O presente artigo tem como objetivo construir um esboço panorâmico da história da psicologia social brasileira. Inicialmente, partimos da intuição de Farr sobre a diferença conceitual entre psicologias sociais sociológicas e psicológicas para com isso estabelecer pontos de comparações entre as diversas perspectivas em Psicologia social. Analisamos diversos grupos teóricos para tentar construir um modo de compreensão sobre as implicações políticas, metodológicas e práticas de suas respectivas posições. Em nosso horizonte de reflexão, tomamos as psicologias sociais associadas ao behaviorismo, à Psicologia comparativa e ao cognitivismo, em solo norte-americano. Traçamos as influências da Psicologia cognitivista em solo brasileiro, mostrando que estava ligada à busca de variáveis dotadas de estabilidade, ao postulado da neutralidade do investigador e às noções de adaptabilidade e produtividade. Após a crise dessa perspectiva, observamos a influência da teoria das representações sociais e da teoria crítica em relação à Psicologia socio- histórica. Esta fundamenta uma ideia de homem associada ao materialismo dialético, à historicidade e à transformação social. Além da perspectiva socio-histórica, refletimos ainda sobre a Psicologia social relacionada ao problema das instituições para assim traçarmos as implicações críticas dessa perspectiva e da socio-histórica em relação ao pensamento norte-americano.
Tenta-se pensar algumas faces do conceito psicanalítico de repetição, tanto em sua dimensão teórica quanto clínica. Analisa-se, junto a Freud, a relação entre ela e outros conceitos clínicos como os de recordação, resistência, transferência e atuação. Por meio do pensamento lacaniano, indica-se o caráter fundamental deste termo para o saber psicanalítico, sua relação com os conceitos de Tiquê, de Autômaton, de objeto a e de cadeia de significantes, e sua aproximação com a "retomada " kierkegaardiana. E com Miller estuda-se o lugar da angústia como operador que produz uma desarticulação na amarração ordenada, exposta no fenômeno da repetição.
Nesse texto, objetivou-se indicar as relações da angústia com as manifestações patológicas da fobia e do pânico, demonstrando a adequação da proposta de intervenção terapêutica, dentro de uma perspectiva psicanalítica. Esse trabalho se refere a resultados parciais de pesquisa teórica sobre a angústia, onde o método utilizado é o de análise crítica dos conceitos. Neste, buscamos investigar a coerência entre as formulações teóricas de S. Freud e J. Lacan, já clássicas, com o que se observa na clínica hoje. Para tanto, valemo-nos da referência a dados da experiência clínica. A investigação aponta para a adequação da concepção psicanalítica da fobia e do pânico, pois confirma o caráter de substituto que tem o objeto temido. É esta mesma natureza que o torna permeável à ação da fala, no dispositivo de linguagem que é o da clínica psicanalítica.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a possibilidade do atendimento psicológico mediado pelo computador. Buscamos relacionar a psicoterapia com as descrições das tecnologias da inteligência - a oralidade, a escrita e a informática. Concluímos que a clínica, enquanto entidade instituída, envolve a necessidade da presença física do terapeuta, o que não inviabiliza o esforço de pensarmos outras formas de encontros.
RESUMO. O presente trabalho se propõe a questionar se a admissão da impotência, inserida nos Doze Passos dos Alcoólicos Anônimos, se confronta com a noção sartreana de liberdade, marcando uma posição tomada pelo AA de entender o alcoolismo como uma compulsão, em que somente a ação de uma força externa pode proporcionar a recuperação. Os autores concluem que, se a programação dos Doze Passos tem sido tão repleta de êxitos, é porque ela, mesmo sem disso dar-se conta, vem trabalhando com a dimensão da escolha, que permite que cada um possa, a todo momento, determinar seu destino.
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