<p>O ramo Tupari da família linguística Tupí é constituído pelas línguas: Akuntsú, Makurap, Sakurabiat, Tupari e Wayoro, faladas no estado de Rondônia, por grupos relativamente pequenos. Por esse motivo, são consideradas línguas fortemente ameaçadas de extinção. Os predicados não verbais são formados por construções em que as estruturas formais não possuem elemento verbal ou contêm um elemento verbal que apresenta marcas de propriedades estruturais copulares. Partindo dessa perspectiva, este artigo objetiva comparar os predicados não verbais nas cinco línguas Tupari, mais especificamente os predicados nominais e adjetivais, com base nos pressupostos teóricos apresentados por Stassen (1997), Payne (1997), Dryer (2007) e Overall, Vallejos e Gildea (2018). Empregamos a metodologia descritiva e comparativa, na abordagem da tipologia linguística (CROFT, 2003), para analisar um corpus comparativo retirado de trabalhos de Alves (2004), Aragon (2008, 2014), Braga (2005, 2009), Galucio (2001), Isidoro, R. Tuparí e I. Tuparí (2018), Nogueira (2014, 2019a, 2019b) e Singerman (2018a; 2018b; 2019), além de dados inéditos coletados especialmente para este trabalho, para a língua Sakurabiat, pelas autoras. Nossa análise revelou que, em todas as línguas Tupari, a predicação não verbal é realizada pela simples justaposição dos sintagmas nominais (SN) em predicados nominais e a justaposição de dois sintagmas nominais (SN SN) ou um sintagma nominal e um sintagma adjetival (SN SAdj), em predicados adjetivais. Por outro lado, nas línguas Sakurabiat, Tupari e Wayoro, identificamos uma tendência ao uso de cópulas não verbais e/ou morfemas identificados como verbalizadores, em determinadas construções. A presença ou ausência desses morfemas copulares nessas línguas está relacionada à polaridade e ao tempo verbal da sentença. Este recorte comparativo dos predicados não verbais (nominais e adjetivais), nas línguas do ramo Tupari, contribui para um entendimento mais amplo da tipologia da predicação não verbal nas línguas Tupí e poderá, futuramente, ser estendido para outras línguas amazônicas ou não.</p>
<p>Neste artigo, abordamos os complementos de orações copulares tratadas tradicionalmente como orações com predicado nominal e verbo-nominal, mas direcionamo-nos, sobretudo, ao predicado nominal. Discutimos as implicações sintáticas e teóricas de construções como as do tipo “é nós/nóis”, “tamo junto”, “tamo aí”, “tamo na área”, partindo da classificação proposta pela Gramática Tradicional sobre os predicados nominais e verbo-nominais para, então, chegar à noção de pequena oração, que se desenvolveu dentro do modelo teórico de Princípios e Parâmetros em estudos já clássicos sobre complementos de verbos copulares. Defendemos que as sentenças copulares analisadas podem ser entendidas como pequenas orações formadas por expressões cristalizadas compostas por sintagmas nominais, adjetivais, preposicionais ou adverbiais, sem alçamento visível para a posição canônica de sujeito.</p>
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