O presente texto é fruto do projeto de extensão universitária “Fórum sobre a Medicalização da Educação e da Sociedade/Jataí/GO” e tem como objetivo principal, apresentar e problematizar os processos de medicalização e medicamentalização da sociedade e, para tanto, realizamos alguns recortes históricos sobre tais processos e seus efeitos. Posteriormente apresentamos o processo de implementação do Fórum Sobre a Medicalização da Educação e da Sociedade no município de Jataí/GO e finalizamos com a análise da banalização de algumas práticas de diagnóstico na educação hoje. Temos como resultado o mapeamento de algumas alianças que constituem o poder médico-psiquiátrico, dentre elas, a aliança com a psicanálise, a biologia e a neurociência. Concluímos que a medicalização na educação decorre de práticas e procedimentos disciplinares presentes na sociedade que almejam homogeneizar as diferenças entres as pessoas e, consequentemente, medicar aqueles que fogem aos padrões estabelecidos pela norma médica e psiquiátrica. Essa normalização das condutas ocorre por meio de psicofármacos, cujo uso busca gerir os riscos sociais das consideradas más condutas, assumindo, muitas vezes, uma nova forma de punição.
Os objetivos da pesquisa foram analisar fi lmes comerciais/fi ccionais sobre Violência Contra a Mulher (VCM), buscando caracterizar encenações desse fenômeno. A seleção dos fi lmes foi sistemática e realizada em sites especializados no assunto (AdoroCinema, Cinepop etc.), cruzando termos como "violência" e "mulher" (N = 19). A análise pressupôs três passos: observação das películas; lançamento de dados observados em planilhas; relação de frequências simples de encenações sobre VCM com aspectos teóricos apontados pela literatura especializada (enfoque quanti-qualitativo). Os agressores eram estranhos (n = 11, 39%), maridos (n = 9, 33%), namorados (n = 4, 14%) e outros (n = 4, 14%). Houve encenações de violência psicológica (n = 19, 27%), física (n = 18, 25%), sexual (n = 16, 22%), moral (n = 12, 16%) e patrimonial (n = 7, 10%). As representações fílmicas focaram indícios gerais de traumatização psíquica nas personagens (n = 17, 37%). Os fi lmes estudados são ilustrativos da realidade das mulheres em contextos de violência; enquanto tais, podem ser convertidos em ferramenta didática ampliadora de debates e refl exões sobre questões de gênero e sobre promoção de saúde em contexto de VCM.
The research objectives were analyze business / fi ctional fi lms about Violence Against Woman (VAW). The selection of fi lms was systematic and carried out in specialized sites on the subject (AdoroCinema, Cinepop etc.), across terms like "violence" and "woman" (N = 19). The analysis assumed three steps: observation of motion pictures; data entry observed in spreadsheets; simple frequency ratio concerning VAW scenarios with theoretical aspects pointed out by the literature (quantitative and qualitative approach). The aggressor were strangers (n = 11, 39%), husbands (n = 9, 33%), boyfriends (n = 4, 14%) and others (n = 4, 14%). There were performances of the following types of violence: psychological (n = 19, 27%), physical (n = 18, 25%), sexual (n = 16, 22%), moral (n = 12, 16%) and patrimonial (n = 7, 10%). The fi lmic representations showed general signs of psychological traumatization in characters (n = 17, 37%). The studied fi lms are illustrative of the reality of women in situations of violence; as such can be converted to amplifying teaching tool for discussion and refl ection on gender issues and on health promotion in the context of VAW.Keywords: Clinical psychology, gender violence, fi lms, intrafamily violence. Cinema e Violência Contra a Mulher: Contribuições à Formação do Psicólogo Clínico ResumoOs objetivos da pesquisa foram analisar fi lmes comerciais/fi ccionais sobre Violência Contra a Mulher (VCM), buscando caracterizar encenações desse fenômeno. A seleção dos fi lmes foi sistemática e realizada em sites especializados no assunto (AdoroCinema, Cinepop etc.), cruzando termos como "violência" e "mulher" (N = 19). A análise pressupôs três passos: observação das películas; lançamento de dados observados em planilhas; relação de frequências simples de encenações sobre VCM com aspectos teóricos apontados pela literatura especializada (enfoque quanti-qualitativo). Os agressores eram estranhos (n = 11, 39%), maridos (n = 9, 33%), namorados (n = 4, 14%) e outros (n = 4, 14%). Houve encenações de violência psicológica (n = 19, 27%), física (n = 18, 25%), sexual (n = 16, 22%), moral (n = 12, 16%) e patrimonial (n = 7, 10%). As representações fílmicas focaram indícios gerais de traumatização psíquica nas personagens (n = 17, 37%). Os fi lmes estudados são ilustrativos da realidade
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