos sentidos do Currículo e da Avaliação Escolar.
Este artigo, fruto do diálogo entre uma pesquisa de Mestrado e uma de Doutorado, baseia-se nos Estudos Pós-Coloniais Latino-Americanos (QUIJANO, 2005, 2007; MIGNOLO, 2005, 2011; WALSH, 2008; SARTORELLO, 2009) e versa sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais, partindo do questionamento da cosmovisão da sociedade moderna, a qual está pautada na herança colonial (MIGNOLO, 2005, 2011). A partir da problematização da matriz colonial da raça e do racismo vamos interrogando a geopolítica do conhecimento e discutindo os processos de decolonialidade protagonizado pelos Movimentos Sociais Negros. Nossos objetivos são: a) apresentar como os Movimentos Sociais Negros no Brasil vêm participando de forma proativa das possibilidades de mudanças na estrutura da educação, dentre elas na proposição e na formulação de políticas de ações afirmativas; b) analisar como estas políticas de ações afirmativas no âmbito educacional têm influenciado as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN); c) e analisar a relação entre estas políticas e a Educação Intercultural Crítica. Para tanto, a partir dos critérios da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2004), selecionamos o corpus e procedemos à análise documental das Diretrizes Curriculares Nacionais promulgadas no período 2001-2011. As análises mostram que a política curricular nacional apresenta elementos que abrem caminhos para a construção de uma Educação Intercultural Crítica e uma Pedagogia Decolonial Antirracista.Palavras-chave: Educação das Relações Étnico-Raciais; Movimentos Sociais Negros; Ações Afirmativas; Interculturalidade.Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE)
Resumo: Este artigo apresenta o diálogo entre duas pesquisas do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco, que tratam da Educação do Campo. Para este trabalho tomamos como ponto de partida dois direcionamentos: a) a compreensão dos efeitos da colonialidade na constituição da realidade, especialmente da área rural; b) a importância da mobilização dos movimentos sociais campesinos na constituição dos mecanismos legais vigentes que delineiam a política específica e diferenciada para a educação escolar ofertada em áreas rurais.As discussões foram tecidas a partir da abordagem dos Estudos Pós-Coloniais Latino-Americanos (QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 1996MIGNOLO, , 2008 WALSH, 2008; MALDONADO-TORRES, 2007). Concluímos que as lutas dos movimentos sociais campesinos denunciam os mecanismos utilizados para forjar o silenciamento e a subalternização dos povos campesinos. Nesse sentido, esses sujeitos epistêmicos propõem contar a história a partir do
Este artigo tem por objetivo identificar e caracterizar as expectativas da comunidade campesina acerca da(as) função(ões) da escola com turmas multisseriadas. Nessa vertente, salientamos que nos aproximamos da perspectiva teórico-metodológica dos Estudos Pós-Coloniais (MIGNOLO, 2008; QUIJANO, 2005; WALSH, 2008). No tocante aos sujeitos/colaboradores da pesquisa contamos com a participação de 7 moradores(as) da comunidade. Como procedimento de análise utilizamos a Análise de Conteúdo, via Análise Temática (BARDIN, 2011; VALA, 1999). Apontamos como resultados que a comunidade campesina tem muito o que dizer sobre a escola. Assim, à medida que reconhecemos os saberes-histórias dos povos-territórios campesinos, como referências para pensar-sentir-viver as práticas pedagógicas, caminhamos na construção de uma escola com turmas multisseriadas do campo decolonial.
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