As exportações brasileiras de produtos manufaturados apresentam uma especialização geográfica bem demarcada, tanto em termos de volume quanto de composição e grau de sofisticação dos produtos. Para os produtos manufaturados, a América Latina se tornou o principal mercado desde os anos 1990, além de revelar algum grau de articulação produtiva entre as economias. Porém, ao longo dos anos 2000, a parcela de mercado de manufaturados do Brasil na região vem se reduzindo devido à perda de competitividade dos produtos brasileiros associada ao acirramento da concorrência chinesa na região e à erosão das preferências comerciais do Brasil na América Latina. O presente trabalho analisa o desempenho e as perspectivas das exportações brasileiras de manufaturados segundo seus principais destinos usando indicadores de comércio (de market share e de similaridade das pautas exportadoras), que sistematizam as informações acerca da especialização da pauta exportadora brasileira e da articulação produtiva do Brasil com seus principais parceiros. Tal análise evidencia a importância do comércio regional para as exportações de manufaturados do país, apesar da redução do market share do Brasil nesses mercados. A fim de aprofundar o entendimento das causas para essa evolução recente, são examinados as perdas e ganhos das exportações de manufaturados do Brasil na Aladi em relação à China, utilizando-se uma versão modificada da metodologia de constant market share (CMS).
O presente artigo tem por objetivo discutir se a tese de Prebisch-Singer, adaptada aos dados e às características do comércio internacional atuais, pode ser, ainda,considerada válida. Para isso, faremos uma discussão das proposições originais para,posteriormente, testar a tendência de evolução dos termos de troca entre as commodities e diferentes categorias de produtos industriais para o período 1977 a 2011. O trabalho conclui que,apesar do crescimento recente dos preços das commodities, os preços dos produtos manufaturados de alta e média tecnologia também cresceram fazendo com que a tendência de longo prazo de deterioração dos termos de troca permanecesse
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