A angina de Ludwig, considerada uma emergência médica, é uma infecção que atinge os espaços submandibular, sublingual e submentoniano, apresentando curso de evolução rápida e potencialmente fatal. O objetivo deste relato é descrever o tratamento de um caso de angina de Ludwing, decorrente de infecção dentária, associada a complicações cérvico-faciais e mediastinais. A paciente do sexo feminino apresentava história de aumento de volume na região da região submandibular bilateral e submentoniana, queixas de disfagia e dispneia, além de trismo. O paciente foi tratado inicialmente com drenagem e extração do elemento causador da infecção, 72 horas após a operação, porém a paciente voltou a apresentar dispneia. Para o tratamento dessa complicação, realizou-se cervicotomia associada à antibioticoterapia de amplo espectro. A abordagem terapêutica contendo manutenção das vias aéreas, cervicotomia, antibioticoterapia, bem como a retirada do fator etiológico foi eficaz no manejo deste caso de complicação de angina de Ludwing.
O seio maxilar define-se por um espaço pneumático na maxila bilateralmente que possui volume e proximidade com os ápices de 2º pré-molares e molares superiores, possibilitando que intervenções nestes afetem sua integridade, levando a inflamação e podendo resultar em Rinossinusite Crônica (RSC). Este estudo visa elucidar a atribuição da cirurgia endoscópica para tratamento da RSC através de um relato de caso clínico. Paciente sexo masculino, 50 anos, compareceu ao serviço de CTBMF do Hospital da Restauração-PE, com algesia em região zigomático-maxilar direita e comunicação oroantral, há sete meses, por exodontia traumática do elemento 15, já submetido à terapêuticas clínicas, sem sucesso. Diagnosticou-se ao exame físico e de imagem, RSC secundária, optando pela sinusectomia via endoscópica ântero-posterior acessando o seio maxilar direito por antrostomia maxilar na parede nasal lateral, removendo a mucosa doente e instalando um dreno de manutenção. Concomitantemente, fechou-se a comunicação bucossinusal por um retalho na mucosa vestibular maxilar recobrindo toda falha, sob anestesia geral. No pós-operatório imediato, iniciouse antibioticoterapia, analgesia e irrigação com soro fisiológico 0,9%, pelo dreno, removido após 72 horas. A cirurgia endoscópica como tratamento da RSC mostra-se uma alternativa quando há falha terapêutica clínica, apresentando melhora da sintomatologia e qualidade de vida dos pacientes.
Introdução: o trauma em face é uma situação prevalente nos hospitais com serviços de Urgência e Emergência. A cavidade orbitária é geralmente afetada em fraturas, envolvendo ossos, tecidos moles e neurovasculares, com incidência de mais de 40% dos traumas maxilofaciais. Objetivo: analisar os traumas orbitários e suas repercussões clínicas, levando em consideração etiologia e possíveis complicações. Metodologia: o estudo foi composto por uma revisão integrativa, com artigos científicos originais e de revisão indexados na base de dados PubMed/Medline, publicados no período dos últimos cinco anos. A partir dos critérios de inclusão, os artigos passaram por criteriosa filtragem e posterior escolha, de acordo com ênfase nas informações desejadas. Resultados e Discussão: os traumas orbitários necessitam de exame clínico minucioso e rápido diagnóstico. Assim, pode-se observar que a diplopia, equimose periorbital e enoftalmo são os achados clínicos mais prevalentes nos estudos, sendo acarretados por diversos fatores etiológicos. Logo, avaliações oftalmológicas devem ser realizadas para que se analisem as condições visuais do paciente, permitindo uma abordagem mais coerente com prognóstico melhor para o paciente. Além disso, o volume orbitário varia de acordo com a etiologia e os padrões de fratura, podendo desencadear complicações devido à estreita relação com o globo ocular. Considerações finais: Denota-se que as repercussões encontradas influenciam diretamente na eficácia do diagnóstico, na previsibilidade de complicações e no plano de tratamento. Sendo assim, é imprescindível para o cirurgião saber avaliar e interpretar corretamente os achados clínicos após fraturas orbitárias.
