Resumo: Com o objetivo de refletir sobre a questão identitária através das máscaras enquanto elemento artístico e cultural com amplo potencial pedagógico, este artigo problematiza a questão da construção de saberes através das contribuições da teoria da decolonialidade, fundamentando-se para tanto no trabalho com máscaras realizado através da oficina intitulada Máscara e Identidade: nós no PIBID (2017). Desse modo, ressalta-se a relevância dos saberes subalternos enquanto resistência a imposições epistemológicas oriundas de uma ciência europeia que visam silenciar as vozes dos indivíduos subalternos (QUIJANO, 2010; SANTOS, 2010), bem como restringi-los em suas possibilidades construir sua identidade e sua subjetividade através de um sistema representacional que integre suas vivências, suas experiências e seus conhecimentos.
Este trabalho tem como objetivo destacar as representações de gênero presentes nas produções de alunxs desenvolvidas a partir de uma proposta arte/educativa que versava sobre consumo, estando este texto inserido no projeto de pesquisa Proposições arte/educativas e educação do sensível: interlocuções sobre o consumo. Assim, são problematizadas representações de gênero através da compreensão crítica da cultura visual em que os sentidos são construídos culturalmente, apresentando-se a interpretação enquanto prática social. Entende-se que as interrelações entre corpo, consumo e sexualidade são evidenciadas nos discursos propiciados através de anúncios publicitários. Nesse processo, encontram-se imbricadas relações de desigualdade social, bem como as relativas a gênero. Além da discussão a respeito dos anúncios publicitários, foram apresentadas obras de arte que viabilizam refletir sobre as questões de aquisição de produtos e suas relações com cultura, sociedade e identidade. Desse modo, a questão das visualidades é pensada juntamente com o discurso como unidade de análise para os sentidos e interações que se estabelecem, sendo utilizado como referencial teórico a perspectiva dialógica bakhtiniana. Desenvolver propostas arte/educativas em que o corpo está integrado é, portanto, um meio de problematizar questões relativas à identidade.
Resentment plagues the historical course mediating philosophical, political, ethical and aesthetic relations. Education, as a field of intersection of epistemic and social relations, is a territory of continuous spread of resentment that seeks the institution of flabby and herded bodies. This territory competes ecologically with the flourishing of educational diversity-in what concerns an ethos for pluralities and differences. At the present time (anti) movements resent educational spatiality such as anti-gender movements, anti-revolutionism, anti-environmentalists, antiethnic studies, anti-critical studies, anti-movements. From this scenario emerges the following essay, aiming to present the resentment of the times present in education and the dangers of homogeny. Displaced analysis under Nietzschean resonances. It is organized into: a) Resentment, education and homogeny, and b) Resentful homogeny and epistemic extinction.
Atualmente, a palavra democracia vê-se mascarada através de sentidos despolitizados frente às demandas de mercado, à conjuntura geopolítica contemporânea, sendo operacionalizadas ações de coerção social através de mecanismos pelos quais o poder disciplinar estatal é exercido. Assim, há que se indagar sobre como este atua no sentido de construir “verdades”, “mitos”, correlacionando-as à problemática de construção de saberes. Nesse sentido, torna-se evidente a atualidade do pensamento freiriano, tendo em vista o seu clamor por uma sociedade justa, consciente, democrática. Diante disso, em frente às transformações políticas e socioeconômicas oriundas de um paradigma produtivo globalizado, os educadores brasileiros encontram dificuldades em compreender as relações entre educação e economia. Neste ambiente, passam a vigorar questionamentos a respeito das atribuições da escola e das funções desempenhadas pelo professor. Além disso, pode-se afirmar que no Brasil as representações de professor são construídas a partir de vozes e discursos que não emanam dos educadores, mas provêm de outros profissionais, tais como jornalistas, economistas e políticos. Isto significa que a sociedade está imersa em um processo de globalização que tende a adotar uma política educacional pelos parâmetros da ideologia capitalista neoliberal, o que torna imprescindível o pensamento de Paulo Freire, em seu legado para uma educação democrática e em sua pedagogia dialógica, reiterando a sua importância em virtude dos ataques que vem sofrendo frente à política de intolerância que tem assolado o país, e que se intensificou após período das eleições de 2018.
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