A realização de atividades agropecuárias é essencial para o crescimento econômico da sociedade, contudo, deve integrar o uso racional dos recursos naturais para se tornar sustentável. Deste modo, é necessário conhecer as condições ambientais na paisagem para planejar adequadamente seu manejo. Diante do exposto, teve-se por objetivo realizar um levantamento detalhado das características da paisagem na sub-bacia do rio Escondido, Amazônia sul-ocidental. Para tanto, foram analisadas as características geométricas, topográficas e hidrográficas, com os softwares QGIS, Google Earth e TrackMaker Free, imagens altimétricas do satélite ALOS e dados da literatura. A sub-bacia do rio Escondido tem área de 1.595,66 km2, perímetro de 233,98 km, forma alongada, baixa suscetibilidade de enchentes, altitudes de 182 a 597 m, predominância de relevos planos a ondulados (93,69%), rede de drenagem de 4.183,09 km, padrão dendrítico de 8ª ordem, média densidade de nascentes, alta densidade de drenagem, canal principal sinuoso, baixo coeficiente de manutenção e alto tempo de concentração. Essas características denotam elevado potencial para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, todavia, é recomendada uma análise da dinâmica da cobertura do solo, considerando as características topográficas e hidrográficas da sub-bacia do rio Escondido, para delimitar as áreas prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa. Também se recomenda o uso das microbacias como subunidades de gestão da sub-bacia do rio Escondido, por apresentarem características de paisagem diferenciadas que influenciam as práticas de manejo e, consequentemente, a eficiência da gestão dos recursos naturais.
A conservação dos recursos naturais é essencial para o desenvolvimento sustentável nas propriedades agropecuárias, e pode ser obtida com um planejamento alicerçado em informações detalhadas das características da paisagem. O trabalho tem como objetivo realizar a caracterização hidrogeomorfométrica da microbacia do rio Santa Cruz, Amazônia Ocidental, Brasil. Os dados foram adquiridos por meio de equações e geotecnologias. A microbacia tem área de 500,72 km2, perímetro de 115,57 km, fator de forma de 0,23, coeficiente de compacidade de 1,44, índice de circularidade de 0,47, altitudes entre 189 e 484 m, 94% de relevos planos a suave ondulados, rede de drenagem de 491,77 km, padrão de drenagem dendrítico, hierarquia fluvial de 5ª ordem, densidade de drenagem de 0,98 km km-2, 0,82 nascentes km-2, coeficiente de manutenção de 1.018,18 m2 m-1, índice de sinuosidade de 36,36% e tempo de concentração de 13,89 h. Portanto, a microbacia tem formato alongado, baixa suscetibilidade a enchentes, baixa suscetibilidade a erosão hídrica, elevado potencial para mecanização agrícola, sistema de drenagem complexo, alta condição para a habitação de peixes, baixas densidades (hidrográfica, drenagem e nascentes), boa eficiência de manutenção, canal principal divagante e elevado tempo de concentração. As informações podem ser utilizadas para a formação de políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento sustentável da região.
O conhecimento das características da paisagem em uma microbacia e os fatores que atuam sobre ela, fornecem informações essenciais para o manejo sustentável dos recursos naturais. Assim, objetivou-se com o trabalho, analisar as características hidrogeomorfométricas e a dinâmica da cobertura do solo na microbacia do rio Santa Inês, utilizando técnicas de sensoriamento remoto e equações. A microbacia tem área de 41,88 km2, perímetro de 30,35 km, forma intermediária, altitudes de 231 a 479 m, predominância de relevo ondulado, 69,60% da área da microbacia considerada de baixa influência na propagação de incêndios e apta a extremamente apta a mecanização agrícola, rede de drenagem com padrão dendrítico, elevadas condições para habitação de peixes, alta densidade de nascentes, alta densidade de drenagem, canal principal divagante, coeficiente de manutenção de 266,9 m2 m-1 e tempo de concentração de 2,71 h. A área de floresta nativa passou por constantes reduções na microbacia e na zona ripária, durante o período de 1990 a 2020, para a implantação de sistemas agropecuários, restando apenas 22,42% e 28,67% da área total, respectivamente. A microbacia do rio Santa Inês é propícia para o cultivo agrícola na região norte e o desenvolvimento de sistemas pecuários na região sul, contudo, recomenda-se a conservação das áreas de matas ciliares e adoção de práticas integradas de manejo conservacionistas do solo e da água, a fim de conciliar o desenvolvimento econômico e a conservação dos recursos naturais da região.
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