Um dos objetivos do tratamento endodôntico é a máxi-ma desinfecção do sistema de canais radiculares, bem como, a prevenção da sua reinfecção. A terapia fotodi- IntroduçãoA infecção endodôntica ocorre com a proliferação de bactérias no interior dos canais radiculares que adentraram nesse meio através da exposição do dente ao ambiente oral, devido a lesões cariosas ou traumáticas, causando a formação de lesões perirradiculares persistentes 1,2 . Dessa forma, o tratamento endodôntico deve ser realizado como medida para eliminar e inativar os biofilmes bacterianos e seus subprodutos facilitando assim a reparação dos tecidos apicais 1,3 . Durante o preparo químico mecânico utiliza-se instrumentos manuais ou mecanizados, concomitante a irrigação com substâncias químicas, e em alguns casos, o uso de medicação intra-canal entre as sessões clínicas, obtendo assim relativas taxas de sucesso na diminuição da quantidade de bacté-rias presentes nos canais radiculares 2,4,5,6 . Está bem evidenciado na atual literatura, que a desinfecção completa dos canais radiculares é bastante difícil, devido à diversidade dos sistemas de canais radiculares na região apical onde há maior predomínio de deltas apicais e formação de biofilme extraradicular, o que dificulta a eliminação de micro-organismos resistentes, tal como o Enterococcus Facaelis 5,7,8 . O tratamento endodôntico convencional falha na inativação e eliminação das endotoxinas bacterianas como os lipopolissacarídeos que são liberados provocando infecções endodônticas graves que comprometem o sucesso da terapia endodôntica 2,6 .
Introdução: A Mucocele Oral (MO) é uma lesão pseudocística de retenção não neoplásico, comum das glândulas salivares menores, apresentando diversos fatores etiologicos, sendo o trauma e a inflamação do ducto salivar os mais frequentes. Objetivo: Reportar um caso de remoção cirúrgica de mucocele de tamanho atípico. Relato de caso: Paciente 27 anos, masculino, compareceu a uma clínica escola odontológica, relatando presença de lesão indolor em mucosa labial inferior, persistindo há aproximadamente duas semanas, com história previa de trauma por mordedura acidental. Ao exame físico observou-se lesão nodular de base séssil, normocorada, flácida à palpação, medindo aproximadamente 03cm em seu maior diâmetro, em mucosa labial inferior. Estabeleceu-se a hipótese diagnóstica de mucocele, optando-se, pela remoção cirúrgica sob anestesia local, do bloqueio do nervo mentoniano unilateral. Realizou-se uma incisão linear em epitélio, seguida de meticulosa divulsão, tornando possível exérese de lesão, mantendo-se a integridade da cápsula. Por fim, realizou-se a sutura contínua simples da mucosa. Paciente continua em acompanhamento pós-operatório, sem sinal de recidiva. Conclusão: No caso clínico aqui relatado a remoção completa da mucocele tamanho atípico e glândulas salivares acessórias, bem como a ausência de recidivas, caracterizou o sucesso na abordagem do caso.Descritores: Mucocele; Glândulas Salivares; Cirurgia; Incisão Cirúrgica.ReferênciasBezerra TMM, Monteiro BVB, Henriques ACG, Carvalho MV, Nonaka CFW, Miguel MCC. Epidemiological survey of mucus extravasation phenomenon at an oral pathology referral center during a 43 year period. Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82(5):536-42.Choi YJ, Byun JS, Choi JK, Jung JK. Identification of predictive variables for the recurrence of oral mucocele. Med oral patol oral cir bucal. 2019;24(2):e231-35. Liu JL, Zhang AQ, Jiang LC, Li KY, Liu FZ, Yuan DY et al. The efficacy of polidocanol sclerotherapy in mucocele of the minor salivary gland. J Oral Pathol Med. 2018;47(9):895-99.Titsinides S, Kalyvas D, Tosios K. Mucocele of the dorsal surface of the tongue: A case report. J Clin Exp Dent. 2018;10(5):e495-8.Abdel-Aziz M, Khalifa B, Nassar A, Kamel A, Naguib N, El-Tahan AR. Mucocele of the hard palate in children. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;85:46-49.Lucero RAC, Araceli GR, Cesar BFJ. Fenómeno de extravasación mucosa. Rev Tamé. 2019;7(21):835-37.Balan I, Camargo WR, Ribas MB, Navarro CH, Lobo F. Tratamento de mucocele com a técnica de Shira: relato de caso. Rev Odontol Araçatuba. 2019;40(2):54-8.Prosdócimo ML, Agostini M, Romañach MJ, de Andrade BAB. A retros-pective analysis of oral and maxillofacial pathology in a pediatric population from Rio de Janeiro–Brazil over a 75-year period. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2018;23(5):e511-7.Zanotto PG. Levantamento dos casos de mucocele e rânula diagnosticados pela laboratório de patologia bucal da Universidade Federal de Santa Catarina entre 2006 e 2018 [monografia]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC; 2019.Oliveira BF, Henrique DBB, Cruz JHA. Mucocele oral provocada por mordida acidental: relato de caso. Arch Health Investigation. 2019;7(11):455-60.
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