Este texto discute uma experiência de formação docente, vivida como um processo de diálogo entre docentes de uma escola de ensino fundamental, cuja temática foi gênero e sexualidade. Trata-se do compartilhamento de narrativas e de reflexões produzidas no campo escolar, por professores e professoras que vivem os dilemas de enfrentar solitariamente o tema da sexualidade e do gênero em tempos de criminalização dessas discussões. Algumas das narrativas dos 30 sujeitos que participaram do debate são material privilegiado de nosso artigo. Buscamos recuperar os sentidos dos discursos produzidos na roda de conversa bem como refletir sobre as experiências. Narrar em espaços coletivos, como o espaço de uma roda de conversa, se configura como importante estratégia formadora numa perspectiva emancipadora, como a defendia Paulo Freire. As discussões sobre gênero e sexualidade na escola vêm crescendo na medida em que crescem também movimentos conservadores que buscam silenciar aqueles e aquelas que fogem à norma cis heterossexual e colocam para os espaços sociais, sua “presença incômoda”.
Sabemos que escola pública tem cor, especialmente, a Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro tem em seus bancos escolares a grande maioria de população negra e parda. Dito isto, observa-se que a criação de uma gerência de relações étnico-raciais na rede municipal da cidade do Rio de Janeiro é crucial para que o estudo de dados possa ajudar a embasar práticas pedagógicas que atendam a urgência da aplicabilidade e permanência das leis 10.639/03 e 11.645/08. O objetivo deste artigo é evidenciar a importância dessas políticas públicas Antirracistas para educação básica em escolas do município do Rio de Janeiro. Neste artigo, detalhamos o perfil étnico-racial da rede municipal, assim como analisamos a compreensão dos profissionais sobre a educação para as relações étnico-raciais. Faz-se urgente pensar uma política educacional antirracista como principal agente de construção de uma educação com narrativas outras, que foram historicamente negligenciadas e que devem estar presentes com outros protagonismos nos materiais didáticos, nos currículos e nos planejamentos, pois dialoga diretamente com a cor/raça de discentes desta rede educacional.
Este artigo tem por objetivo descrever e analisar a realização de uma oficina para professores sobre adaptação de textos. O público alvo foi professores das séries iniciais do Ensino Fundamental. A Oficina teve a duração de oito horas e foi dividida em duas partes. A primeira tratou dos temas acessibilidade e Desenho Universal para a Aprendizagem. Já na segunda parte, focamos na acessibilidade textual em leitura fácil e na adaptação de textos, utilizando como parâmetro um Guia de Adaptação de Textos em Leitura Fácil. Os participantes avaliaram, através do preenchimento de um formulário, antes e depois da realização da oficina, textos do material didático adotado nas séries iniciais das escolas do Município do Rio de Janeiro. Depois da oficina, foram comparadas as respostas dos formulários elaboradas nos dois momentos distintos. Na primeira avaliação os textos foram considerados fáceis de serem compreendidos pelos alunos. Após a oficina e a utilização do Guia, os professores tiveram outra percepção dos critérios de acessibilidade. Ficou evidente que para que tenhamos textos acessíveis em leitura fácil, que não apresentem barreiras ao processo de leitura dos alunos, precisamos inicialmente investir em formação continuada para os professores, de modo que tenham acesso ao conceito de acessibilidade, de texto em leitura fácil e às diretrizes necessárias para as adaptações. Iniciativas de entidades públicas visando à formação docente inicial e continuada que contemplem o tema Leitura Fácil se fazem necessárias para que a produção e seleção de materiais mais acessíveis cheguem aos alunos aprendizes da leitura.
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Apresentamos neste texto, a partir de relatos de duas professoras/autoras, dos anos iniciais de uma escola municipal do Rio de Janeiro, um debate sobre produção curricular como política pública para o ensino das diversidades e questões de gênero, em especial masculinidades. Partindo das narrativas e entendendo-as como elementos potencializadores da reflexão/ação/ressignificação, buscamos responder as seguintes questões: como as famílias lidam com as construções acerca das masculinidades de seus filhos? Como se constituem essas masculinidades? De quais modos as políticas públicas podem contribuir para essas discussões? O cotidiano da escola é crucial para aprender, se constituir e saber se relacionar com os outros de forma respeitosa. Nesse sentido as políticas públicas e, mais precisamente, o currículo - que surge baseado nessas políticas, é também o fazer dos sujeitos na escola e considerado um dos pilares na construção dos saberes docentes e discentes, incluindo as construções das identidades e, consequentemente, das diferenças.
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