O artigo visa analisar a relação entre Educação e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no Brasil em tempos de pandemia, destacando uma série de iniciativas relativas à usabilidade destas ferramentas tecnológicas no campo educacional. As análises são fruto de pesquisa bibliográfica e documental, somadas as observações e experiências no uso das TICs em ações desenvolvidas por instituições de ensino superior. Os resultados obtidos apontam que as tecnologias têm ocupado um espaço importante na Educação, possibilitando o desenvolvimento de atividades favoráveis à comunicação e transmissão/aquisição de conhecimentos, sendo: realização de aulas, reuniões e palestras por videoconferências, disponibilização de materiais didático-pedagógicos em formato digital e gratuito, oferta de cursos extensionistas e a crescente realização de <em>Lives</em>. Na Amazônia, a experiência do Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil (HISTEDBR/UFOPA) demonstra a importância do uso das TICs, fortalecendo o compromisso com a educação pública, porém, registre-se que o uso destas tem seus limites no que se refere a interação direta professor-aluno-participantes, mas no momento é uma opção imprescindível.
A avaliação, processo inerente à vida humana, em meio a transformações econômicas e políticas, assumiu um caráter regulador e compensatório ao longo dos anos, tornando-se o principal instrumento de verificação do desempenho escolar (OLIVEIRA, 2018). Nesse sentido, o presente estudo analisa como os índices educacionais obtidos em avaliações externas, com aplicação em larga escala, refletem em escolas do município de Óbidos-Pará. Para tanto, adota-se como referencial o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Foi realizado por meio de pesquisa de campo, comparando dois cenários distintos: escolas com índices positivos e negativos no IDEB. Os resultados revelam a existência de uma “Política de Resultados”, traduzida em ações de recompensas ou punições, divulgação de imagens boas ou ruins na mídia, desvalorização profissional de docentes e gestores e precarização do ensino, tendo como consequência uma educação a serviço do capital, distante da efetivação da qualidade no ensino público.
O estudo apresenta discussões sobre a dinâmica do ensino remoto – introduzida no curso de uma pandemia – nas instituições públicas de ensino, e os efeitos desta organização na docência, refletindo o papel das políticas públicas neste processo de mudanças e novos percursos. Utiliza-se como lócus de problematização o contexto educacional da região norte do Brasil. As discussões são fruto de uma pesquisa empírica, contemplando o uso de levantamento bibliográfico-documental, observação e aplicação de entrevistas semiestruturadas com docentes da Educação Básica por meio de formulário eletrônico. Inicialmente, contempla-se que a pandemia introduziu novas demandas e intensificou esforços, aos docentes, diante da organização da dinâmica educativa, desde a adaptabilidade às ferramentas tecnológicas disponíveis até a transposição de metodologias presenciais para o ambiente virtual, bem como ocasionou a expansão da carga horária de trabalho, desmotivação e conflitos com as famílias dos estudantes. Soma-se a isso, o enfraquecimento da oferta de formação para o novo contexto educacional. Assim, é notável que, além de ampliar os dilemas já existentes, a pandemia projetou ainda o desafio da (re)invenção do fazer docente numa atual conjuntura de crise na educação pública, com desarticulações entre as políticas públicas educacionais e o novo contexto, principalmente, no norte do Brasil.
O estudo visa analisar a atuação de gestores educacionais frente à dinâmica de organização do trabalho pedagógico no curso de uma pandemia, revelando práticas, desafios e o lugar da formação nesse processo. Utiliza-se como lócus a região Oeste do Estado do Pará. As análises resultam de pesquisa empírica, contemplando a percepção de gestores educacionais por meio de formulário eletrônico. Os resultados obtidos revelam que optou-se pela continuidade das atividades, via ensino remoto, projetando nos gestores o desafio de organizar, junto à equipe pedagógica, a dinâmica do processo ensino-aprendizagem a partir do uso das ferramentas tecnológicas disponíveis, bem como na elaboração de apostilas com conteúdos dos livros didáticos; não houve formação específica para esse momento; e aumentou-se a demanda de trabalho, registrando reivindicações, por parte das famílias dos estudantes, quanto às metodologias utilizada pelas escolas. Somando-se aos dilemas já existentes – minimização de recursos, ausência de participação e autonomia, etc. – o contexto pandêmico projetou nos gestores o desafio de se reinventar em sua atuação profissional.
The study stems from the analysis of the 2016 Legal-Media-Parliamentary Coup that triggered a sharp crisis, mainly in the educational field. In view of this situation, it establishes dialogues with a counter-hegemonic pedagogical tendency: the Historical-Critical Pedagogy (PHC), proposing to answer what have been the contributions of the PHC to thinking about the public school in the context of crisis in Brazilian education. Through bibliographic research, the results indicate that, under a context of dismantling and vulnerabilities, the PHC is incorporated in educational debates and practices as an instrument of humanization, defending free public schools, omnilateral training, class struggle and the construction of an emancipatory praxis. As a pedagogical theory, PHC represents a fresh start in the face of the contestation of decontextualized curricula and processes, indicating the integration of individual/collective knowledge and universal knowledge, a movement conducive to the formation of articulated individuals in favor of social transformation.
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