RESUMO:O advento da Covid-19 e seu contágio mundial trouxeram consigo impactos econômicos, sociais e psicológicos à população. O Brasil já se encontra no terceiro lugar em número de casos de Covid-19 mundialmente (WHO, 2022), cenário este que favorece o desdobramento do medo pessoal do SARS-CoV-2 e de suas consequências. Este estudo se trata de uma pesquisa observacional, descritiva e transversal, que pretende avaliar os efeitos da pandemia da Covid-19 na psicologia de acadêmicos de medicina de uma universidade pública. Os dados expostos foram coletados à distância, por meio da ferramenta online Google forms, enviada aos universitários pelo aplicativo Whatsapp. Os formulários aplicados agrupavam um questionário sociodemográfico/acadêmico e um questionário abordando a Escala de Medo da . Entre os 304 entrevistados, 45,7% eram pardos, apenas 7,5% estavam entre 26 e 30 anos, e apenas 0,3% tinham um mestrado. Com a realização dessa pesquisa, percebeu-se que, 77% apresentam pouco medo da Covid-19 segundo a estratificação de Faro et al. ( 2020), e 3,3% mostraram medo extremo. A média do escore total dos estudantes na EMC-19 foi 15,36, com escores que podem variar entre 7 e 35. Quanto as perguntas do questionário da EMC-19, 32,9% se mostraram indiferentes quando perguntados se tinham muito medo da Covid-19, e apenas 7,9% concordaram fortemente. Alunos do 3° ano da faculdade foram os que mostraram maior porcentagem entre os com "muito medo" (6%).). Os primeiros anos da faculdade de medicina apresentaram 3% dos estudantes com muito medo, enquanto a segunda metade só apresentou 0,3%. Através desse estudo, é demonstrada a importância da busca de estratégias para a prevenção desses transtornos mentais para a maior tranquilidade de vida destes futuros médicos, que refletirá nas suas produtividades profissionais.