Analisou-se a sobrevivência de mudas plantadas em 400 clareiras causadas por exploração florestal de impacto reduzido, em floresta de terra firme na Amazônia Oriental. Foram plantadas 3.818 mudas de 17 espécies, das quais apenas Schizolobium amazonicum não ocorre na área de estudo. A distância entre as mudas plantadas foi de aproximadamente 5m. As avaliações ocorreram em 2005 e 2006. Com base na sobrevivência das mudas aos 11 meses após o plantio, as espécies indicadas para o enriquecimento de clareiras são: Schizolobium amazonicum, Cedrela odorata, Jacaranda copaia, Manilkara huberi, Astronium gracile, Pouteria bilocularis, Tabebuia impetiginosa,Pseudopiptadenia suaveolens, Cordia goeldiana, Parkia gigantocarpa, Simarouba amara, Sterculia pilosa, Laetia procera, Dinizia excelsa e Schefflera morototoni. Estudos sobre a taxa de crescimento, em períodos mais longos, são necessários para confirmar a utilização dessas espécies em plantios de enriquecimento de clareiras oriundas de exploração florestal, como alternativa para aumentar a produtividade e o valor econômico das florestas naturais manejadas na Amazônia brasileira.
. Também nas clareiras grandes, nesse mesmo período, não houve mortalidade de mudas, enquanto que nas clareiras pequenas e médias a mortalidade foi de 16,1% e 9,7% ano -1 , respectivamente. Os resultados indicam que a espécie pode ser utilizada em plantios de enriquecimento em clareiras causadas pela exploração florestal. Palavras-chave: tratamento silvicultural; incremento periódico anual; exploração florestal de impacto reduzido; floresta amazônica.
RESUMO -Avaliou-se o crescimento de uma população de Chrysophyllum lucentifolium Cronquist (goiabão), considerando árvores com diâmetro igual ou superior a 35 cm, em 700 ha de floresta natural de terra firme explorada com técnicas de impacto reduzido, seguidas de tratamentos silviculturais, no Município de Paragominas, PA, Amazônia brasileira. Foram estabelecidos sete tratamentos, com quatro repetições de 25 ha em cada um, em que foram aplicados os tratos silviculturais, que constaram de corte de cipós e anelagem de árvores competidoras. O crescimento da espécie foi determinado por meio do incremento periódico anual em diâmetro, no período de 2005 a 2009. Além das medidas de diâmetro, foram observadas as formas das copas das árvores e a intensidade de luz recebida pelas copas. Chrysophyllum lucentifolium não respondeu significativamente aos tratamentos silviculturais, ou seja, a anelagem e o corte de cipós parecem não ter influenciado o crescimento da espécie no período de cinco anos. No entanto, as árvores com diâmetro de 40 a 49 cm, com copas de forma regular e recebendo alta intensidade de luz, cresceram mais, na maioria dos tratamentos. Portanto, é provável que o incremento ainda vá aumentar nos anos seguintes, embora em outras áreas da Amazônia o efeito da abertura do dossel tenha estimulado o crescimento das árvores apenas até o final do terceiro ano após a exploração. Outras avaliações silviculturais da espécie devem ser realizadas para constatar se houve aceleração no crescimento nos últimos anos ou se há a necessidade de aplicar novamente os tratos silviculturais.Palavras-chave: Crescimento de espécies arbóreas; Tratamentos silviculturais; Corte de cipós. EFFECTS OF POST-HARVESTING SILVICULTURE IN THE TREE POPULATION OF Chrysophyllum lucentifolium Cronquist (GOIABÃO) IN
Post-harvest silvicultural practices in managed forests are seldom applied in the Amazon region. To tackle this problem, an experiment was established in 700 ha of upland dense forest in the Brazilian Amazon, aiming to test the main silvicultural treatments applied elsewhere in the tropics, in order to select the most promising ones and recommend their application as part of forest management practices in the region. The experimental area is located in the Rio Capim Forest Management Unit, municipality of Paragominas (2° 25'-4° 09' S and 46° 25'-48° 54' W), State of Para, Brazil, where some post-harvest silviculture activities such as tree girdling, planting in gaps and assistance of natural regeneration in gaps are performed. Among the girdled trees, the large-sized ones presented higher mortality rates, corroborating some studies carried out in the Amazon and elsewhere. In general, the survival of planted seedlings was considerably high (over 75%). The prospects of success of this approach as post-harvest silviculture are very promising. The survival of seedlings from natural regeneration of commercial species, mainly of the light-demanding ones, was high in the gaps created by logging, suggesting that natural regeneration can establish stands of commercial value. RESUMO: A prática de silvicultura pós-colheita em florestas manejadas é rara na Amazônia. Para tratar esse problema, um experimento foi estabelecido em 700 ha de floresta de terra firme na Amazônia brasileira, com o objetivo de testar os principais tratamentos silviculturais aplicados em florestas tropicais, selecionando os mais promissores e então recomendá-los para serem aplicados como parte das práticas de manejo florestal na Amazônia. O experimento, desenvolvido na Área de Manejo Florestal da Fazenda Rio Capim, município de Paragominas (2° 25'-4° 09' S e 46° 25'-48° 54' W), no Pará, envolve atividades de silvicultura pós-colheita, como anelagem de árvores, plantio de mudas e condução de regeneração natural em clareiras. Entre as árvores aneladas, aquelas de maior porte tiveram taxas de mortalidade mais altas, corroborando com estudos desenvolvidos em outras áreas de florestas tropicais. Em geral, a sobrevivência de mudas plantadas foi alta (acima de 75%). As perspectivas de sucesso das práticas testadas como alternativa para tratamentos silviculturais são promissoras. A sobrevivência das mudas de regeneração natural de espécies comerciais, principalmente daquelas intolerantes à sombra, foi alta nas clareiras, sugerindo que a regeneração natural pode ser suficiente para formar florestas de alto valor no futuro.
Avaliou-se a sobrevivência e o crescimento de mudas de Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby (paricá) plantadas aleatoriamente em três tamanhos de clareiras causadas pela exploração florestal de impacto reduzido, na Fazenda Rio Capim, no município de Paragominas, Pará. As medições foram realizadas em cinco ocasiões (2005, 2006, 2008, 2010 e 2011). As clareiras foram classificadas em pequenas (200-400 m²), médias (401-600 m²) e grandes (> 600 m²). Com base na sobrevivência e no crescimento de mudas, nos seis primeiros anos após o plantio, sugere-se Schizolobium parahyba var amazonicum para plantios em clareiras, com áreas a partir de 200 m2 , causadas por exploração florestal de impacto reduzido.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.