Professor do Departamento de Geografia da FFLCH-USP jcsuzuki@usp.brResumo: A modernização da agricultura não pode ser entendida somente a partir de sua fase última, relacionada com a introdução do "pacote tecnológico", assim, pretendemos analisá-la como um movimento de re-elaboração da base técnica, bem como das relações de submissão do trabalho, ao longo da história do homem, então, muito mais antiga do que pretende a historiografia em geral. Para nós, no entanto, com a absolutização da propriedade privada e a produção da cidade capitalista, em meados do século XIX, no Brasil, introduzem-se novas tramas no processo de modernização, agora, relacionada com o moderno e a modernidade.Palavras-chave: modernização, agricultura, campo, cidade, território.Resumen: La modernización de la agricultura no puede ser entendida solamente a partir de su fase última, relacionada com la introducción del ?paquete tecnológico?,así, pretendemos analizarla como um movimiento de reelaboración de la base técnica, bien como de las relaciones de sumisión del trabajo, a lo largo de La historia del hombre, por lo tanto, mucho más antigua de lo que pretende la historiografia em general. Para nosotros, sin embargo, con la absolutización de la propiedad privada y la producción de la ciudad capitalista, a mediados del siglo XIX, en Brasil, se introducen nuevas tramas em el proceso de modernización, ahora, relacionada com lo moderno y la modernidad.
L'ÊTRE AVANT LA LETTRE la vie en close c'est une autre chose c'est lui c'est moi c'est ça c'est la vie des choses qui n'ont pas un autre choix (LEMINSKI, 2002b:5) Paulo Leminski 2 , já no fi nal da década de 1980, era um nome conhecido. Mesmo nos rincões do Brasil, seu nome era ouvido, sobretudo por aqueles jovens instigados pela Filosofi a, pela Música e pela Literatura. Em Rondonópolis, no interior do estado de Mato Grosso, antes mesmo de nossa entrada, como aluno, no curso de Graduação em Geografi a, no ano de 1989, tínhamos tido notícias de um jovem poeta: Paulo Leminski. Uma década e meia após esse nosso primeiro contato, novo encontro se estabelece no fi nal do curso de graduação em Letras na Universidade Federal do Paraná. Agora, como uma voz poética que traduz uma leitura da cidade; não só aquela em que nasceu e viveu-Curitiba 3-, mas, também, em outras em Resumo As mediações estabelecidas entre os poetas e a cidade foram pouco discutidas pela Geografi a. Assim, pretendese, com esse trabalho, analisar a cidade que se constrói na obra poética de Paulo Leminski, tendo como referência sua trajetória intelectual, sobretudo as infl uências presentes na construção de sua poética, mas, também, as mediações construídas em relação às cidades em que viveu, particularmente a de Curitiba.
Higher education has undergone a significant expansion regarding the number of institutions, courses, professors, and students throughout the last decade, thereby emphasizing the system’s management, with the establishment of parameters and criteria for evaluating the teaching and learning processes. The existing debate on the active methodologies of higher education is necessary in the enhancement of important practices for the resignification of learning as a tool for deepening the understanding of the world, particularly through the experiences the students find themselves in. Thus, the main objective of this article is to propose a dialogue between active methodologies, higher education, and the formulations of a decolonial or post-colonial nature, based on the Latin American (particularly the Brazilian) situation.
