Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) faz parte do grupo de transtornos do neurodesenvolvimento que se manifesta ainda na infância e apresenta como características déficits no desenvolvimento, persistentes tanto na comunicação quanto na interação social e, além disso, apresentam padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, que trazem prejuízos sociais, pessoais e profissionais para o indivíduo (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014; OLIVEIRA; SERTIÉ, 2017).
Objetivo: Identificar as mudanças ocorridas no desempenho ocupacional de cuidadores de crianças com transtorno do espectro autista (TEA), e apresentar contribuições da Terapia Ocupacional para melhoria da qualidade de vida, diante das possíveis alterações. Métodos: Levantamento bibliográfico, de abordagem quanti-qualitativa, descritiva e exploratória da literatura brasileira afim de oportunizar informações sobre o desempenho ocupacional de cuidadores de crianças com TEA. Resultados: Identificou-se que ocorrem mudanças no desempenho ocupacional dos cuidadores, principalmente mudanças: físicas relacionadas a fadiga, dor, desconforto, sono, repouso e atividades físicas, psicólogicas, quanto a auto aceitação, capacidade de concentração, pensamentos e crenças pessoais e alterações na qualidade de vida. Para embasar a discussão desenvolveu-se três categorias de análise: Perfil dos cuidadores; Impacto do cuidar e o desempenho ocupacional do cuidador; Intervenção do terapeuta ocupacional. Considerações finais: os estudos identificaram que os cuidadores de crianças com TEA sofrem impactos no seu desempenho ocupacional, repercurtindo em seus aspectos físicos, psicológicos e sociais, podendo estes serem reduzidos através de intervenções e terapias direcionadas, dentre elas a terapia ocupacional.
Hodiernamente, a realidade da prática dos profissionais da Terapia Ocupacional, depara-se com o crescimento exponencial no número de diagnósticos e hipóteses diagnósticas de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA é caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, que interfere na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento (BRASIL, 2022).
Em tempos de COVID-19, o distanciamento social é essencial para evitar a propagação do vírus e manter a população protegida, porém, isto acarreta grandes mudanças nas rotinas dos indivíduos de maneira geral. Entre estes, estão as crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que podem estar sujeitas a maiores impactos devido apresentarem resistência a mudanças devido os padrões de comportamentos restritos. Diante disso, busca-se analisar os impactos do distanciamento social na rotina diária de crianças e adolescentes com TEA. Trata-se de uma pesquisa transversal de abordagem quantitativa, realizada através do Formulário Google, criado pelos autores e composto por 37 perguntas, respondido pelos responsáveis de crianças e adolescentes com TEA. A maioria das crianças estavam na primeira infância com grau leve na classificação do Transtorno; observou-se aumento nos problemas de comportamento, surgimento de problemas alimentares; a maioria das crianças sentem falta da escola e estão realizando atividades alternativas; houve, também, aumento na dificuldade em aceitar atividades fora do ambiente escolar; os responsáveis tiveram maior participação no lazer. Constatou-se a repercussão negativa ocasionada pelo distanciamento social concomitante a descontinuidade do tratamento especializado das crianças e adolescentes com TEA; que desencadearam ou intensificaram os comportamentos disruptivos.
Objetivo: Demonstrar o desenvolvimento de um aplicativo sobre detecção precoce do autismo à luz das Diretrizes para Atenção à Reabilitação do Transtorno do Espectro Autista (TEA), descritas pelo Ministério da Saúde, para dar subsídios ao ensino de acadêmicos e profissionais de saúde e suas práticas educativas. Métodos: O aplicativo foi desenvolvido por meio de um trabalho interdisciplinar entre um terapeuta ocupacional, que forneceu o referencial teórico para o desenvolvimento do aplicativo, e um profissional da área de processamento de dados que programou o software.O sistema foi desenvolvido utilizando a ferramenta App Inventor. Resultados: O aplicativo foi construido com sucesso. Um aplicativo que permite receber, armazenar e analisar dados referentes aos indicadores precoces do autismo. Todos os sinais de alerta para o TEA foram organizados por faixa etária de zero a seis meses, seis a 12 meses, 12 a 18 meses, 18 a 24 meses e 24 a 36 meses. Para cada faixa etária foram descritos um conjunto de comportamentos. Conclusão: O aplicativo atua como instrumento de apoio no ensino em detecção precoce do autismo. Sua utilização possibilita a agilidade nos processos de tomada de decisão, no âmbito do ensino e dos serviços de saúde.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.