Objetivou-se avaliar o processo de secagem da madeira de jatobá (Hymenaea courbaril L.) ao ar livre. Para determinar a umidade inicial da madeira confeccionaram-se amostras das extremidades de tábuas. Para o acompanhamento da umidade da madeira utilizou-se quatro amostras controle, distribuídas de forma sistemática na pilha de madeira construída com dimensões de 150 cm x 25 cm x 85 cm (comprimento x altura x largura). O acompanhamento foi realizado entre outubro e novembro, este período foi definido com base no tempo médio entre a estocagem da madeira e sua comercialização nas serrarias da região. Na madeira verde, observou-se umidade inicial média de 50,02% e ao final do período de avaliação (46 dias) as peças estavam com 13,75% de umidade. Em relação as taxas de secagem, os maiores valores foram encontrados para a madeira com umidade acima de 30%, resultado esperado devido a fácil movimentação da água livre presente no lume. Foram observados os seguintes defeitos: encurvamento; torcimento; arqueamento em ordem de maior intensidade de defeitos por peça. Apresentaram ainda, rachaduras de topo e superfície, sendo 93,33% de topo, e as de superfície foram avaliadas apenas em quantidade de rachaduras por peça, nas quais 33,33% não foram observadas este defeito. Os resultados obtidos no estudo são ferramentas que contribuem para o planejamento da secagem ao ar livre na madeira de jatobá.
A conservação dos recursos naturais é essencial para o desenvolvimento sustentável nas propriedades agropecuárias, e pode ser obtida com um planejamento alicerçado em informações detalhadas das características da paisagem. O trabalho tem como objetivo realizar a caracterização hidrogeomorfométrica da microbacia do rio Santa Cruz, Amazônia Ocidental, Brasil. Os dados foram adquiridos por meio de equações e geotecnologias. A microbacia tem área de 500,72 km2, perímetro de 115,57 km, fator de forma de 0,23, coeficiente de compacidade de 1,44, índice de circularidade de 0,47, altitudes entre 189 e 484 m, 94% de relevos planos a suave ondulados, rede de drenagem de 491,77 km, padrão de drenagem dendrítico, hierarquia fluvial de 5ª ordem, densidade de drenagem de 0,98 km km-2, 0,82 nascentes km-2, coeficiente de manutenção de 1.018,18 m2 m-1, índice de sinuosidade de 36,36% e tempo de concentração de 13,89 h. Portanto, a microbacia tem formato alongado, baixa suscetibilidade a enchentes, baixa suscetibilidade a erosão hídrica, elevado potencial para mecanização agrícola, sistema de drenagem complexo, alta condição para a habitação de peixes, baixas densidades (hidrográfica, drenagem e nascentes), boa eficiência de manutenção, canal principal divagante e elevado tempo de concentração. As informações podem ser utilizadas para a formação de políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento sustentável da região.
O conhecimento das características da paisagem em uma microbacia e os fatores que atuam sobre ela, fornecem informações essenciais para o manejo sustentável dos recursos naturais. Assim, objetivou-se com o trabalho, analisar as características hidrogeomorfométricas e a dinâmica da cobertura do solo na microbacia do rio Santa Inês, utilizando técnicas de sensoriamento remoto e equações. A microbacia tem área de 41,88 km2, perímetro de 30,35 km, forma intermediária, altitudes de 231 a 479 m, predominância de relevo ondulado, 69,60% da área da microbacia considerada de baixa influência na propagação de incêndios e apta a extremamente apta a mecanização agrícola, rede de drenagem com padrão dendrítico, elevadas condições para habitação de peixes, alta densidade de nascentes, alta densidade de drenagem, canal principal divagante, coeficiente de manutenção de 266,9 m2 m-1 e tempo de concentração de 2,71 h. A área de floresta nativa passou por constantes reduções na microbacia e na zona ripária, durante o período de 1990 a 2020, para a implantação de sistemas agropecuários, restando apenas 22,42% e 28,67% da área total, respectivamente. A microbacia do rio Santa Inês é propícia para o cultivo agrícola na região norte e o desenvolvimento de sistemas pecuários na região sul, contudo, recomenda-se a conservação das áreas de matas ciliares e adoção de práticas integradas de manejo conservacionistas do solo e da água, a fim de conciliar o desenvolvimento econômico e a conservação dos recursos naturais da região.
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