O presente artigo resulta de uma pesquisa analítica-exploratória, de cunho qualitativo e teórico, cujo objetivo foi compreender o papel da Psicologia brasileira na resposta à pandemia de Covid-19, no contexto de crise do capitalismo neoliberal. Para tanto, foi realizado um levantamento das produções acadêmicas publicadas em 2020 e 2021, totalizando 282 artigos, distribuídos em 51 periódicos. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo, sendo categorizados e discutidos à luz da crítica da sociedade do cansaço de Byung-Chul Han. Os resultados foram organizados em macro categorias e subcategorias, em dois eixos: saúde mental e interseccionalidade. A partir da discussão do material obtido, oferecemos tanto um panorama geral das publicações da Psicologia brasileira na resposta da pandemia, quanto uma análise dos conteúdos dos artigos em relação à crítica do capitalismo neoliberal. Concluímos argumentando que o papel da Psicologia oscila entre a crítica e a manutenção psicopolítica da sociedade neoliberal.

Este artigo objetiva promover análise qualitativa da mediação didática desenvolvida remotamente em tempos da pandemia de covid-19, com pessoas idosas cadastradas no Programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).  Foi proposta oficina de alfabetização com o objetivo de, a partir dos conceitos de alfabetização, consciência fonológica, letramento e maturidade, fomentar nos participantes uma maior interação, domínio da escrita e leitura, além de fortalecer o uso e contato com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), visando conferir mais autonomia aos sujeitos. As atividades foram elaboradas e propostas por meio do WhatsApp. Infelizmente, em virtude das disparidades socioeconômicas, nem todas as pessoas idosas dispõem de acesso digital. Mas aqueles poucos que tiveram acesso às mídias conseguiram interagir, aprender e trocar saberes entre si e com as monitoras. O processo de mediação didática provocou interações sociais, buscando desconstruir concepções estereotipadas sobre o envelhecer, que em nossa sociedade é muitas vezes visto como fase da vida limitante, fomentando a horizontalização de conhecimentos e valores com o idoso.