Para estudar a influência da densidade de plantio sôbre a produção da mamoneira-anã, variedade IAC-38, foram conduzidas duas experiências fatoriais com os espaçamentos de 1,0, 1,5 e 2,0 m entre as linhas de plantas, as distâncias de 0,5, 1,0 e 1,5 m entre as covas (deixando-se duas plantas por cova) e três níveis de NPK: 0, 30-60-30 e 60-90-60 kg/ha de N-P2O5-K2O. As experiências, localizadas em Pindorama e Tatuí, foram instaladas em 1960-61 e repetidas (adubadas e plantadas), nos mesmos canteiros, em 1961-62. As melhores produções foram obtidas com os espaçamentos de 1,0 x 1,0 e 1,5 x 0,5 m. Para o efeito de NPK, as distâncias intermediárias, entre as linhas ou entre as covas; proporcionaram muito melhores condições do que as extremas. Levando em consideração detalhes das observações efetuadas, os autores supõem que um espaçamento da ordem de 1,25 x 0,80 m seria mais adequado, pois, em relação ao de 1,0 x 1,0 m, facilitaria os tratos culturais e a colheita, e, em relação ao de 1,5 x 0,5 m, evitaria possível desperdício de espaço entre as linhas e atenuaria a concorrência entre as plantas da.mesma linha.
Em continuação aos estudos sôbre a adubação da mamoneira (Ricinus communis L.), foram conduzidas, de 1957-58 a 1959-60, duas experiências em Campinas (terra-roxa-misturada), duas em Ribeirão Prêto (terra-roxa-legítirna) e uma em Tabapuã (arenito Bauru), no Estado de São Paulo, para investigar os efeitos de doses crescentes de nitrogênio, fósforo e potássio nas formas de sulfato de amônio, superfosfato e cloreto de potássio. Nas experiências de Campinas, foi o fósforo que limitou a produção, sendo que o efeito do nitrogênio foi pequeno e, o do potássio, nulo em uma e negativo em outra; nas de Ribeirão Prêto, sòmente o potássio obteve respostas satisfatórias; na de Tabapuã, os três elementos aumentaram significativamente a produção. A porcentagem de óleo nas sementes pràticamente não foi alterada pelos nutrientes estudados. Em média das cinco experiências, a produção de sementes do tratamento sem adubo correspondeu a 656 kg/ha, ao passo que as dos adubados com as menores e com as maiores doses de NPK se elevaram, respectivamente, a 1.176 e 1.650 kg/ha.
Numa experiência de adubação da mamoneira (Ricinus communis L,), conduzida por dois anos em solo derivado do arenito Botucatu, com vegetação de cerrado, superfosfato simples foi comparado, na presença de NK, com fosforita de Olinda, fosfato de Araxá e misturas que continham 1/3, 1/2 ou 2/3 da dose total de P2O5 (65 kg/ha) como superfosfato, sendo o resto fornecido por um dos fosfatos naturais. Em média dos dois anos, a produção do tratamento sem adubo foi de 196 kg/ha, ao passo que as dos melhores tratamentos oscilaram em tôrno de 650 kg/ha. Embora muito superiores à do tratamento sem adubo, as últimas produções foram apenas sofríveis, aparentemente devido à insuficiência das adubações usadas e a fatores adversos no segundo ano. Empregados sòzinhos, os fosfatos naturais mostraram-se muito inferiores ao superfosfato; nas misturas, porém, não diferiram um do outro nem do adubo padrão. O efeito das misturas diminuiu quando se reduziu a contribuição de superfosfato, mas as diferenças foram pequenas. O efeito residual de PK, verificado no segundo ano, em parte da experiência, correspondeu a cêrca de 1/3 da resposta a NPK, obtida nos canteiros que receberam essa adubação nos dois anos.
No Estado de São Paulo cultiva-se quase que exclusivamente o cultivar de mamoeira 'IAC-38', que possui porte pequeno, grande vigor, chegando a dar 2000 kg de sementes por hectare e 41% de óleo. Tem, porém, o inconveniente de apresentar frutos deiscentes, resultando na necessidade de várias colheitas por ano, o que encarece o produto. Em 1957 realizaram-se hibridações visando transferir o caráter indeiscência do cultivar 'Cimarron' para o 'IAC-38'. Das numerosas progênies estudadas até F5, duas se destacaram e deram origem a promissoras linhagens de frutos indeiscentes. Após a análise destas duas seleções em ensaios comparativos de produção, aproveitou-se a melhor delas para multiplicação. Essa linhagem constituiu o cultivar 'Campinas'. Além de ter produção comparável à do 'IAC-38' e de apresentar frutos in-deiscentes, tem ainda a vantagem do porte médio e de possuir o teor de 46% de óleo nas sementes.
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