Este artigo tem como objetivo descrever a supervisão de enfermagem em relação ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), em hospital geral de município no interior paulista. O estudo teve cunho descritivo, sendo a população constituída por 20 enfermeiros, os quais responderam a um questionário. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva. Os sujeitos, em sua maioria, são mulheres na faixa etária de 20-30 anos e trabalham há menos de três anos no hospital. Quanto ao EPI, 90% afirmam que a instituição fornece treinamento adequado para seu uso, 95% referem que existe disponibilidade e para 60% há resistência da Enfermagem no seu uso, sendo a observação direta (95%), orientação individual (85%) e discussão em grupo (80%) as medidas para a supervisão e estímulo ao uso. O emprego de EPI na prática assistencial constitui um desafio a enfermeiros e supervisores.

No abstract

Background Social isolation has been one of the main strategies to prevent the spread of Coronavirus 2019 (COVID-19). However, the impact of social isolation on the lifestyle of patients with peripheral artery disease (PAD) and claudication symptoms remains unclear. Objectives To analyze the perceptions of patients with PAD of the impact of social isolation provoked by COVID-19 pandemic on health lifestyle. Design Cross-sectional. Setting The database of studies developed by our group involving patients with PAD from public hospitals in São Paulo. Methods In this cross-sectional survey study, 136 patients with PAD (61% men, 68±9 years old, 0.55±0.17 ankle-brachial index, 82.4% with a PAD diagnosis ≥5 years old) were included. Health lifestyle factors were assessed through a telephone interview using a questionnaire containing questions related to: (a) COVID-19 personal care; (b) mental health; (c) health risk habits; (d) eating behavior; (e) lifestyle; (f) physical activity; (g) overall health; and (h) peripheral artery disease health care. Results The majority of patients self-reported spending more time watching TV and sitting during the COVID-19 pandemic and only 28.7% were practicing physical exercise. Anxiety and unhappiness were the most prevalent feelings self-reported among patients and 43.4% reported a decline in walking capacity. Conclusion Most patients with PAD self-reported increased sedentary behavior, lower physical activity level, and worse physical and mental health during the COVID-19 pandemic. Thus, it is necessary to adopt strategies to improve the quality of life of these patients during this period.

OBJECTIVE: To describe physical activity habits and barriers for physical activity practice in patients with peripheral artery disease and claudication symptoms during Coronavirus 2019 (COVID-19) pandemic. METHODS:In this cross-sectional survey study, 127 patients with peripheral artery disease (59.8% men; 68±9 years old; and 81.9% had the peripheral artery disease diagnosis ≥5 years old) were included. The physical activity habits and barriers for physical activity practice were assessed through telephone interview using a questionnaire with questions related to: (a) COVID-19 personal care; (b) overall health;(c) physical activity habits; (d) for those who were inactive, the barriers for physical activity practice.RESULTS: Only 26.8% of patients reported practicing physical activity during the COVID-19 pandemic. Exercise characteristics more common among these patients include walking, performed at least 5 days a week, during 31-60 min at light intensity. In contrast, among physically inactive patients, pain, injury or disability (55%), the COVID-19 pandemic (50%), the need to rest due to leg pain (29%), and lack of energy (27%) were the most frequent barriers to physical activity practice. CONCLUSION:The physical activity level of patients with peripheral artery disease is impacted by the COVID-19 pandemic.

Resumo Contexto A pandemia do Coronavírus 2019 (COVID-19) tem afetado negativamente o comportamento da população. Nesse contexto, o impacto da pandemia da COVID-19 no tratamento medicamentoso dos pacientes com doença arterial periférica (DAP) e claudicação intermitente (CI) permanece obscuro. Objetivos Analisar o impacto da pandemia da COVID-19 no tratamento medicamentoso dos pacientes com DAP e CI. Métodos Neste estudo observacional transversal, 136 pacientes com DAP e CI, recrutados do nosso banco de dados, responderam por telefone um questionário envolvendo as seguintes questões: a) cuidados com a COVID-19; b) saúde global; c) tratamento das doenças. Posteriormente, os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com a dificuldade para a aquisição dos medicamentos (DAM: dificuldade e SDAM: sem dificuldade), para a comparação da saúde global entre os dois grupos. Resultados Dezessete porcento dos pacientes reportaram dificuldades para a aquisição dos medicamentos durante a pandemia. Uma maior prevalência desses pacientes reportou estar mais triste (56,5% versus 24,8%, p < 0,01) e com mais dificuldades para dormir (56,5% versus 24,8%, p < 0,01) em relação aos pacientes do grupo SDAM. Os grupos não apresentaram diferenças para o declínio na capacidade de caminhada, ansiedade, estresse e depressão (p > 0,05). Conclusões Uma maior prevalência de pacientes do grupo DAM reportou estar mais triste e com mais dificuldade para dormir em comparação ao grupo SDAM durante a pandemia da COVID-19.