Introdução: Consequência de uma estrutura de poder discriminatória, o racismo institucional perpassa todos os níveis da atenção à saúde e é predisponente da vulnerabilidade das mulheres negras no que tange sobretudo à saúde reprodutiva. Desse modo, o viés racial é um importante fator de risco para a violência obstétrica nessa população. Objetivo: o presente artigo analisa a produção científica sobre a temática visando avaliar a influência atribuída ao viés racial na determinação da violência obstétrica dentro do contexto do período gravídico-puerperal. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, com buscas realizadas nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE via PubMed), Google Scholar e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que permite a busca simultânea em plataformas, como sciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (Base de dados em Enfermagem). Para isso, utilizaram-se os seguintes descritores na língua inglesa: “black”, “women”, “obstetrics”, “violence”, “racism”, “reproductive health” e “women's health”, sendo que a correlação destes foi feita a partir do operador booleano AND. Resultados: Foram encontrados 210 artigos, dos quais foram excluídos 137 a partir da leitura dos títulos, resumos e adequação aos critérios de inclusão, portanto foram lidos 73 artigos na íntegra, que, dentre esses, 17 responderam adequadamente à pergunta norteadora e foram selecionados para o estudo. Conclusão: A partir da revisão sobre a temática da violência obstétrica observou-se uma escassez ímpar de estudos, o que denuncia a necessidade de trazer à luz dos debates em saúde o tema em questão, sobretudo com enfoque no viés étnico/racial, visando uma assistência em saúde no ciclo gravídico-puerperal mais humanizada e satisfatória.
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Introdução: a Qualidade de Vida (QV) pode ser afetada por inúmeros fatores e dentre esses se destaca o estresse ocupacional observado principalmente em contextos de relações interpessoais que envolvem ações de cuidado. Objetivo: analisar o nível de sobrecarga laboral associado a impactos na qualidade de vida em cuidadores formais atuantes em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) em Araguari-MG. Métodos: estudo transversal realizado com 30 cuidadores das referidas ILPIs, conforme critérios de inclusão e de exclusão estabelecidos. Para a coleta de dados utilizaram-se três instrumentos, os questionários sociodemográfico e Short Form (SF-36), além da Escala Zarit Burden modificada para cuidadores formais. Assim, analisou-se, respectivamente, o perfil dos participantes, a qualidade de vida e a sobrecarga de trabalho. Resultados: constatou-se predomínio de cuidadores do sexo feminino, sem realização de acompanhamento psicológico e com tempo de experiência inferior a cinco anos. Os domínios com maior comprometimento e, portanto, com as menores médias foram referentes à saúde mental, à dor e à vitalidade; os domínios com melhor avaliação e com as maiores médias foram capacidade funcional e limitação por aspectos físicos. Demais análises revelaram que o tempo de serviço está relacionado à diminuição da qualidade de vida e à presença de sobrecarga. Conclusão: evidenciou-se a necessidade de desenvolvimento de estratégias de saúde voltadas para os cuidadores, de forma a evitar o declínio da qualidade de vida e das condições laborais.
Introdução: As Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), representadas principalmente pela Doença de Crohn e pela Colite Ulcerativa, caracterizam-se por um estado inflamatório crônico do trato gastrointestinal, com etiologia multifatorial. O tratamento baseia-se no emprego de fármacos, como corticosteroides, aminossalicilatos e imunossupressores, que podem ser prejudiciais a longo prazo. Diante desse contexto, destacam-se alternativas, a exemplo dos probióticos, os quais consistem em microorganismos vivos cuja utilização em quantidades adequadas resulta em benefícios imunológicos e em redução dos sintomas. Objetivo: Analisar os efeitos terapêuticos do emprego de probióticos no tratamento das DIIs. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura qualitativa realizada por meio de buscas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, Google Scholar e PubMed, com seleção de 7 publicações. Resultados: Dentre os probióticos utilizados, o gênero Lactobacillus foi o mais avaliado e com os melhores resultados, seguido de Bifidobacterium e Streptococcus. De forma geral, esses microorganismos agem por meio dos seguintes mecanismos: redução das citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, TNF-α, IL-8, IL-6), da citocina anti-inflamatória IL-10 e do Fator de Transformação de Crescimento (TGF-β), diminuição do estresse oxidativo, inibição do crescimento de patógeno e modificação da permeabilidade intestinal. Como consequência, constatou-se melhora do quadro clínico, com atenuação da desnutrição protéico-calórica, dos sintomas gastrointestinais e dos danos histológicos. Vale ressaltar que grande parte dos desfechos positivos relacionaram-se à Colite Ulcerativa, sendo as evidências acerca dos efeitos na Doença de Crohn ainda incertas. Conclusão: Os potenciais benefícios decorrentes da inserção dos probióticos no manejo das DIIs evidenciam a importância de ampliar as pesquisas relacionadas a essa terapia adjuvante. A fim de validar recomendações gerais para o referido tratamento, deve-se caracterizar com maior precisão aspectos como indicações de uso, vias de administração, relação dose-efeito, tempo de tratamento, utilização de outras cepas probióticas e necessidade de avaliação histológica prévia.
Introdução: As doenças alérgicas respiratórias, sobretudo asma e rinite, são atopias mediadas por anticorpos IgE, influenciadas por fatores genéticos e ambientais. Nesse sentido, a imunoterapia representa a única possibilidade de modificação da evolução natural dessas patologias e caracteriza-se pela administração de extratos de alérgenos específicos, principalmente via subcutânea ou sublingual, em doses graduais e regulares, por um a cinco anos. Assim, tem-se redução da produção de IgE alérgeno-específica, decréscimo da reatividade de mastócitos, basófilos e eosinófilos, além de desvio do perfil Th2 para Th1, resultando em aumento da atividade anti-inflamatória, dessensibilização e melhora do prognóstico a longo prazo. Objetivo: Analisar o panorama atual da imunoterapia no tratamento das doenças alérgicas respiratórias. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura qualitativa realizada por meio de buscas nas bases de dados Google Scholar, Cochrane Library, BVS e PubMed, com seleção de 7 publicações. Resultados: Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 35% da população mundial convive com doenças alérgicas respiratórias, cujo tratamento baseado na imunoterapia permitiu aumentar a imunidade dos indivíduos atópicos, diferindo de terapias limitadas ao controle da progressão da doença. A imunoterapia específica reduz a liberação de mediadores inflamatórios e promove diminuição de cinco vezes na quantidade de mastócitos no local da inflamação. Em relação às vias de administração, a subcutânea é preferencial devido à maior adesão dos pacientes e ao menor custo. Deve-se salientar que existem indicações para o uso deste tratamento, que precisa ser fundamentado na comprovação da sensibilização e na ao tratamento clínico convencional. Conclusão: Portanto, a imunoterapia demonstrou ser eficaz como estratégia terapêutica nas doenças respiratórias, já que mantém benefícios em médio e longo prazo, o que resulta na melhora da qualidade de vida dos portadores de doenças respiratórias imunomediadas por hipersensibilidade tipo I e na redução do uso de drogas de alívio ou de controle sintomático dessas patologias. Logo, é de grande valia o desenvolvimento de estudos complementares sobre a imunoterapia para que essa seja cada vez mais aprimorada e expandida para outras enfermidades que acometem o trato respiratório e comprometem o bem estar biopsicossocial dos seus portadores.
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