O ensino básico do Brasil vem sendo bastante questionado quanto a sua qualidade e eficiência. Avaliações realizadas pelo INEP mostram que aproximadamente 5% dos alunos apresentam desempenho classificado em "adequado". Ainda ao longo dos últimos anos, esse desempenho vem decaindo devido exclusivamente ao desempenho dos alunos de escolas públicas. Motivado pela diferença entre as duas redes de ensino no Brasil, este artigo analisa a eficiência das escolas públicas e privadas por meio da metodologia desenvolvida por Thanassoulis (1999) e depois estendida por Portela e Thanassoulis (2001). Portela e Thanassoulis (2001) decompõem a eficiência geral em dois componentes distintos: um componente atribuído à instituição de ensino que o estudante frequentou e outro componente atribuído à eficiência somente do estudante. Os resultados obtidos mostram que há grandes diferenças de eficiência entre os colégios privados e públicos. Os colégios privados obtiveram eficiência máxima e os colégios públicos obtiveram eficiência de 0,901, com destaque para os públicos federais que ficaram com 0,910, enquanto os públicos estaduais obtiveram 0,879. Os colégios foram então analisados quanto à equidade do ensino para diferentes níveis de conhecimento dos alunos. Isso mostrou que o ensino público federal apresentou eficiência tão boa quanto o ensino privado para os melhores alunos. Já para o ensino público estadual, os melhores alunos são mais prejudicados que os alunos intermediários, cuja eficiência do ensino fica pouco acima da eficiência média. Recently, quality and efficiency of elementary education in Brazil has been questioned. Evaluations conducted by INEP showed that only 5% of the students present a performance that can be classified as adequate. Even this low performance has been decreasing mainly due to the lower performance of public school students. Given the differences onpublic and private schools performance wedecided to analyze thecomparative efficiencyof public and private schools using a methodology developed by Thanassoulis (1999) and further extended by Portela and Thanassoulis (2001). The former decomposes efficiency into two components: one attributed to the school and the other exclusively to the student. Results show large differences in efficiency between public and private schools. Private schools obtained maximum efficiency score while public ones reached only 0,901. Moreover, federal public schools reached a score of 0,910 and state schools 0,879. Schools were further analyzed with respect to the equity performance considering the different performance obtained by each student. This result showed that there is no difference between federal public and private schools. With respect to state schools, they showed relatively lower efficiency for the best students compared to average students
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