A COVID-19 pode acometer indivíduos de qualquer idade, mas geralmente os quadros mais graves estão relacionados a pessoas acima de 60 anos e/ou com comorbidades, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes e obesidade, pois além dessas condições levarem a alterações estruturais, o próprio tratamento pode predispor os indivíduos a uma maior risco de infecção. O objetivo do estudo é traçar o perfil clinico-epidemiológico dos pacientes com caso confirmado de COVID-19 que apresentassem pelo menos uma comorbidade no município de Parnaíba, Piauí. Trata-se de um estudo epidemiológico realizado por meio da análise dos dados extraídos da ficha de investigação de síndrome gripal, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão dos participantes da pesquisa, a amostra do estudo foi concluída em 684 pacientes. A maioria era do sexo feminino (61,25%), com predomínio entre os 18 e 30 anos (29,58%), seguidos dos 31 a 45 anos (27,65%). Desses pacientes, 79,25% evoluiram para a cura e 8,06% para o óbito. Sobre as mortes, houve um predomínio de mortes no gênero masculino, maiores de 60 anos e com pelo menos uma comorbidade, as condições mais relacionados com o óbito doença cardiovascular, diabetes e doença respiratória. A presença de comorbidade é um prognóstico desfavorável, sendo eles: síndrome respiratória aguda grave (SRAG), internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), necessidade de ventilação mecânica invasiva, anormalidades cardíacas e morte. Foi observado um grande número de casos subnotificados ou não registrados de forma correta, o que pode dificultar na caracterização epidemiológica e nas estratégias de controle da doença.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela espiroqueta Treponema pallidum que pode ser transmitida de forma sexual e vertical, da mãe para o feto. A doença se apresenta em três estágios com sinais e sintomas variáveis. Lesão do cancro duro em região genital, referente à forma primária da doença, lesões eritematosas, maculosas e planas que atingem também mucosas periorais, como forma secundária, e a forma terciária ou tardia, é rara e apresenta período de latência, causando eventualmente necrose hepática, óssea, gonadal e dérmica. A sífilis congênita, outra forma da doença, pode causar prematuridade, hidropsia e óbito fetal além de sequelas em caso de vida da criança. OBJETIVO: Identificar, a partir de dados estudados, qual o cenário da infecção por Sífilis no Brasil em um período de cinco anos. Determinar quais pessoas estão adoecendo e as consequências diretas e indiretas dessa infecção. MÉTODOLOGIA: Foram utilizados dados do Painel de Indicadores Epidemiológicos, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde do Brasil. Foram utilizados também dados da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), foram considerados os dados dos anos de 2015 a 2019. A bibliografia utilizada foi pesquisada pelos descritores em inglês "syphilis' AND 'Brazil" e português "sífilis' E 'Brasil" nas plataformas PubMed, SciELO e Google Acadêmico e selecionadas a partir de fatores de inclusão e exclusão estabelecidos pelos autores. RESULTADOS: No período, foram registrados 594.896 novos diagnósticos de sífilis, com taxa de detecção média de 57,32 a cada 100mil habitantes ao ano. A doença foi encontrada majoritariamente em homens, com 59.48% dos casos. Em gestantes, foram registrados 245.180 novos casos e a taxa de detecção da doença foi de 16,72 por mil nascidos vivos. Os casos de sífilis congênita, no período, somam 116.427, com taxa de detecção de 7.9 casos por mil nascidos vivos ao ano. As internações por sífilis somam 817.534 dias, divididos entre 87.147 pacientes. CONCLUSÃO: Os novos diagnósticos de sífilis são alarmantes, especialmente considerando que a maioria dos pacientes são homens e que, culturalmente, há maior resistência nesse grupo a procurar atendimento médico, fator atribuído ao machismo. Assim sendo, infere-se crescente e imediata necessidade de ampliação das testagens e rastreios para sífilis e outras ISTs, bem como aumento das campanhas de prevenção e pesquisa de contaminação.
Costuma-se, por hábito cultural, associar câncer em pessoas do sexo feminino a mamas e colo do útero, entretanto, apenas em 2020, no Brasil, 74.7% das neoplasias em pessoas do sexo feminino foram em outros locais que não mamas ou colo do útero. Entre as mais prevalentes no mundo estão as neoplasias do trato gastrointestinal que, em 2020, representaram 12.7% dos cânceres em pessoas do sexo feminino no Brasil. Existe, de forma clara, desconhecimento desses dados especialmente entre a população que deveria, então, ser informada e conscientizada. Em contrapartida, é crescente o número de campanhas temáticas com meses e cores, que conscientizam repetidamente acerca de um único assunto, enquanto existem outros igualmente alarmantes que também merecem atenção. OBJETIVOS: Evidenciar o padrão de neoplasias em pessoas do sexo feminino, sua epidemiologia e características, a fim de identificar possíveis carências do sistema em ampliar o rastreio e diagnósticos de outras neoplasias. MÉTODOS: Estudo Transversal Descritivo e Retrospectivo dos anos de 2016 a 2020. Foram coletados dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH)/SUS e do Painel-Oncologia, ambos disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram considerados os dados exclusivamente de mulheres referentes às seguintes neoplasias malignas: do cólon; da junção retossigmóide, reto, ânus e canal anal; da mama e do colo do útero, carcinomas in situ da mama e do colo do útero. RESULTADOS: A média de novos casos de câncer em pessoas do sexo feminino, no período de cinco anos de que trata o presente estudo, foi de 63.952,4. Entre as oito patologias estudadas, as neoplasias malignas da mama e colo do útero detém, respectivamente, 55.89% e 20.02% dos casos totais. Em relação à faixa etária dessas pessoas, pessoas entre 55 e 59 anos foram as de maior incidência, com 12.55% dos registros. O padrão das neoplasias de acordo com a faixa etária varia, sendo o cólon o mais acometido entre as pessoas com menos de 20 anos. A neoplasia de colo de útero tem aumento significativo apenas a partir dos 20 anos, permanecendo aumentada até os 34 anos, além de ser a mais prevalente entre pessoas de 25 a 30 anos. Quanto à região do país em que foram feitos esses diagnósticos, o Sudeste detém a maioria deles, 44.79% e o Norte a menor parte, 4.55%. CONCLUSÃO: Há pouca conscientização da população e dos responsáveis por transmitir informação, acerca das neoplasias não mamárias ou uterinas que, com frequência, acometem pessoas do sexo feminino. Estudos mais complexos podem evidenciar os impactos que a baixa conscientização sobre outros locais em que se pode desenvolver câncer têm sobre a população. Faz-se necessário maior disseminação do conhecimento de que outras neoplasias também precisam ser, quando clinicamente proposto, rastreadas e prevenidas.
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