As exportações brasileiras de produtos manufaturados apresentam uma especialização geográfica bem demarcada, tanto em termos de volume quanto de composição e grau de sofisticação dos produtos. Para os produtos manufaturados, a América Latina se tornou o principal mercado desde os anos 1990, além de revelar algum grau de articulação produtiva entre as economias. Porém, ao longo dos anos 2000, a parcela de mercado de manufaturados do Brasil na região vem se reduzindo devido à perda de competitividade dos produtos brasileiros associada ao acirramento da concorrência chinesa na região e à erosão das preferências comerciais do Brasil na América Latina. O presente trabalho analisa o desempenho e as perspectivas das exportações brasileiras de manufaturados segundo seus principais destinos usando indicadores de comércio (de market share e de similaridade das pautas exportadoras), que sistematizam as informações acerca da especialização da pauta exportadora brasileira e da articulação produtiva do Brasil com seus principais parceiros. Tal análise evidencia a importância do comércio regional para as exportações de manufaturados do país, apesar da redução do market share do Brasil nesses mercados. A fim de aprofundar o entendimento das causas para essa evolução recente, são examinados as perdas e ganhos das exportações de manufaturados do Brasil na Aladi em relação à China, utilizando-se uma versão modificada da metodologia de constant market share (CMS).
Resumo: Este estudo analisa a relação entre o grau e os de participação nas cadeias globais de valor (CGV) e seus impactos sobre a complexidade das estruturas produtivas para um conjunto de países disponíveis na base World Input-Output Database (WIOD). Para tanto, analisam-se as participações nas CGV, a complexidade das estruturas produtivas e os vínculos (padrões) das relações intersetoriais das três economias entre 1995 e 2011. Argumentamos que o grau e o padrão de articulação intersetorial determinam a forma e a intensidade da inserção dos países nas CGV. O presente estudo apresenta duas contribuições: i) mostra um novo indicador de complexidade estrutural e ii) oferece evidência empírica demonstrando que a participação nas CGV depende do grau de complexidade estrutural e essa relação é não-linear entre os países.Palavras-chave: Estrutura produtiva; mudança estrutural; cadeias globais de valor; complexidade estrutural Abstract: This paper analyzes the relationship between the degree of participation in global value chains and its impacts on the complexity of productive structures for a set of countries available in the World Input-Output Database (WIOD). We first consider the share in the GVC, the complexity of productive structures, and the links (patterns) of the inter-sectoral relations of the economies between 1995 and 2011. To do so, this paper uses the WIOD, a world input-output table, as an alternative trade measure to analyze the role of three newly industrialized economies. We argue that the degree and the pattern of inter-sectoral articulation determine the form and the intensity of the insertion of the countries in the GVC. The present paper presents two contributions: i) shows a new indicator of structural complexity and ii) offers empirical evidence demonstrating that participation in GVC depends on the degree of structural complexity and this relationship is non-linear between countries.
Cette étude analyse la relation entre la participation dans les chaînes globales de valeur (CGV) et la complexité des structures productives pour un ensemble de pays développés et de pays en développement dans la période 1995-2011. Pour cela, nous analysons la participation de ces pays dans les CGV au moyen du contenu importé des exportations. Compte tenu de la complexité des structures productives, nous suggérons d’utiliser l’indicateur de circularité globale comme indicateur de complexité structurelle et l’indicateur de « average propagation length » qui mesure la taille des chaînes. Nous montrons que le degré et le type d’articulation intersectorielle des économies aident à comprendre la forme et l’intensité de la participation des pays dans les CGV. Les résultats montrent une relation non linéaire entre l’insertion des pays dans les CGV et le degré de complexité de leurs structures productives.Classification JEL : L16; C67; F1.
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