RESUMOO tema do estudo são as interconexões entre agricultura familiar, mulheres rurais e atividades não agrícolas. O objetivo foi analisar como acontece a inserção de mulheres rurais nas atividades não agrícolas no âmbito da agricultura familiar do município de Arvorezinha, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. De natureza qualitativa e delineado como estudo de caso, a pesquisa envolveu a aplicação de formulários com 17 mulheres rurais inseridas em atividades não agrícolas. Diante de um contexto de desvalorização do trabalho feminino nas atividades agrícolas tradicionais, a inserção nas atividades não agrícolas se mostra como uma fonte econômica alternativa, acarretando, ao menos parcialmente, a independência financeira das mulheres rurais, além de resultar em melhorias de cunho sociocultural, ampliando o seu convívio social e a sua qualidade de vida. Dessa maneira, as atividades não agrícolas no âmbito da agricultura familiar são favoráveis à autonomização das mulheres rurais, considerando suas vantagens monetárias e não monetárias. Nesse sentido, destaca-se a necessidade de estudos sobre o potencial destas atividades em ampliar as possibilidades de permanência das mulheres no meio rural, levando em consideração que são as principais migrantes rumo aos centros urbanos, muito em virtude da desvalorização da sua atuação como agricultoras. Palavras-chave: Gênero. Agricultura familiar. Renda não agrícola. RURAL WOMEN AND NON-AGRICULTURAL ACTIVITIES IN THE CONTEXT OF FAMILY FARMING ABSTRACTThe theme of the study are the interconnections between family farming, rural women and non-agricultural activities. The objective was to analyze the inclusion of rural women in non-agricultural activities in scope of the family agriculture of the municipality of Arvorezinha, state of Rio Grande do Sul, Brazil. Of qualitative nature and delineated as a case study, the study involved the application of forms with 17 rural women enrolled in non-agricultural activities. Faced with a context of devaluation of female labor in traditional agricultural activities, the insertion in non-agricultural activities shows itself as an alternative economic source, at least partially affecting the financial independence of rural women, in addition to resulting in socio-cultural improvements, enhancing their social life and their quality of life. In this way, non-agricultural activities within the family agriculture are favorable to the empowerment of rural women, considering their monetary and non-monetary advantages. In this sense, it is necessary to study the potential of these activities in expanding the possibilities for women to stay in rural areas, taking into consideration that they are the main migrants to urban centers, due to the devaluation of their work as farmers.
Resumo O trabalho rural é considerado um dos mais vulneráveis à ocorrência de acidentes, tendo em vista a quantidade e diversidade de riscos ocupacionais envolvidos. Apesar da importância do tema, é limitada a literatura científica dedicada a sua análise. Assim, o presente estudo teve por objetivo traçar o perfil dos trabalhadores rurais acidentados e caracterizar os acidentes. Para isso, foi conduzida uma pesquisa documental utilizando os registros de problemas de saúde do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). A amostra de 38 registros foi composta por critérios não probabilísticos e os dados coletados foram analisados quantitativamente através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). O perfil traçado para o trabalhador rural acidentado é caracterizado por homens brancos e adultos, com baixo nível de escolaridade, trabalhadores autônomos, experientes e residentes no rural. Os acidentes rurais típicos são caracterizados pela variabilidade espacial (ocorrência em diversos municípios) e pela concentração temporal no período de entressafra. Ocasionados por riscos ocupacionais biológicos, ergonômicos e mecânicos, são provocados principalmente por quedas e afetam, sobretudo, membros inferiores e tórax e membros superiores, levando a incapacidade temporária do trabalhador rural. A magnitude desse problema social aponta para a necessidade de intervenção da Extensão Rural e realização de pesquisas mais específicas.
O estudo visa analisar as contribuições das cooperativas agropecuárias sobre a sucessão nos estabelecimentos agropecuários familiares. Foi conduzido como estudo de casos amostrados através de critérios institucionais e geográficos, envolvendo oito cooperativas. Os dados foram coletados com entrevistas junto aos dirigentes e jovens rurais vinculados com as organizações. Também foram utilizadas fontes documentais. Esses dados foram submetidos à análise de conteúdo. Notou-se interesse das cooperativas agropecuárias sobre a sucessão, com o desenvolvimento de ações voltadas a condicionantes socioeconômicas significantes aos jovens rurais. Embora os resultados alcançados sejam tímidos, a contribuição das cooperativas agropecuárias mostrou-se relevante à sucessão na agricultura familiar.
A juventude consiste na categoria social rural mais vulnerável a ocorrência de migrações. Essa vulnerabilidade se traduz na infinidade de estudos desenvolvidos no âmbito da pesquisa e até mesmo na criação de instituições específicas para o trabalho com jovens rurais no âmbito da extensão. Exemplo disso é o Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural (CEDEJOR). Ao pressupor que o CEDEJOR é dotado de um projeto de juventude rural com finalidades próprias capaz de causar transformações sobre o campo de possibilidades dos jovens rurais, o presente estudo teve por objetivo analisar se as alterações provocadas por esse projeto sobre o campo de possibilidades dos jovens rurais favorecem a permanência destes no meio rural ou a partida destes para o meio urbano. Para isso foi desenvolvida uma pesquisa documental fundamentada sobre os relatórios anuais do Instituto Souza Cruz, mantenedor do CEDEJOR. Percebeu-se a existência de dois momentos distintos do projeto de juventude rural do CEDEJOR balizados sob duas concepções distintas de meio rural: de 2001 a 2004 constatouse um projeto de juventude rural sucessora fundamentado sobre a relação dicotômica entre meio rural e meio urbano, a qual restringiu o campo de possibilidades dos jovens rurais e favoreceu a sucessão familiar; e de 2006 a 2012 identificou-se um projeto de nova juventude rural erigido sobre a concepção de continuum rural-urbano, que ampliou o campo de possibilidades dos jovens rurais e favoreceu a migração para o meio urbano.
O estudo objetivou a identificação e análise do conhecimento científico brasileiro produzido no campo de investigação da Agroecologia e Juventude. De abordagem quanti-qualitativa e de caráter exploratório, o estudo consistiu em uma pesquisa bibliográfica realizada nos periódicos Revista Brasileira de Agroecologia e Cadernos de Agroecologia entre os anos de 2006 e 2013. Os 25 trabalhos selecionados foram analisados e interpretados através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e da metodologia de análise de conteúdo. Foi possível constatar que o campo de investigação da Agroecologia e Juventude é caracterizado por uma produção científica quantitativamente e qualitativamente restrita, centrada sobre as linhas temáticas formação e reprodução social. É, portanto, um campo de investigação emergente que necessita de mais estudos, com maior consistência teórica e empírica, sobre e para além das linhas temáticas já identificadas.
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