O prolongado debate sobre o fazer semiótica frente à própria historiografia da disciplina e às demais ciências sociais se vê fragmentado em duas frentes: a primeira é a reorganização da semiótica enquanto profissão e método de análise; a segunda busca desenvolver, a partir da teoria já estabelecida, novos recursos de pesquisa e compreensão dos processos de construção do(s) sentido(s). Parte dessa bifurcação, portanto, a proposta para este artigo, com o entendimento de que há espaço na atual literatura semiótica para uma abordagem sobre as condições gerais anteriores ao ato enunciativo – cujas bases e regulações socioculturais delimitam as estratégias passíveis de reprodução, modificação e potencialização do(s) sentido(s) em sociedade. Em ponte obrigatória com a sociologia, esta proposta de modelo organizacional pressupõe quatro argumentos-chave: a reflexão atualizada de Fontanille (2015) sobre as formas de vida e a estratificação do sentido por reprodução e estabilização, adotada como ponto de partida; a concepção de semiosfera, conforme Lotman (1999); e os procedimentos coletivos de difusão semiótica – as pontes de interlocução entre os grupos sociais –, com base em Granovetter (1973); e de relações de capital, segundo Bourdieu (2015), que alinham as práticas, valores e regimes de crença em desigualdade de poder e propagação.
O presente artigo busca analisar a história das políticas culturais do Brasil, para tentar entender possíveis formas de atuação dentro da administração pública e da institucionalização jurídica para efetivar os direitos constitucionais no certame da preservação da cultura popular brasileira, para tanto se analisa a atuação neoliberal das leis de incentivo a cultura, mais especificamente a Lei Rouanet e o Programa Cultura Viva, pela sua forma de atuação com os pontos de cultura.
Resumo: O presente artigo busca analisar a história das políticas culturais do Brasil no período de sua redemocratização, ou seja, o período de inserção neoliberal, fazendo um recorte jurídico na teoria crítica para identificar erros e acertos na efetivação das garantias de direitos fundamentais culturais nas políticas adotadas, contrastando-se, para tanto, a Lei Rouanet com os Pontos de Cultura. Abstract: This article seeks to analyze the history of cultural policies in Brazil during the period of re-democratization, which is the period of neoliberal insertion. For this purpose, it will be done a juridical clipping in the critical theory to identify errors and successes on the concreteness of the fundamental guarantees on cultural rights by the policies adopted. Therefore, the Rouanet Law will be contrasted with the Culture Points.
A série retrata o confronto entre as forças do bem e as forças do mal, controladas pelo vilão Sauron, que busca dominar a Terra-média com o Um Anel, o anel do poder. Com o objetivo de emular, visualmente e com coerência, o folclórico universo criado por Tolkien, Jackson lança mão de recursos estéticos canônicos, cristalizados, e relaciona os lados opostos na batalha pela Terra-média com a claridade e a escuridão. Enquanto Gandalf, o sábio mago do bem, é associado ao branco e usa a luz como arma, os espectros do mal (os nazgul) se protegem nas sombras e são retratados em preto. A análise do resgate dos cavaleiros de Gondor -e a progressiva ascensão da claridade como predominante na cena, conforme Gandalf se aproxima do objetivorediscute, com base em conceitos da semiótica tensiva e do conceito de formas de vida, a relação semissimbólica entre o claro e o escuro como recursos do plano de expressão associados ao bem e ao mal. Palavras IntroduçãoA arte que se propõe inteira no plano do fantástico, a exemplo da literatura infanto-juvenil -histórias de bruxos e fadas, elfos e dragões, deuses e demônios -, ainda que explore, no reverso do realismo, o inexistente, se prende a correlatos do mundo natural. O dragão de A bela adormecida é dotado de escamas de répteis, dentes afiados, asas ameaçadoras; a bruxa que serve a maçã à princesa Branca de Neve utiliza sortilégios macabros para produzir um alimento letal; porém, cobre-se de preto para personificar o mal; usa, nos feitiços, órgãos de morcegos, serpentes e ratos, animais que recobrem o ocultismo. Obras do gênero usualmente reiteram de forma canônica noções abstratas -como a luta entre o bem e o mal -no desenho do percurso semântico das obras; a enunciação parte de formas de vida, conforme articulado por Fontanille (2005), para obter eficiência, e a concretização figurativa acompanha a coerência interna a cada enunciado: a guerra -abstrata -em um filme sobre o Vietnã, é concretizada por metralhadoras, facas e bombas; em um conto infantil, surge como varinhas de condão, feiticeiros e magias. Na bela composição do grupo britânico progressista Camel, usada neste artigo como abertura, conta-se a lenda de um mago que, poderoso, converte a escuridão em luz sobre um cavalo branco e, após sofrer um golpe e "cair", retorna ao mundo despido das vestes cinzas, agora no mesmo branco do cavalo. Este mago é Gandalf, o célebre personagem criado pelo inglês J. R. R. Tolkien para a série de romances sobre a Terramédia, o universo fictício em que ocorrem obras como O hobbit e a saga O senhor dos anéis. Na concepção de Tolkien, que foi ainda ensaísta e linguista, os homens convivem na Terra-média com hobbits e outras criaturas fantásticas, como elfos, anões, goblins e orcs -os repugnantes e feios seres controlados por Sauron, o senhor do escuro e inimigo da vida plural. Ilustrado
Livro resenhado:FIORIN, José Luiz (Org.) Linguística? Que é isso? São Paulo: Contexto, 2013, 206 p.
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