Editorial da Proa: Revista de Antropologia e Arte, v. 11, nº 2, 2021.
Pensado e costurado em tempos adversos, que impuseram reconfigurações nos mais variados âmbitos de nossas vidas, este novo volume da PROA é fruto do esforço e da persistência de um grupo de discentes, pós-graduandxs em antropologia e outras áreas, por manter vivo um espaço voltado aos diálogos contemporâneos entre as Artes e a Antropologia, difundindo gratuitamente o trabalho de tantos pesquisadores. Esse esforço é também um ato de resistência, uma vez que se insere em um cenário no qual assistimos cotidianamente ao desmonte sistemático das políticas públicas e das instituições que amparam nossa atuação, sejam elas as instituições públicas de ensino, pesquisa e extensão; sejam aquelas ligadas ao fomento e à manutenção do setor cultural; sejam aquelas das áreas da saúde e ambiental, que impactam tão profundamente nossas vidas, hoje e amanhã. As Artes e a Antropologia, confrontadas também com essa complexa e desafiadora conjuntura, não apenas sofrem seus impactos, mas também respondem a ela por meio de expressões potentes e singulares.
A Proa: Revista de Antropologia e Arte foi criada em 2008 por estudantes do Departamento de Antropologia da Unicamp, a partir do GESTAA (Grupo de Estudos de Antropologia e Arte), iniciativa discente do mesmo ano (TRALDI et al., 2019). Seu primeiro número foi publicado em 2009 e, desde então, muita coisa tem mudado de forma constante e surpreendente. Mesmo com o fim do grupo original e o desligamento dos fundadores da revista, a Proa teve continuidade nas gerações seguintes de estudantes do departamento, com uma rotatividade característica dos periódicos discentes.
Este ensaio é resultado de uma apresentação para docentes e estudantes do Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica (PPGED) da Universidade Federal de Viçosa em 2017. Ele traz algumas das principais ideias que temos sobre a relação Família e Sociedade e que foram apresentadas naquele momento: a principal temática que constitui o conteúdo do PPGED, e, para além disso, uma fotografia epistemológica da relação entre estudos sobre Políticas Públicas, Escola e a relação Família e Sociedade. O objetivo é fazer um registro e articular elementos que possam elucidar o tratamento dispensado à categoria Família, às interações entre a Família e Sociedade e às Políticas Públicas no mundo contemporâneo. Por fim, elucidar duas dimensões: de um lado, estariam as modificações por que passa a Família contemporânea, em particular, no que se refere às suas relações com instituições centrais da formação dos sujeitos, como o é a Escola; ou com dispositivos bem organizados de sociabilidade, como as Políticas Públicas.
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