A queixa de “perda” ou “dificuldades de memória” entre idosos é ponto de discussão na literatura médica, especialmente na definição dos critérios para diagnóstico precoce da demência. Este trabalho problematiza a noção de dificuldades de memória na velhice. A partir da reflexão do filósofo Canguilhem, assume-se que reduzir o envelhecimento a aspectos unicamente biológicos significa assumir uma tendência reducionista. Nesta visada teórica, incluímos os sujeitos – suas queixas – numa discussão que envolve a dicotomia normal x patológico quando está em causa “perda” de memória em idosos. A procura de idosos por atividades que possam auxiliá-los a enfrentar problemas relativos à memória e a oferta de oficinas com tal finalidade tem se constituído como uma tendência atual em serviços (públicos e privados) voltados para a promoção da saúde na terceira idade. Um relato de experiência com “oficinas de linguagem e memória” para idosos é apresentado nesta comunicação, bem como a discussão sobre essa experiência.
Este relato de experiência tem como proposta tecer reflexões sobre a moradia e a operacionalidade de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos do município de Rio Azul-PR, a partir de uma perspectiva triangular, ou seja, dos idosos residentes, dos profissionais e da comunidade. Nota-se que os dizeres apresentados demonstram que a instituição deve estar em constante movimento em (re)pensar as práticas no cotidiano para enfrentar os desafios e construir espaços para que se possa envelhecer com dignidade, reconhecendo o quanto se faz urgente esse debate pelos e nos municípios diante das diversas realidades regionais no Brasil.
A população idosa sofreu maiores impactos na pandemia do coronavírus, sendo o grupo com maior letalidade. Este artigo apresenta os resultados do projeto de extensão "Serviço de escuta aos idosos em isolamento social no contexto da pandemia", em parceria com a Secretaria de Assistência Social. Apresenta-se a implantação de um serviço de acolhimento por meio de ligações telefônicas para idosos em situação de vulnerabilidade, o perfil atendido é uma reflexão sobre a ação extensionista em tempos de luto. Destaca-se a ação extensionista que foi adaptada ao contexto do isolamento social.
O objetivo deste trabalho é apresentar os efeitos da escuta fora de cena, a partir da leitura de prontuário, de um caso clínico de afasia atendido no Centro de Atendimento Afásicos (Caaf/Lalíngua) da Universidade Estadual do Centro-Oeste. É possível escutar o drama subjetivo/social por efeito de sua difícil condição de falante, com queixas recorrentes sobre a exclusão social depois da afasia. Além disso, o caso possibilita a reflexão sobre a escuta do clínico de linguagem e o manejo da demanda, incluindo ações não clínicas que possam favorecer uma retomada (singular, e, portanto, caso a caso) de alguns laços sociais.
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