RESUMO A análise das mudanças diacrônicas ocorridas na Educação Especial, mais especificamente no Instituto Nacional de Surdos (INES), instalado no estado do Rio de Janeiro desde a sua fundação, em 1857, até o início do século XXI, é o foco principal deste artigo. Os conceitos de normalidade, diversidade e alteridade são problematizados no texto e guiados pela busca de respostas que permitam compreender as atitudes dispensadas ao indivíduo considerado diferente e que interferem na educação dos surdos na atualidade. A perspectiva teórica deste texto está alinhada aos estudos socioculturais da deficiência que questionam as perspectivas discursivas de normalidade e de anormalidade dos corpos que fundamentam grande parte do que se diz, do que se faz e do que se quer com a educação de pessoas deficientes, particularmente de pessoas surdas. Os resultados indicam que discursos sobre a diversidade ainda predominam, mas afirmações e ações que levam à alteridade também já podem ser constatadas.
A educação inclusiva se constitui como um movimento sociopolítico que contempla os grupos sociais oprimidos, discriminados e marginalizados no sistema social, os quais lutam pelo princípio da equidade, com o sentido de garantir o acesso as ações efetivas que os reconhecessem e valorizasse-os como sujeitos de direitos. Para tanto, como questão problema: quais as contribuições teóricas-metodológicas de Paulo Freire na concepção de educação inclusiva? Este artigo tem por objeto geral analisar as contribuições teóricas-metodológicas de Paulo Freire na concepção de educação inclusiva. A metodologia tem por base abordagem qualitativa por compreender o movimento teórico da temática em questão. O nosso estudo é do tipo bibliográfico, visto que realizamos a seleção de artigos, livros, teses que abarcassem a discussão do referencial teórico. São os respectivos autores e autoras: Carvalho (2004), Freire (1996, 2014, 2016, 2018); Costa; Turci (2011); Marques (2007). Os resultados apontam que a pedagogia inclusiva de Paulo Freire, é relevante e atual para a conjuntura em que estamos vivendo, porque suas ideias tornam-se presentes para refletirmos e articularmos ações socioeducacionais que promovam o reconhecimento e valorização da alteridade no contexto socioeducacional. Por fim, percebe-se que a perspectiva dialógica, libertadora, humanizada e progressista de Paulo Freire é uma forma de educação inclusiva que constrói uma sociedade inclusiva para múltiplas diferenças.
A educação de surdos, a partir da década de 1980, é concebida por três concepções metodológicas: o oralismo, a comunicação total e o bilinguismo. Este artigo utiliza-se dessas concepções para caracterizar e identificar nos trechos da novela “Sol de Verão” as memórias relacionadas às concepções metodológicas de ensino da pessoa surda. O corpus de pesquisa são trechos dessa novela de época que tratam da questão da educação de surdos. Para tal, utiliza-se do tipo de pesquisa análise dialógica do discurso, que possui inspiração do círculo de Bakhtin. Os resultados apontam as seguintes conclusões: i) a surdez apresentada na novela está aliada ao viés médico; ii) o papel responsivo da família diante do contexto da época reverbera nas decisões dos surdos; iii) a atividade da oralização é vista como uma forma de inserção do sujeito no contexto social; iv) a proposta de ensino do personagem surdo é uma mescla de conteúdos das disciplinas com a terapia da fala; e v) a perspectiva do bilinguismo ainda não aparece.
Este estudo origina-se do uso de tecnologias digitais como instrumento cultural de aprendizagem. No referido estudo objetiva-se analisar a produção escrita de educandos surdos, que estudavam no contra-turno em uma sala de recursos multifuncionais na cidade de Belém - Pará. As formas escritas analisadas neste trabalho são de quatro educandos que participaram de uma atividade mediada por um professor especialista em educação especial, com uso de intrumento digital, mais precisamente o gênero mensagem instantânea. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir do tipo de análise linguistico-discursiva da produção textual. Os textos produzidos pelos alunos surdos foram organizados aos seguintes níveis de escrita: estágio pré-inicial, estágio inicial, estágio intermediário e estágio avançado da escrita. De maneira geral as produções textuais que os surdos criaram e que serviram de base para este trabalho não podem ser percebidas com características negativas, pois possuem especificidades linguistico-discursivas baseadas na Língua de Sinais.
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