Neste artigo analisamos o processo de formação continuada de gestores escolares durante os anos de 2015, 2016 e 2017 nos municípios maranhenses de Codó, São João do Sóter e Olinda Nova, evidencia como problema de pesquisa: quais saberes e políticas curriculares são tecidas nas narrativas de gestores escolares no processo de formação continuada? O objetivo foi: compreender quais os saberes e políticas curriculares são tecidas nas narrativas de gestores escolares da educação básica. A abordagem de pesquisa é qualitativa, utilizando como dispositivos metodológicos a narrativa escrita e a observação participante com 10 (dez) gestores escolares, que foram selecionados dentro de um recorte maior por suas vivencias e experiências a mais tempo na gestão escolar. Como pedagogos e formadores de professores que somos, e que dialogamos na pesquisa com gestores também formados em pedagogia, chegamos aos resultados de que as narrativas dos gestores apontam seus saberes, políticas e práticas oriundos do seu trabalho cotidiano, fruto das suas necessidades, expectativas e desejos, e assim criam currículos que revelam potenciais de transformação e que alertam para mudanças substanciais na organização e desenvolvimento do trabalho pedagógico no contexto escolar. As conclusões elucidam experiências instituintes de políticas democráticas de gestão que são construídas na cultura escolar onde os gestores desenvolvem o trabalho pedagógico e que se tornam uma via indispensável de consolidação de uma educação pública, democrática e de qualidade social.
Este artigo partilha uma pesquisa qualitativa que prima pela abordagem teórico-metodológica das histórias de vida, especialmente por meio do diário de pesquisa e das narrativas orais, realizados com três professoras iniciantes, que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental numa escola pública de Caxias (MA). Os objetivos buscam: compreender as implicações das histórias de vida na constituição da docência de professoras em início de carreira, bem como refletir acerca das potencialidades das histórias de vida no desenvolvimento profissional de professoras iniciantes. O artigo respalda-se em autores do campo das histórias de vida e narrativas (auto)biográficas em educação. Os resultados evidenciam que as histórias de vida das professoras iniciantes trazem inúmeras implicações profissionais por terem escolhido a docência como vida e profissão, as quais obtiveram contributos pelas suas experiências vivenciadas no passado em fazeres relacionadas à educação, bem como influência da família e das próprias escolhas pessoais para exercer a profissão docente.
O artigo em pauta foi produzido no âmbito de uma pesquisaformação narrativa (auto)biográfica em educação, entre os anos de 2020 e 2021, iniciada de forma presencial e depois desenvolvida remotamente em decorrência da pandemia de Covid-19. A pesquisa contou com a participação de 04 (quatro) professores/as iniciantes, atuantes em duas escolas da rede pública de ensino da cidade de Caxias-MA. Os dispositivos metodológicos utilizados foram: imersão no cotidiano escolar, escritas narrativas, diário de pesquisa e conversas. Quanto aos objetivos, buscou: refletir acerca das contribuições formativas e emancipatórias das narrativas (auto)biográficas na constituição do ser professor/a iniciante, bem como compreender os processos transformadores de si pelas narrativas (auto)biográficas, produzidas na pandemia por docentes em início de carreira. A fundamentação teórica e epistemológica pautou-se pelos princípios da pesquisa narrativa, articulando-se às perspectivas de emancipação e formação de professores/as à luz de: Josso (2010), Freire (2013), Cunha (2010), Rancière (2018), Bragança; Morais (2021) e outros, trazendo a hermenêutica da narratividade e temporalidade de Ricoeur (2010), no processo de compreensão e interpretação das fontes narrativas. Os resultados revelaram as contribuições das narrativas (auto)biográficas para emancipação, no contexto da formação docente, pela tomada de consciência que o próprio sujeito efetua em sua trajetória profissional pessoal e coletiva na docência.
Resenha livre da obra: TORRES SANTOMÉ, J. Currículo escolar e justiça social: o cavalo de Troia da educação. Tradução Alexandre Salvaterra; revisão técnica: Álvaro Hypolito. Porto Alegre: Penso, 2013.
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