A velhice tem várias facetas e preconceitos associados ao que representa. Nosso objetivo é refletir acerca das peculiaridades relacionadas ao fenômeno ser velho e seus impactos no sujeito, destacando o lidar com o desencontro entre o inconsciente atemporal e o corpo envelhecido, chamado de envelhescência. Partimos do pressuposto que os discursos que normatizam o corpo tomam conta da vida simbólico-subjetiva do sujeito, não deixando espaço para a construção de uma narrativa individual.
O objetivo deste trabalho é ilustrar manifestações do medo infantil, considerando a classe social como um possível balizador. Tomando como eixo condutor uma pesquisa realizada em três escolas na zona sul do Rio de Janeiro, buscamos mostrar o efeito da violência nas produções subjetivas infantis, mais especificamente o medo, em crianças de diferentes classes sociais. Para isto, foi utilizado o desenho como ferramenta de análise. Evidenciaram-se diferentes produções de crianças pertencentes a diferentes classes sociais. Por fim, buscamos, igualmente, ressaltar o papel da mídia como um potente agenciador de subjetividade no tocante ao estímulo a uma cultura do medo.
ResumoAs práticas de extermínio no Brasil têm se dirigido a pobres, mas especialmente a negros pobres. A partir da análise da definição jurídica internacional de genocídio, empreendemos uma investigação acerca do que se produz como sentido sobre e para esta população, no cotidiano. Tomamos como estratégia metodológica a bricolagem, na busca de capturar o que escapa em atos do que o discurso racista busca negar. Nos diversos fragmentos apresentados, tomados de cenas comuns, compartilhadas na cultura e na história, podemos entender a lógica de desqualificação imposta aos negros, bem como uma lógica institucionalizada que aponta para esta população como sendo uma fonte potencial do mal, a ser controlada e eliminada. Além de tais práticas resultarem, de fato, em mortandade consentida de alguns, impõem um cotidiano que produz outros efeitos: diversas formas de morte em vida, seja pelo silenciamento, seja pela imposição de um lugar de desvalorização naturalizada.
O artigo aborda a questão da resistência problematizada por Michel Foucault e analisa as condições de possibilidade, tanto do chamado louco-criminoso, internado em instituição psiquiátrica-penal, quanto do profissionalpsiem poder resistir ao instituído, àquilo que está posto e determinado. Para tal, ancoramo-nos no pensamento filosófico foucaultiano e na capacidade criativa do sujeito em inventar o cotidiano por meio de novasmaneiras de fazerque subvertem a ordem dominante, destacadas por Michel de Certeau. Nosso objetivo é apresentar a visão desses dois autores no que tange à questão da resistência e às estratégias em driblar a cronicidade do instituído e, assim, pensar sobre a atuação do operador de saúde no cotidiano de sua prática no interior das instituições totais.
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