Resumo: O artigo analisa os efeitos de diferentes pertencimentos do escritoradulto na reconstrução de suas memórias de infância. Utiliza como fontes principais seis autobiografias escritas por filhos de pais analfabetos ou com baixa escolaridade, nascidos na primeira metade do século XX, quatro deles em Minas Gerais, Brasil, e dois em Illinois, Estados Unidos. Verificou-se que os autores, ao considerarem a autobiografia como ensinamento, buscam estratégias para se legitimarem como exemplos de superação. Na escrita, elegem um pertencimento, como o socioeconômico e/ou o étnico-racial, como eixo para situar o lugar de onde falam, tornando-o o fio condutor das narrativas e da releitura de suas infâncias e trajetórias de vida. Palavras-chave: autobiografias, história da cultura escrita, história da infância
O artigo tem como objetivo analisar como autoras e autores idosos inventam a si mesmos por meio da escrita autobiográfica na contemporaneidade, problematizando a potencialidade desse processo para o campo da Educação. Como principais fontes, foram analisadas oito autobiografias, escritas por homens e mulheres, nascidos em Minas Gerais na primeira metade do século XX, além de dados censitários do IBGE. A análise realizada nos permite afirmar que o pertencimento de gênero delineia fortemente os referenciais eleitos por cada um(a) dos(as) autores(as) para o processo de invenção de si e, igualmente, para a elaboração dos significados do envelhecer. Se para as autoras, a família e a dimensão religiosa se constituíram como eixo das narrativas, para os autores, o trabalho e a condição socioeconômica foram eleitos para conduzir a escrita. As mulheres se referem ao envelhecer de forma positiva, enquanto os homens tendem a enfatizar as perdas e as limitações relacionadas a essa etapa da vida.
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