ResumoEste artigo apresenta uma experiência de ingresso e permanência de jovens indígenas, habitantes no território paranaense, por meio do direito a vagas suplementares em Instituições Estaduais de Ensino Superior. Os inúmeros desafios de manter e formar os indígenas ingressantes, principalmente o de acompanhar as atividades acadêmicas, inspirou a criação do Ciclo Intercultural de Iniciação Acadêmica de Estudantes Indígenas, como uma estratégia de afirmação e fortalecimento da presença indígena na universidade. Após cursar o Ciclo Intercultural e obter o desempenho acadêmico previsto pela proposta pedagógica, o estudante indígena poderá se matricular no curso de graduação desejado. Neste artigo relatamos a importância da Matemática, uma das áreas de conhecimento abordadas por um educador-bolsista, e suas possibilidades em explorar as potencialidades e habilidades que o trabalho com Resolução de Problemas e as Investigações Matemáticas podem desenvolver nos profissionais de todas as áreas do conhecimento. O relato de parte de um episódio aula revela que a Matemática pode provocar a reflexão e oportunizar a participação ativa do estudante, tomando decisões, fazendo escolhas, testando a validade das suas escolhas.Palavras-chave: "Educação matemática", "Estudantes indígenas", "Ciclo intercultural", "Educação Superior Indígena". AbstractThis article presents an experience of entrance and permanence of indigenous youth, inhabitants in the territory of Paraná, through the right to additional places in State Higher Education Institutions. The innumerable challenges of maintaining and training the native inhabitants, especially that of accompanying academic activities, inspired the creation of the Intercultural Cycle of Academic Initiation of Indigenous Students, as a strategy to affirm and strengthen the indigenous presence in the university. After attending the Intercultural