Justificativa e Objetivos: os hospitais são locais propícios para a instalação e propagação de insetos, especialmente formigas. Essas, além da sua capacidade adaptativa, vivem em mutualismo com outros animais, como fungos e bactérias, o que confere risco elevado para infecções nosocomiais. O presente estudo teve como objetivo identificar a microbiota bacteriana associada com formigas intra-hospitalares na cidade de Anápolis, Goiás, e discutir o papel de tais agentes no desenvolvimento de infecções hospitalares e o consequente risco para indivíduos hospitalizados. Métodos: foram montadas armadilhas para formigas em dois hospitais da cidade de Anápolis a fim de capturá-las nos setores de enfermaria, unidade de terapia intensiva/semi-intensiva e nutrição. As armadilhas eram deixadas por um período prédeterminado nos respectivos setores e depois eram levadas ao Laboratório de Microbiologia da UniEvangélica para cultivo, semeadura e identificação bacteriana. Resultados: foram 2 realizadas três coletas em cada um dos setores de cada instituição hospitalar. Foi possível isolar os seguintes microrganismos: Staphylococcus spp., bacilos Gram-positivos, Klebsiella ozaenae, K. rhinoscleromatis, Escherichia coli e Yersinia pseudotuberculosis. Conclusão: pode-se concluir que as formigas podem atuar como veículos para microrganismos. Esse fato sugere que podem favorecer o processo de infecção em usuários de assistência hospitalar. Entretanto, permanece incerto a relação entre população de formigas e incidência de infecções nos hospitais, sendo necessário realizar estudos para associar tais variáveis.
Objetivo: Relatar um tipo de pneumotórax espontâneo incomum, em paciente portadora de endometriose. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 43 anos, portadora de endometriose, apresentou cinco episódios de pneumotórax espontâneo, nos quais todos tinham relação com o ciclo menstrual, sendo que em dois foi necessário a drenagem do tórax. Na última internação, paciente apresentava-se dispneica à admissão, com murmúrio vesicular diminuído em hemitórax direito. Considerando os exames de imagem, à radiografia de tórax evidenciou-se pneumotórax e à tomografia computadorizada (TC) não se notou alterações pulmonares (lesões e bolhas), sendo indicada videotoracoscopia. Foram encontradas lesões com fenestras em diafragma à direita. Desse modo, foi indicado frenorrafia, pleurodese com talco e drenagem de tórax. Paciente apresentou boa resposta, expansão pulmonar satisfatória, recebendo alta no terceiro dia após a cirurgia e encaminhamento para ambulatório de ginecologia. Considerações finais: A partir do caso clínico nota-se a importância da investigação de pneumotórax catamenial e de endometriose em mulheres em idade fértil com pneumotórax espontâneo de repetição ao ciclo menstrual.
Objetivos: Busca-se discutir as intoxicações por produtos químicos, domissaneantes e plantas tóxicas notificadas no estado de Goiás no período de 2011 a 2015. Métodos:Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, cujos dados foram obtidos por meio de consulta à base de dados Sistema de Informações de Agravos e Notificação disponibilizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foi utilizado o Sistema de Informação Geográfica gratuito e realizadas técnicas de geoprocessamento para visualizar, editar, criar e analisar os dados dos mapas de referência. As variáveis utilizadas foram: município de notificação, sexo, faixa etária, circunstância, zona de residência, escolaridade, tipo de exposição e evolução do quadro. Resultados: Observou-se uma prevalência das intoxicações por produtos químicos (46.16%), seguidas por domissaneantes (44.70%) e por plantas tóxicas (9.13%). As cidades que apresentaram um maior número de notificações foram Goiânia, Formosa, Anápolis, Rio Verde, Valparaíso de Goiás e Jataí. As intoxicações foram mais prevalentes em mulheres (53.23%). Os maiores índices estão nas faixas etárias de 01 a 04 anos (28.05%) e de 20 a 39 anos (38.55%). A circunstância está associada com a faixa etária, sendo de forma geral, a intoxicação acidental mais frequente. Há maior número de casos na zona urbana (91.83%). A exposição aguda-única é mais frequente e a maioria dos casos evoluíram para cura sem sequela. Conclusão: Portanto, os resultados se justificam pelo armazenamento, uso e disponibilização inadequados de produtos químicos e desconhecimento do potencial tóxico de algumas plantas.
Brasil se destaca no cenário mundial como o maior consumidor de agrotóxicos, respondendo na América Latina por 86% dos produtos. As intoxicações causadas por agrotóxicos resultam de uma interação complexa entre as propriedades do produto e a exposição do agricultor aos agrotóxicos. O objetivo é estabelecer um perfil populacional epidemiológico acerca intoxicações causadas por agrotóxicos no estado de Goiás, no período de 2011 a 2016. Para tal, foi realizado um estudo retrospectivo, quantitativo, qualitativo, bibliográfico, do tipo transversal, baseado no estudo de literatura científica em bases de dados como Scielo, PubMed, Liliacs MedLine, e na busca ativa de dados epidemiológicos na base de dados DATASUS. Os resultados revelam que no estado de Goiás, os casos se concentram no território urbanocom 52% das notificações, a principal causa é por tentativa de suicídio, sobrepondo as demais como os acidentes de trabalho. A idade prevalente se deu entre a faixa etária de 20-39 anos, representando 25% dos casos e o sexo masculino corresponde a mais de 54% dos casos. Tais dados podem ser explicados pelo maior uso de agrotóxicos em trabalhadores rurais, os quais são homens adultos. Os resultados concluem que apesar das subnotificações, tanto nos casos que evoluíram para cura quanto nos óbitos constatados, para elementos agrotóxicos, existem dados que oferecem informações que traçam o perfil epidemiológico dessas intoxicações. Em geral, é o trabalhador rural do sexo masculino, jovem, com baixa escolaridade, com prováveis problemas psiquiátricos e com pouca informação quem mais se intoxica no Centro -Oeste.
Objetivos: relatar um caso de Síndrome de Caroli em paciente oligossintomático. Descrição do caso: paciente sexo masculino de 21 anos, estudante, apresentou quadro de distensão abdominal difusa e progressiva com predomínio no período pós-prandial. Foram negadas outras queixas gastrointestinais. Exames bioquímicos e de imagem foram solicitados para elucidação diagnóstica. Ao exame tomográfico contrastado de abdome foi possível avaliar presença de dilatações císticas em vias biliares intra-hepáticas, além de outros achados característicos da doença. A DC é um distúrbio genético de padrão autossômico recessivo que se apresenta com malformações congênitas das vias biliares, associada à mutação do gene PKHD. Frequentemente permanece assintomática até a segunda década de vida, quando então evolui para complicações agudas que levam o paciente ao pronto atendimento hospitalar. O diagnóstico baseia-se em achados de imagem e o tratamento é dependente do quadro clínico do paciente, variando desde uma conduta conservadora até o transplante hepático. Considerações finais:a suspeição clínica e a disponibilidade de exames de imagem avançados são fundamentais para o diagnóstico correto da patologia, com ênfase na importância da avaliação detalhada e seguimento clínico da doença, pelo risco de complicações e evolução neoplásica futura.
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