O Sistema Único de Saúde é um processo social em construção permanente, sendo fundamental a contínua discussão sobre seu modelo de atenção, os paradigmas explicativos do processo saúde-doença que o embasam e o papel de diferentes profissionais que nele atuam. Esse trabalho objetiva a discussão sobre a atuação do cirurgião-dentista no SUS. Uma forma de sistematizar suas possibilidades de atuação é a sua inserção no sistema. Em nível central ou distrital, deve atuar em equipes interdisciplinares no planejamento de políticas públicas saudáveis e no desenvolvimento de ações de vigilância da saúde da coletividade. Considerando os campos de ação propostos pela Carta de Otawa, as atribuições do cirurgião-dentista, em nível local, podem ser direcionadas para o fortalecimento de ações comunitárias, o desenvolvimento de habilidades pessoais e a reorientação dos serviços de saúde. É necessária a readequação dos cursos de odontologia para formar profissionais capacitados a exercerem uma prática que atenda ao SUS e a contínua capacitação dos profissionais já graduados atuando no sistema.
RESUMO O presente artigo tem como foco o desenvolvimento da intervenção construída no âmbito da pesquisa do Movimento pela Saúde dos Povos ‘Engajamento da Sociedade Civil para Saúde para Todos’, em uma escola estadual em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Por meio da experiência apresentada, objetiva-se discutir sobre as possibilidades e as dificuldades da inserção de um movimento social no espaço escolar, juntamente com outros atores do campo da saúde, para estimular a participação social. Trata-se de uma intervenção direcionada à população jovem, no ambiente escolar, unindo vários segmentos: escola, Unidade de Saúde da Família, conselho de saúde, movimento social e universidades. Tendo a proposta da sistematização de experiências como método, a experiência é descrita por meio da sequência de atividades realizadas, baseadas na concepção de Bem Viver, que cultiva o pertencimento e o respeito à natureza. A revitalização da floresta abandonada da escola foi o eixo condutor das ações. A experiência demonstrou, por um lado, a dificuldade de estimular a participação social vinculada ao controle social e de praticar ações com forte interface entre escola e serviço de saúde. Por outro lado, possibilitou experimentar formas não institucionalizadas de participação, baseadas no exercício constante da cidadania e nas ações solidárias.
Este artigo traz o relato de uma experiência de promoção da saúde e da participação social junto às crianças de uma escola pública de Porto Alegre, RS. Inserida no contexto de uma pesquisa-ação do Movimento pela Saúde dos Povos, a intervenção na escola reuniu também instituições de ensino e a Unidade Básica de Saúde do território, com seu Programa Saúde na Escola. Guiadas pelos princípios do bem viver e do biocentrismo, as atividades realizadas se centraram nos conceitos e práticas da permacultura e da arte-educação. Nessa experiência, destaca-se o processo de construção coletiva de cada atividade, com suas potencialidades e desafios. Com o propósito de despertar em todos os participantes o senso de pertencimento à natureza e à sociedade solidária, planeja-se a continuidade do trabalho, com a possibilidade de ser inspiração para outras escolas e outras comunidades.
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