Resumo: O espaço na narrativa ficcional tem sido pouco discutido como foco central das análises literárias e geográficas. Assim, com base nas proposições de Osman Lins e no conto "Preciosidade", de Clarice Lispector, pretendemos identificar a necessidade de ampliação de uma leitura mais teórico-metodológica das possibilidades de estabelecimento da relação entre Geografia e Literatura. Para tanto, realizaremos, inicialmente, uma apreciação breve e sucinta do trabalho Lima Barreto e o espaço romanesco de Osman Lins, procurando identificar contribuições e limites, bem como a possibilidade de diálogo com a Geografia, e, em seguida, faremos uma análise e interpretação do conto "Preciosidade", identificando a relação existente entre o espaço, o desenvolvimento do enredo e a construção dos sentidos.Palavras-chave: Espaço; Narrativa; Clarice Lispector, Geografia e Literatura. IntroduçãoA análise do espaço, na narrativa ficcional, tem sido muito pouco realizada, na Geografia, bem como na crítica literária, como uma preocupação central dos pesquisadores brasileiros, mas foi expressa em texto de maior fôlego e com ampla divulgação. Trata-se de Lima Barreto e o espaço romanesco, de Osman Lins, publicado no ano de 1976, do qual interessam-nos os capítulos IV ("Espaço romanesco"), capítulo V ("Espaço romanesco e ambientação") e capítulo VI ("Espaço romanesco e suas funções"), nos quais é dado um tratamento mais teórico-metodológico ao espaço.Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro (2002), em seu brilhante trabalho O mapa e a trama -Ensaios sobre o conteúdo geográfico em criações romanescas, já apontara o duplo significado do espaço, meio e objeto, em narrativas ficcionaisparticularmente em obras romanescas -, compondo elemento substancial na construção do sentido do texto: "A construção do 'lugar' ou do conjunto de lugares que um romance contém levaria à consideração de que o 'espaço' é, ao mesmo tempo, 'meio' do sentido e também seu 'objeto' (...)" (MONTEIRO, 2002:14).Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro procurou, em suas análises, estabelecer uma mediação entre o real e o texto literário, ou seja, entre Geografia e Literatura, o que se evidencia no trecho que segue: "Entendo que a importância conferida à trama liga-se ao fato de que ela é aquilo que, em seu dinamismo, representa a 'condição humana'. A sua comunicação, o seu 'tomar vida', requer, forçosamente, a projeção dessa trama num dado espaço-tempo, um 'palco' -praticável, concreto -em que qualquer trama 'humana' está envolta nas malhas de diferentes espaços relacionais: social, político, econômico, cultural enfim. Para melhor estabelecer os termos da relação Geografia-Literatura, partindo desse valioso subsídio, acho que toda a urdidura complexa da ação romanesca -a 'trama' -proposta pelo escritor, malgrado este dinamismo, pode vir a ser projetada nas malhas de uma estrutura espacial, figurativamente estática -o 'mapa' -percebida pelo geógrafo" (MONTEIRO, 2002:24-25).Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, no texto citado, enfatizou, ainda, que seu trabalho não se refer...
Resumo Equipamentos de lazer e cultura, as salas de cinema, que recentemente voltaram a ser social e midiaticamente discutidas por conta das manifestações populares contrárias ao fechamento do cinema Belas Artes, desempenharam fundamental papel na produção e reprodução do espaço urbano paulistano. Em anos recentes, o mercado exibidor cinematográfico paulistano foi modelado por pelo menos dois equipamentos distintos entre si: os cinemas multiplex, comumente localizado em shopping-centers, pertencentes a grandes redes empresariais, e os cinemas voltados para uma programação alternativa ou de arte, via de regra instalados em vias públicas ou em galerias, que fomentam uma apropriação do espaço que podemos alcunhar de territorialidade. Considerando tal constructo social, o objetivo primordial foi analisar o significado das salas de cinema, as ações e apropriações desenvolvidas por seus frequentadores, na e para a (re)produção do espaço urbano paulistano a partir da década de 1990, elaborando, para tanto, uma compreensão teórico-conceitual embasada nas concepções de redes geográficas e territorialidades, a partir de revisão bibliográfica, levantamentos primários e secundários e mapeamentos. A proposta epistemológica foi criar um amalgama complexo, que não mitigasse nem a relevância dos fatores culturais, causa e consequência dos cinemas, tampouco desconsiderasse a estruturação e as motivações econômicas dos agentes que coordenam a organização destes equipamentos. Crê-se, nesse sentido, que o trabalho subsidiou uma crítica densificada de fenômenos e processos culturais e econômicos responsáveis, em alguma medida, pela produção do espaço urbano contemporâneo e seus significados sociais.
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