A análise da cobertura do solo permite identificar e delimitar as áreas com maior vulnerabilidade ambiental. Em face ao exposto, objetivou-se com este trabalho, analisar a dinâmica da cobertura do solo na microbacia e zona ripária do Rio Azul, para auxiliar no planejamento e gestão dos recursos naturais. A análise foi realizada com o software QGIS 2.10.1 e imagens dos satélites Landsat 5 (1984) e Landsat 8 (2022). A microbacia tem área de 407,55 km2. No ano de 1984, a microbacia apresentava 77,81% da área coberta com floresta nativa, 17,34% com agropecuária, 4,84% com campo nativo e 0,01% com água. No ano de 2022, as áreas de agropecuária, floresta nativa, água e campo nativo abrangeram 77,39, 20,55, 1,08 e 0,98% da área total, respectivamente. A zona ripária tem área de 46,87 km2, sendo observado que no ano de 1984, 87,24% desta área era coberta com floresta nativa, 11,65% com agropecuária, 1,07% com campo nativo e 0,04% com água, e no ano de 2022, constatou-se que as áreas de floresta nativa, agropecuária, água e campo nativo abrangeram 68,74, 22,92, 8,15 e 0,19% da área total, respectivamente. Conclui-se que a área de agropecuária cresceu na microbacia e na zona ripária, sendo esta última a região mais vulnerável do ponto de vista ambiental. Portanto, recomenda-se a recomposição da vegetação nativa na zona ripária que está ocupada com agropecuária (10,74 km2).