Muito já se escreveu sobre a falta de efetividade das medidas de controle do Aedes aegypti, inclusive das ações educativas que visam a mobilizar moradores de regiões endêmicas de dengue no combate ao vetor 1 . Ao comentar, em editorial da revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, o aumento da incidência e da gravidade dos casos de dengue no mundo, Tauil 2 observa que mesmo programas de controle universalmente celebrados como bem-sucedidos não foram efetivos o suficiente para impedir novas epidemias da doença, resultado que, segundo o pesquisador, salienta a necessidade de um aperfeiçoamento das medidas de controle vetorial hoje disponíveis. Para nós, tal necessidade se aplica também aos programas de informação e educação que têm como alvo o comportamento do morador, razão pela qual as considerações a seguir são feitas com o intuito de contribuir para a ampliação da discussão e o possível aperfeiçoamento das medidas de controle domiciliar do vetor.Presume-se que a efetividade de tal controle dependa, entre vários e complexos fatores, da melhoria do saneamento básico, especialmente do abastecimento de água às populações de regiões afetadas pela dengue 3 . No entanto, dado o atual clima de responsabilização do morador em face das condições usualmente precárias de coleta e armazenamento de água nos domicílios dessas populações, parece-nos que a proficiência de certos comportamentos considerados de modo geral adequados para auxiliar o controle vetorial da doença está sendo negligenciada em favor de uma abordagem do problema que privilegia tão-somente a ação individual, sem consideração da sua especificidade.De fato, a proficiência das ações de controle vetorial confiadas a moradores de regiões endêmicas de dengue não constitui, geralmente, uma preocupação dos programas educativos. Em vista da variabilidade natural da resposta humana às recomendações de conduta preventiva de tais programas, parece-nos que essa omissão pode implicar a ocorrência de comportamentos nos domicílios que, embora considerados preventivos pelos moradores, não caracterizam necessariamente uma ação efetiva. Tampar e vedarAs fêmeas do vetor, como se sabe, põem ovos à beira de água parada. Os programas educativos instruem rotineiramente o morador a tampar reservatórios, baldes, pratos de vasos de planta e outros recipientes de água de uso doméstico, além de instruí-lo quanto a cuidados com inservíveis e instalações vulneráveis, como as calhas de telhado. Em se tratando de recipiente de uso doméstico, porém, a vedação total do acesso do mosquito à água constitui um comportamento mais proficiente (no sentido de ser provavelmente mais efetivo como ação preventiva) do que o mero ato ou efeito de tampar. Ainda que haja uma recomendação implícita de proficiência em mensagens educativas do tipo "tampe bem o recipiente", a efetividade preventiva do tapamento ficará comprometida se este comportamento do morador deixar brechas para a passagem de fêmeas grávidas de Ae. aegypti. Nessa circunstân-cia, somente a vedação total do acesso das fêmeas à água irá pr...
The effectiveness of a polyester mesh cover (evidengue ® ), aimed at preventing the access of female Aedes aegypti mosquitoes to flowerpot saucers, was evaluated in laboratory. Two saucers of flowerpot with water were individually wrapped with the cover was placed with their respective pots in two entomological cages. One identical set of flowerpot and saucer was placed in a third cage. In each cage, 20 gravid females, fed on mouse blood, were released. Results show that the cover was effective to prevent access of females. Further tests are necessary to assess cover effectiveness as a device to prevent saucer oviposition.
Sugere-se neste texto que a difusão do artigo científico pode ser estudada em termos das relações que se processam entre uma classe comportamental associada à citação do artigo e os meios sociais que estimulam essa classe verbalmente. Tal sugestão presume que a difusão não concerne ao artigo, mas às relações entre a classe específica e os seus antecedentes e consequentes verbais, nos meios sociais pertinentes a quem faz a citação. É realçado o papel das relações interpessoais no controle da difusão de artigos científicos por meio de regras e redes de informação. Argumenta-se que o enquadramento conceitual da difusão do artigo científico nos processos comportamentais de aprendizagem social, indução e controle de estímulos pode favorecer o estudo do tema não só por psicólogos do comportamento e cientistas da informação, mas também por pesquisadores e profissionais de outras áreas.
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