Este artigo apresenta o estudo sociolinguístico do uso das estratégias de relativização em termos não preposicionados em 24 entrevistas referentes as normas culta e popular do português falado em Feira de Santana-BA. Objetivou-se analisar as relativas não preposicionadas e o uso da anáfora pronominal em tais construções, dialogando com Mollica (2003), Gomes (2003) e Duarte (2003). Fixou-se como variável dependente a relativização de termos não preposicionados: i) relativas com lacuna e ii) relativa com pronome anafórico. Foram controladas variáveis linguísticas e extralinguísticas, com o intuito de compreender os encaixamentos linguístico e social dos fenômenos. Os resultados revelaram uso quase exclusivo do que e baixa frequência da anáfora nas relativas das amostras culta e popular.
Apresenta-se o resultado do uso variável das construções relativas (CRel) na perspectiva da Sociolinguística em doze entrevistas da fala popular de Feira de Santana-BA. Objetivou-se descrever o português popular feirense e comparar o seu comportamento linguístico com o do português rural afro-brasileiro (BURGOS, 2003; RIBEIRO, 2009, LUCCHESI, 2015). Fixaram-se duas variáveis dependentes: i) relativização de termos não preposicionados – relativas com lacuna e com lembrete, e ii) relativização de termos preposicionados – relativas <em>pied piping</em> e cortadoras. Verificou-se uso exclusivo do relativo <strong>que</strong>, poucas CRel com lembrete e predominância das cortadoras. Os resultados revelam que o português popular de Feira de Santana aproxima-se do comportamento linguístico observado nas comunidades rurais afro-brasileiras e distancia-se do português de Portugal (SILVA, 2011).
Ancorados no modelo de análise sociolinguístico (LABOV, 2008 [1972]), buscamos examinar com este estudo o efeito de variáveis linguísticas e sociais sobre as construções relativas (CRel) no português falado de Seabra, município brasileiro do estado da Bahia. Para tal, codificamos todas as ocorrências de CRel presentes em 12 (doze) entrevistas sociolinguísticas pertencentes ao banco de dados do Projeto Se abra à Chapada: coletando, explorando e mapeando dados sociolinguísticos (CEMEDADOS), em quatro variantes: neutra, resumptiva (estratégias relativas não preposicionadas), pied-piping e cortadora (estratégias relativas preposicionadas). Com o auxílio da linguagem de programação R (R CORE TEAM, 2020), realizamos análises univariadas e multivariadas (regressão logística), testando correlações de natureza linguística e extralinguística. Os resultados apontaram um aumento significativo da variante pied-piping pelos falantes com nível de escolaridade universitária, um desfavorecimento da resumptiva pelas mulheres e um favorecimento dos valores semânticos de lugar e tempo para a cortadora e de lugar para a pied-piping em detrimento da variante neutra. Assim, atendendo ao processo de escolarização, o aumento nos índices da estratégia pied-piping pode ser considerado um indício de mudança da fala vernácula na direção da fala culta.
Resumo: Neste trabalho, faz-se uma discussão teórica e uma revisão de literatura sobre as estratégias de relativização, traçando explicações acerca das cinco estratégias existentes: 1. A relativa padrão; 2. A relativa padrão com lembrete; 3. A relativa pied piping; 4. A relativa cortadora; 5. A relativa cortadora com lembrete, descrevendo suas funções sintáticas. Revisitam-se os pressupostos teóricos da Sociolinguística Laboviana, discutindo os principais conceitos, ideias e perspectivas, correlacionando-os com um breve percurso sócio-histórico sobre a cidade de Feira de Santana, situada no semiárido baiano, região também conhecida como a zona da agropecuária. Em linhas gerais, este trabalho reúne discussões sucintas sobre a sócio-história do português brasileiro (PB) -levando em conta aspectos como o forte contato linguístico e a transmissão linguística irregular -e a sócio-história do município baiano de Feira de Santana -, enfatizando suas características comerciais, o fator migratório e sua posição geográfica. Ademais, busca-se elencar uma variação de ordem sintática no português feirense falado, representada por dados reais de fala extraídos do projeto A língua portuguesa do semiárido baiano -Fase 3: amostras da língua falada em Feira de Santana-Ba, sediado no Núcleo de Estudos da Língua Portuguesa (NELP), descrevendo-se os possíveis fatores linguísticos e sociais dessa variação, com a finalidade de difundir os resultados parciais obtidos na pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com a dissertação de mestrado intitulada "As orações relativas no português falado em Feira de Santana", em andamento. Palavras-chave:Sociolinguística. Sócio-história do PB. Orações Relativas. Português feirense.Abstract: This paper is a theoretical discussion and a literature review on the relativization strategies by tracing a brief explanation of the existing three strategies: 1. The relative standard; 2. The relative standard with resumptive; 3. The relative pied piping; 4. The relative cutter; 5. The relative cutter with resumptive, describing its syntactic functions. It revisits the theoretical assumptions of Sociolinguistics Labovian, discussing the main concepts, ideas and perspectives correlating with a brief socio-historical
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