O objetivo do presente texto é o de trazer elementos à compreensão da relação entre ideologia e gênero de forma a contribuir com o debate atual sobre a chamada "ideologia de gênero" e a educação. Embora se trate de argumentos genéricos e sem base científica sólida, os críticos à discussão sobre gênero na escola acabam por criar, eles próprios, uma mistificação da realidade, uma visão de mundo imaginada a ser imposta de forma acrítica. O objetivo do texto foi trazer ao debate a natureza da ideologia e a impossibilidade de se pensar numa neutralidade científica e política em qualquer âmbito de nossas vivências, aí incluída e destacada, a escola. DOI: 10.5935/1809DOI: 10.5935/ -2667 É nuclear, na ideologia, que ela possa representar o real e a prática social através de uma lógica coerente. A coerência é obtida graças a dois mecanismos: a lacuna e a "eternidade". Isto é, por um lado, a lógica ideológica é lacunar, ou seja, nela os encadeamentos se realizam não a despeito das lacunas ou dos silêncios, mas graças a eles; por outro lado, sua coerência depende de sua capacidade para ocultar sua própria gênese, ou seja, deve aparecer como verdade já feita e já dada desde todo o sempre, como um "fato natural" ou como algo "eterno". (CHAUÍ, 2016).
A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFPCT) é constituída por um conjunto de 643 unidades de ensino federais distribuídas por todos os estados brasileiros. São instituições que vem assumindo uma relevância não só do ponto de vista educacional como também social em função de sua capilaridade no território, do conjunto de cursos em diferentes níveis e modalidades ofertados bem como devido ao seu papel na implementação de programas governamentais. Pela abrangência de seus objetivos e pela heterogeneidade das instituições que a compõem enfrenta desafios no que se refere ao equilíbrio entre forças de coesão e de dispersão no seu interior. Tais desafios serão abordados aqui com base na trajetória histórica de constituição da rede, da identificação de sua distribuição territorial bem como do papel daqueles cursos que têm assumido uma posição de destaque no cenário dos Institutos Federais: as licenciaturas.
ResumoNeste artigo propõe-se um viés interpretativo que procura ultrapassar a dicotomia capital-interior que tanto caracterizou o debate político e acadêmico sobre o Estado do Rio de Janeiro. Assim, defende-se a ideia de que vem ocorrendo uma transformação na dinâmica territorial do estado, o que vem progressivamente amalgamando as suas diversas regiões em função do crescimento e da dinamização de certas atividades econômicas bem como do papel desempenhado pelas redes logísticas articuladas aos portos. Para isso, discute-se o papel atribuído ao setor portuário, a partir da análise de projetos elaborados pela FIRJAN, como um elemento que consolidaria o Estado do Rio de Janeiro como importante nó de uma rede logística regional e nacional. Estas transformações tornariam necessários novos aportes tanto do ponto de vista teórico quanto do da implementação das políticas públicas.
Palavras-chave: Rio de Janeiro; logística; portos; dinâmicas territoriais fluminenses
AbstractThis article proposes an interpretive bias that seeks to overcome the dichotomy capitalcountryside that has characterized so markedly the political and academic debate on the State of Rio de Janeiro. Thus, argues that there is an ongoing transformation in the spatial dynamics of the state, which has progressively amalgamated its various regions due to the growth and dynamism of economic activities and the role played by logistics networks in conjunction with the ports. For this, discusses the role assigned to the port sector from the analysis of FIRJAN's projects that would consolidate the Rio de Janeiro as an important node in a regional and national logistics network. These changes would make it necessary new contributions both from the theoretical point of view as the implementation of public policy.
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