A realização de atividades agropecuárias é essencial para o crescimento econômico da sociedade, contudo, deve integrar o uso racional dos recursos naturais para se tornar sustentável. Deste modo, é necessário conhecer as condições ambientais na paisagem para planejar adequadamente seu manejo. Diante do exposto, teve-se por objetivo realizar um levantamento detalhado das características da paisagem na sub-bacia do rio Escondido, Amazônia sul-ocidental. Para tanto, foram analisadas as características geométricas, topográficas e hidrográficas, com os softwares QGIS, Google Earth e TrackMaker Free, imagens altimétricas do satélite ALOS e dados da literatura. A sub-bacia do rio Escondido tem área de 1.595,66 km2, perímetro de 233,98 km, forma alongada, baixa suscetibilidade de enchentes, altitudes de 182 a 597 m, predominância de relevos planos a ondulados (93,69%), rede de drenagem de 4.183,09 km, padrão dendrítico de 8ª ordem, média densidade de nascentes, alta densidade de drenagem, canal principal sinuoso, baixo coeficiente de manutenção e alto tempo de concentração. Essas características denotam elevado potencial para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, todavia, é recomendada uma análise da dinâmica da cobertura do solo, considerando as características topográficas e hidrográficas da sub-bacia do rio Escondido, para delimitar as áreas prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa. Também se recomenda o uso das microbacias como subunidades de gestão da sub-bacia do rio Escondido, por apresentarem características de paisagem diferenciadas que influenciam as práticas de manejo e, consequentemente, a eficiência da gestão dos recursos naturais.
A floresta amazônica é considerada a maior floresta tropical do mundo, com abundância de recursos hídricos. Apesar da grande riqueza desta região, constata-se o avanço desenfreado do desmatamento e, consequentemente, o potencial de degradação ambiental destes recursos. Em face ao exposto, o trabalho objetivou demonstrar o potencial das geotecnologias para o monitoramento da cobertura florestal na Amazônia Ocidental, usando como exemplo a microbacia do rio Enganado. A análise da microbracia foi realizada com o Índice Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), com imagens dos Landsat 5 e Landsat 8, referentes aos anos de 1987, 1997, 2007 e 2017. A microbacia tem área total de 152,64 km2, e área de mata ciliar de 28,18 km2. Em 30 anos o processo de colonização ocasionou desflorestamentos constantes na microbacia e na área de mata ciliar do rio Enganado, chegando a 73,23% e 70,90% no ano de 2017, respectivamente. Esse cenário denota a suscetibilidade a escassez hídrica na microbacia, pela perda de quantidade e qualidade da água, sendo recomendado medidas mitigadoras visando a recuperação das áreas de matas ciliares e a implantação se sistemas florestais e/ou agroflorestais na região.
O Código Florestal é um instrumento de política florestal que orienta a proteção e uso da vegetação nativa no Brasil. No âmbito deste dispositivo legal é previsto a manutenção de áreas de proteção permanente (APP) e reserva legal nas propriedades rurais. Assim, em 2012 houve uma reformulação do código florestal, onde foi criado o Cadastro Ambiental Rural (CAR), de caráter obrigatório, e permitindo a integração de informações ambientais das propriedades e posses rurais, facilitando o monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Diante disto, as propriedades com passivo ambiental terão que se adequar a política de proteção da vegetação prevista na Lei. Diversas Organizações não governamentais (ONG´s) e institutos sem fins lucrativos estão auxiliando nestes projetos de adequação, principalmente em áreas de pequenas propriedades rurais. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma pesquisa sobre as principais espécies florestais que são utilizadas nos programas de recuperação de matas ciliar na Zona da Mata Rondoniense. As matas ciliares são consideradas como APP na legislação e representam importantes elementos da paisagem na manutenção das nascentes e cursos d’água. A coleta de dados foi realizada junto aos arquivos da ONG ECOPORÉ e da SEDAM por meio de arquivo bibliográfico da instituição, buscando o registro das espécies utilizadas nos projetos. Foi relatado o uso de 52 espécies florestais nativas utilizadas em dois projetos (Igarapé Manicoré e D’Alincourt) que atenderam mais de 175 propriedades. Sendo identificado que, 64,54% espécies pertencem ao grupo ecológico não pioneiras, seguidas de 32,7% pioneiras. A maior parte das espécies são indicadas para terrenos secos (67,3%), e a síndrome de dispersão de sementes demostrou predominância foi zoocórica (44,20%), seguida de anemocoria (42,30%). As espécies escolhidas nos projetos de recuperação de áreas nos igarapés D’ Alincourt e Manicoré apresentam alta diversidade e adaptabilidade de terrenos, demonstrando que a inserção de grupos ecológicos variados facilita o estabelecimento de florestas.
A escolha das espécies para a recuperação de áreas degradadas em matas ciliares é de suma importância. Para tanto, deve se levar em consideração aspectos como a plasticidade da espécie em relação aos diferentes ambientes e a disponibilidade de mudas por grandes períodos. Dessa maneira, a clonagem vem de encontro a esses aspectos, podendo ser a solução na produção de mudas de qualidade durante o ano todo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o enraizamento e sobrevivência de estacas de Ochroma pyramidale (Cav.) Urb. em plantas matrizes em diferentes idades. Para realizar o experimento foram preparadas 64 estacas todas com o corte em bisel e a metade de suas folhas cortadas e após este procedimento foram plantadas em leito de substrato comercial em bandeja de polietileno drenada, medindo 70 cm x 70 cm e lacrada na parte superior com filme plástico. A avaliação ocorreu após 46 dias, onde foi avaliada a porcentagem de enraizamento, de sobrevivência e mortalidade. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado e os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas por teste de Tukey, utilizando o software R 3.4.0. Houve enraizamento médio de 25% nas estacas, sendo que nas estacas das PM1, PM2 e PM3, com idade de 270 a 150 dias, demostraram capacidade de enraizar; enquanto a PM4 não houve nenhuma estaca enraizada. O enraizamento contabilizado por matrizes foi o seguinte: PM1 (50%), PM2 (18,75%) PM3 (31,25%) e PM4 (0%). As estacas com maior idade cronologia e maior diâmetro no nosso estudo apresentaram maior porcentagem de enraizamento, isto pode estar relacionada a sua lignificação. A espécie O. pyramidale demostra potencial para preparo de jardim clonal por estacas com 25% de estacas enraizadas e 60,9% de sobrevivência sem a utilização de fitoreguladores.
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