O presente texto é fruto do projeto de extensão universitária “Fórum sobre a Medicalização da Educação e da Sociedade/Jataí/GO” e tem como objetivo principal, apresentar e problematizar os processos de medicalização e medicamentalização da sociedade e, para tanto, realizamos alguns recortes históricos sobre tais processos e seus efeitos. Posteriormente apresentamos o processo de implementação do Fórum Sobre a Medicalização da Educação e da Sociedade no município de Jataí/GO e finalizamos com a análise da banalização de algumas práticas de diagnóstico na educação hoje. Temos como resultado o mapeamento de algumas alianças que constituem o poder médico-psiquiátrico, dentre elas, a aliança com a psicanálise, a biologia e a neurociência. Concluímos que a medicalização na educação decorre de práticas e procedimentos disciplinares presentes na sociedade que almejam homogeneizar as diferenças entres as pessoas e, consequentemente, medicar aqueles que fogem aos padrões estabelecidos pela norma médica e psiquiátrica. Essa normalização das condutas ocorre por meio de psicofármacos, cujo uso busca gerir os riscos sociais das consideradas más condutas, assumindo, muitas vezes, uma nova forma de punição.
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