RESUMO -Esse estudo analisa a relação entre regulação de emoções no pré-adolescente e conversação familiar sobre emoções. Participaram do estudo 74 pré-adolescentes (10 a 13 anos) de famílias de classe média que formaram dois grupos, o que conversa sempre em casa e o que não tem esse costume. Para acessar a regulação de emoções foram usadas duas histórias com final aberto que permitiram comparar os grupos quanto às estimativas de duração de emoções e estratégias para regulá-las e à presença de reavaliações cognitivas. Há diferenças significativas na ocorrência de reavaliações cognitivas para lidar com a raiva, que surgiram apenas no grupo que costuma conversar. Os resultados sugerem que conversação familiar sobre emoções pode auxiliar a desenvolver habilidades diferenciadas para regular emoções.Palavras-chave: regulação de emoções, pré-adolescência, conversação familiar Emotional Regulation in Preadolescence and the Influence of Family ConversationABSTRACT -In this study the relation between emotional regulation of the preadolescent and conversation regarding emotions in family setting is investigated. Seventy-four preadolescents (10 -13 years old) of middle class families participated in this study; they composed two groups: one that always conversed at home and one that did not have that habit. To access emotional regulation two open-ended stories were used to compare groups considering: the estimated duration of the emotion, the strategies used to regulate them, and the occurrence of cognitive re-evaluation. There are significant differences in the occurrence of cognitive re-evaluation to deal with rage, found only in the group that regularly had conversations. Results suggest that family conversation concerning emotions can enhance the development of differentiated abilities to regulate emotions.
A participação dos pais no desenvolvimento de habilidades cognitivas e comunicacionais dos filhos vem sendo analisada, nos últimos quinze anos, especialmente a partir de uma perspectiva sociointeracionista. Pesquisas recentes indicam que as crianças aprendem a falar sobre suas memórias de eventos passados de uma maneira organizada, num contexto colaborativo de engajamento com seus pais. Alguns autores propõem que o desenvolvimento das formas narrativas possibilita à criança criar um significado para as experiências vividas. Este artigo tem como objetivo revisar a literatura sobre o desenvolvimento da habilidade da criança para narrar suas experiências pessoais, bem como sobre o papel do suporte verbal oferecido pela mãe durante esse desenvolvimento.
Esse estudo investiga a conversação sobre experiências envolvendo emoções em 189 famílias de classe média com pré-adolescentes (10 a 13 anos). Um dos genitores e o pré-adolescente responderam um questionário sobre comunicação familiar. Os resultados mostram que os genitores costumam compartilhar experiências, privilegiam resolver problemas ao conversar sobre as experiências negativas dos filhos, e costumam reforçar a autoestima do pré-adolescente quando em experiências positivas. Quanto aos pré-adolescentes, a maioria costuma compartilhar experiências em casa e a idade, mas não o gênero, influencia esse hábito; as emoções positivas os conduzem mais a conversar do que as negativas; e a escolha de uma parceria para conversar é influenciada pela emoção envolvida na experiência e pela idade e gênero do pré-adolescente.
Perfil do uso de substâncias psicoativas em universitários Profile of psychoactive substance use in university students
ResumoA vida em família modifi ca-se em função de avanços tecnológicos e das transformações nas interações entre as pessoas, o que cria novos desafi os para o estabelecimento de uma comunicação familiar eficiente e de boa qualidade. O artigo examina a infl uência de um tipo particular de comunicação familiar, o relembrar experiências pessoais. Analisam-se pesquisas que indicam que a maneira parental de relembrar está relacionada ao desenvolvimento de crianças e pré-adolescentes, em especial, da memória autobiográfi ca; mas também ao apego, à compreensão sobre o self, o outro e a mente, à regulação de emoções, ao desenvolvimento da autoestima e de habilidades pró-sociais e ao ajustamento psicológico. Apresentam-se pesquisas que mostram o que fazem os pais durante a conversação que pode infl uenciar positivamente o desenvolvimento de crianças e pré-adolescentes. Tecem-se considerações sobre o modo de estimular esse tipo de conversação nos contextos de crianças institucionalizadas, de centros de saúde e nas escolas. Palavras-chave:Comunicação familiar, memória autobiográfi ca, narrativa autobiográfi ca, self, regulação de emoções. Talking to remember in Family AbstractLife in family changes due to technological advances as well as to transformations in people's interactions. Therefore, new challenges to establish effi cient and good quality family communication are created. The article deals with the infl uence of a particular family communication, i.e., the recall of personal experiences. A number of investigations indicating that the way parents recall is related to the development of children and preadolescents, especially to the development of autobiographical memory, is examined. Moreover, it is analysed its relationship to attachment, to the comprehension of the self, the other and the mind, to emotion regulation, to the development of self-esteem and prosocial abilities, and to psychological adjustment. Studies showing what parents do during conversation, which may positively infl uence the development of children and preadolescents are presented. Ways of stimulating this type of conversation in contexts of institutionalized children, health centers, and schools are discussed.
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