RESUMO -O Estudo das Práticas Performativas na Perspectiva de uma Antropologia daEstética -Este texto propõe uma contribuição ao estudo das práticas performativas a partir de uma apreensão antropológica na qual a estética, entendida como aisthesis, se estabelece como hermenêutica das formas de socialização e de individuação em ato no fenômeno estudado. Apresenta-se um aparelho epistemológico no qual as noções de ritmo e de relação, átomos irredutíveis de toda forma de estética, teriam valor paradigmático. Através delas, discute-se a possibilidade de apreender os modos de produção, de recepção e de apropriação, caracterizando formas de práxis cujos graus de construção (da ação, da experiência e dos imaginários) e de intencionalidade são as variáveis que determinam a singularidade e a inserção dessas formas em dispositivos (da arte) socialmente reconhecidos. Palavras-chave: Antropologia. Estética. Práxis. Técnica. Práticas Espetaculares.
ABSTRACT -The Study of Performing Arts Through the Prism of an Anthropology ofAesthetics -This text proposes a contribution to the study of performing practices with an anthropological approach where aesthetics, understood as aisthesis, stands as a hermeneutic reading of the forms of socialization and individuation acting in the phenomenon studied. It presents an epistemological apparatus in which notions of rhythm and relation, irreducible atoms of any form of aisthesis, have a paradigmatic value. Through them, we could read the modes of production, reception, and appropriation characterizing forms of praxis whose degrees of construction (of action, experience and imagination) and intentionality, are the variables determining their singularity and their insertion in socially constructed (artistic) devices.
Embora a partir dos anos 1990, certas antropologias tentam renovar as metodologias colaborativas com princípios de mutualidade, reciprocidade e negociação em todas as fases dos projetos, problemas metodológicos estruturais permanecem: a redução dos projetos às suas ações situacionais e produtos; a ambiguidade e diversidade das formas do engajamento entre colaboradores; a inserção institucional, política e ideológica dos projetos; o consentimento das comunidades; o ilhamento de suas metodologias. Se entendermos que a politização dos dados diz respeito a todas as fases da nossa prática, é preciso focar sua natureza política e sustentabilidade. Analisar as práticas de fronteiras relacionais, epistemológicas e metodológicas criadas e legitimadas pelos colaboradores pode abrir para metodologias mais abertas assim como desenhadas pelas STS. Trata-se aqui de contribuir focando eixos interconectados: uma dessolidarização da política e do político; sair da crítica eurocêntrica ao eurocentrismo; a restituição do estatuto metodológico à ontologias outras investindo o trabalho de campo.
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