ResumoEste artigo trata de uma pesquisa quanti-qualitativa exploratória sobre a produção do fenômeno violência em espaço escolar, especi camente a violência cometida por professores em sala de aula contra crianças e adolescentes, explicitando a vulnerabilidade institucional que essa violência gera. O objetivo é abrir uma chave interpretativa sobre violência em sala de aula por professores contra alunos à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do mecanismo da produção da cultura da violência, a partir desse entrecruzamento. (BARDIN, 1977), con gurando uma análise categorial que permitiu uma base empírica que dialogou, analiticamente, com as prescrições do ECA. Dos resultados, pode-se destacar que os professores cometem violência contra alunos na sala de aula de várias maneiras e por diferentes razões em todos os níveis de ensino; o tipo de violência mais cometida é a verbal; o contexto das situações em que ocorrem essa violência é, sobretudo, o de aprendizagem de algum conteúdo; a faixa etária mais atingida é de 8 a 9 anos; o ECA não é respeitado por professores no âmbito da relação professor-aluno. Sendo assim, esse conjunto gera vulnerabilidade da escola.Palavras-chave: Violência na Escola. Relação Professor-aluno. Estatuto da Criança e do Adolescente. ____________________
O objetivo desta reflexão é abrir um debate sobre a produção do fenômeno que estamos denominando: a institucionalização do ciclo da baixa cultura na Educação Escolar Brasileira. Nossas fontes são o perfil dos professores brasileiros por Gatti e Barreto (2009) conjuntamente com as informações extraídas de Gatti, Barreto e André (2011), que também dizem respeito ao mesmo perfil. O apoio teórico estrutural vem de Pierre Bourdieu especificamente no que diz respeito à noção de capital cultural. A escola pública brasileira não pode formar o homem culto, pois professores e alunos não podem, igualmente, adquirir capital cultural na socialização primária, na socialização secundária e, quiçá, durante toda vida! Não há como negar a institucionalização do ciclo da baixa cultura na escola pública brasileira. O fenômeno é produzido pela escola e alimentado por ela. E não se trata de uma questão meramente pedagógica ou didática, trata-se de uma questão política para um poder público decente!
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