Estudou-se o efeito da variação de níveis de água disponível no solo, sobre o crescimento e produção de vagens e grãos verdes de feijão caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp], cv. IPA 206. A produção de vagens e de grãos verdes desta espécie é uma excelente alternativa de comercialização para os agricultores do Nordeste do Brasil, visto que o seu consumo é bastante significativo na região. Instalou-se o experimento em vasos de 13 kg, em casa de vegetação na UFPB em Areia (PB), de agosto a dezembro de 2000. O delineamento estatístico utilizado foi de blocos ao acaso com 4 tratamentos correspondentes aos níveis de água disponível do solo (40; 60; 80 e 100%), logo após as irrigações, com 6 repetições. Os resultados observados mostraram que o nível crescente de déficit hídrico afetou drasticamente o desempenho desta cultivar em estudo em comparação à testemunha. As maiores reduções estimadas foram constatadas no comprimento da haste principal, 26 e 48%, no número de folha por planta, 23 e 35%, no número de vagens por planta, 32 e 49%, e na massa de vagens por planta, 23 e 30%, respectivamente para os níveis de 60 e 40% de água disponível do solo. Nas condições do experimento a cultivar de feijão caupi IPA 206 não tolera déficit hídrico acentuado.
Dez linhagens e três cultivares de feijão-caupi foram avaliadas em ensaio conduzido em Areia (PB), de abril a julho de 2000, em Latossolo Vermelho-Amarelo. As linhagens TE-92-199-20F;TE-90-170-29F; TE-90-170-76F; CNCX-405-17F; CNCX-409-12F; TE-90-180-10F; TE 87-108-6G, Linhagem avançada e as cultivares, IPA 206 e BR-03 Tracuateua, apresentaram comprimento e peso médio de vagens dentro dos padrões comerciais e número médio de vagens por planta dentro do padrão para a espécie (acima de vinte vagens). A produtividade de vagens verdes e de grãos verdes e secos obtida pelas linhagens TE-90-170-76F; CNCX-409-12F; CNCX-405-17F; TE-90-180-10F; TE-87-108-6G, Linhagem avançada e pela cultivar IPA 206, foram superiores a 5,0 t/ha para vagens verdes, a 3,0 t/ha para grãos verdes e a 1,2 t/ha para grãos secos, consideradas altas para o feijão-caupi. As maiores produtividade de vagens verdes (6,5 e 6,5 t/ha), de grãos verdes (3,8 e 3,8 t/ha), e de grãos secos (1,8 e 1,8 t/ha) foram obtidas, respectivamente, com as linhagem CNCX-409-12F e cultivar IPA 206.
Com o objetivo de avaliar doses e formas de aplicação de nitrogênio na cultura do feijão-vagem, cultivar Macarrão Trepador, instalou-se um experimento em condições de campo no período de abril a agosto de 2000, no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba. O delineamento experimental empregado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 6 x 2 + 1, compreendendo seis doses de nitrogênio (0, 20, 40, 60, 80 e 100 kg/ha), duas formas de aplicação (solo e via foliar) e um tratamento-testemunha (sem adubação), em quatro repetições. Utilizaram-se parcelas úteis com 20 plantas, espaçadas de 1,00 x 0,50 m. Pelos resultados, constatou-se efeito significativo das doses e formas de aplicação de nitrogênio sobre a precocidade e a produtividade do feijão-vagem, e sobre o teor de fibra nas vagens. As doses de 21,31 kg/ha e 19,55 kg/ha de nitrogênio aplicadas, respectivamente na folha e no solo, proporcionaram plantas mais precoces, embora com início de floração mais tardio do que a testemunha. A produtividade de vagens atingiu valores máximos estimados de 29 e 28 t/ha nas doses de 54 e 55 kg/ha de nitrogênio aplicados no solo e via foliar, respectivamente. A dose de 44 kg/ha de nitrogênio aplicado no solo proporcionou o mais baixo percentual de fibra nas vagens (1,0%). As doses mais econômicas de nitrogênio aplicadas no solo e via foliar foram de 53,7 e 54,4 kg/ha, resultando num rendimento estimado de 28,8 e 27,9 t/ha de vagens, respectivamente.
A produção de feijão-vagem na Paraíba, como em todo o Brasil, é conduzida por pequenos produtores, utilizando principalmente cultivares de crescimento indeterminado; A produção destina-se ao consumo fresco e em pequenas quantidades à industrialização (Viggiano, 1990; Peixoto et al., 1997; Hamasaki et al., 1998).É crescente o cultivo do feijão-vagem na região de Areia, convertendo-se em uma das principais hortaliças cultivadas na região, sendo as cultivares Macarrão Trepador Topseed e Macarrão Trepador Hortivale as mais utilizadas pelos produtores. Nesta região o período chuvoso abrange os meses de março a agosto, seguido do período de estiagem que vai de setembro a fevereiro, quando ocorrem elevadas temperaturas, com média anual de 23°C, e baixa umidade relativa do ar. O desenvolvimento do feijão-vagem é OLIVEIRA, A.P.; ANDRADE, A.C.; TAVARES SOBRINHO, J.; PEIXOTO, N. Avaliação de linhagens e cultivares de feijão-vagem, de crescimento indeterminado, no município de Areia-PB. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, n. 2, julho (Aceito para publicação em 03 de abril de 2.001) favorecido quando a temperatura ambiente varia entre 18 e 30 o C. (Blanco et al., 1997), podendo adaptar-se bem a climas frescos ou quentes com temperaturas variando entre 18 e 50°C (Nadal et al., 1986). Deste modo, as características climáticas de Areia são satisfatórias para sua expansão.Existem no mercado brasileiro cultivares de boa aceitação comercial. Entretanto, não há um programa nacional de avaliação e recomendação de cultivares que poderia resultar na utilização das mais adaptadas a cada ambiente específico. Estudos sobre novas opções são necessá-rios pois o produtor normalmente tem utilizado qualquer semente disponível no mercado. A indicação de cultivares apropriadas proporciona maior segurança aos produtores, inclusive facilitando a obtenção de crédito e aceitação do produto no mercado (Hamasaki et al., 1998).Têm sido escassos os trabalhos de melhoramento de feijão-vagem no Brasil e as cultivares disponíveis são utilizadas nas diversas regiões, sem levar em consideração as possíveis diferenças de comportamento em ambientes diversos. Assim o estudo da interação genótipo x ambiente possibilita a recomendação de cultivares, considerando-se a adaptabilidade e estabilidade em relação às diferentes condições de cultivo. Esta avaliação constitui-se numa importante ferramenta na recomendação de cultivares. Para a empresa produtora de sementes interessam cultivares estáveis que possam ser cultivadas em diferentes ambientes, enquanto que para o produtor seria desejável a utilização de cultivares adaptadas às suas condições edafoclimáticas e a tecnologia específica de produção (Peixoto et al., 1993). Para a escolha de um novo genótipo a ser plantado em determinado local, é
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