Paleontologia do Museu Nacional/UFRJ, pela amizade e pelas fotografias das lâminas petrográficas. Ao Dr. Fábio Ramos Dias de Andrade, do IGc-USP pelas leituras, interpretação das lâminas petrográficas e a análise pela Difratometria de RX dos elementos cerâmicos dos sítios Inhazinha e Rodrigues Furtado. Ao amigo e Prof. Ms. (já quase Doutor em Arqueologia) Marcelo Fagundes do Museu de Arqueologia de Xingó\UFS, pelo incentivo, discussões, idéias e correções deste trabalho e, principalmente por sua amizade. À mais nova Mestre em Arqueologia de nosso grupo, Maria Bernadete Póvoa, pelo carinho, amizade e pelas palavras de incentivo quando eu mais necessitava.
RESUMO: O presente estudo teve como objetivo testar a hipótese preli minar de que os grupos construtores de sambaquis do litoral brasileiro, de uma forma geral, não praticavam a violência física de forma recorrente. Foram analisados 62 crânios provenientes do Sambaqui de Cabeçuda (SC) e 11 esqueletos do Sambaqui de Arapuan (RJ), buscando-se identificar as típicas lesões associadas a episódios de violência. Também foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema, para populações litorâneas anteriormente estuda das, incluindo-se aí os dados relativos às lesões traumáticas pós-cranianas observadas na amostra de Cabeçuda. As baixas prevalências observadas em todas as amostras, ou a sua ausência (4,8% para o sambaqui de Cabeçuda e 0% para o sambaqui de Arapuan, por exemplo) confirmam a hipótese formu lada. Os resultados observados podem ser interpretados a partir de fatores sócio-culturais, econômicos e ambientais, ou ainda de ordem metodológica.UNITERMOS: Paleopatologia -Traumas agudos -Violência -Sam baqui.
IntroduçãoO notório crescimento da violência nas grandes metrópoles, tanto em países desenvol vidos como em vias de desenvolvimento, acabou por inseri-la como uma das principais preocupações no campo da saúde coletiva em todo o mundo.Este destaque, no entanto, não tem sido dado apenas para estudos clínicos epidemio lógicos, mas também para estudos de violência entre populações pré-históricas, principalmen te entre pesquisadores norte-americanos, os quais têm avançado no desenvolvimento teórico-metodológico para a sua identificação em material arqueológico.
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