Este trabalho tem como objetivo traçar um panorama dos aspectos que constituíram, ou que foram preponderantes, o estabelecimento da corrente de estudos da crítica literária pós-colonialista, bem como, por meio da leitura da obra Quem me dera ser onda (1982), de Manuel Rui, demonstrar a aplicabilidade desta corrente na análise crítica da obra em pauta. Para tanto, apoiamo-nos em autores como Stuart Hall (2013), Edward W. Said (1990 e 1995) e Thomás Bonnici e Lúcia Osana Zolin (2009) para responder indagações, como: “quais foram os acontecimentos que fizeram emergir o interesse em constituir uma teoria dita pós-colonialista?”; “o que e quais períodos cronológicos devem ser levados em consideração para uma atividade analítica a partir dos pressupostos pós-colonialistas?” e “como observar a obra sob o método pós-colonialista?”. Nesse sentido, Quem me dera ser onda, embora pareça uma história infantil, traz consigo um alto teor crítico e irônico, além de muitas metáforas da sociedade, cultura e contexto social de Luanda no pós-independência.
O Dossiê Temático “Decolonialidades e Interculturalidades”, volume 15, Número 41, da Revista de Letras Norte@mentos, se propõe a reunir estudos ligados às Humanidades, às Ciências Sociais Aplicadas, às Letras, ao Ensino e à Comunicação Social; com foco em resultados de pesquisas e extensão cujas temáticas e ações se relacionem com a interculturalidade numa perspectiva transversal. Organizado pelos pesquisadores Dr. Jesuino Arvelino Pinto (UNEMAT), Dra. Marinete Luzia Francisca de Souza (UFMT), Dra. Ana Cláudia Servilha Martins Poleto (Bolsista PDPG/CAPES/UNEMAT), Dra. Jociene Carla Bianchini Ferreira (UFMT) e Dra. Bruna Silveira Roncato (UFMT), este Dossiê está composto por dezenove artigos e três resenhas resultantes dos estudos de gênero, territorialidades, indígenas, africanidades e descolonização, comunicação comunitária, popular e cidadã, mídias, Amazônia Continental, América Latina, refugiados, regionalidades, escritas marginais, educomunicacão, movimentos sociais, direitos humanos, adaptações de obras literárias para outras mídias (e campos afins) sempre relacionados ao que Boaventura de Sousa Santos nomeia um novo paradigma, o pós-colonialidade ou o pensamento decolonial de pensadores como Walter Mignolo (1997), Aníbal Quijano (2008), Dussel (2000), Grosfoguel (2016), Abdala (2002) e outros.
A presença do regionalismo mato-grossense, na maioria das obras de Tereza Albues, denota o comprometimento da escritora em resgatar e conservar a cultura, os hábitos, as tradições e dialetos do povo dessa região. Nesse contexto, o propósito desta pesquisa consiste em analisar a representação da casa e seus desdobramentos nas obras de Tereza Albues, Pedra Canga (1987) e A dança do jaguar (2000), visando apreender as formas de representação do gênero romanesco a partir de duas realidades, a mato-grossense e a sanfranciscana. Os espaços dessas narrativas têm notória relevância, pois ambas se alicerçam em duas casas: em Pedra Canga, na casa dos Vergare, situada na Chácara Mangueiral, e, em A dança do jaguar, na casa Vitoriana, de propriedade dos Maltesa. Palavras-chave: espaço; casa; Tereza Albues.
v.15, n. 38 (2022)
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