Neste texto, apresentamos uma resenha da conferência Fonologia: conquistas e desafios proferida pela Professora Doutora Thaïs Cristófaro Silva (FALE-UFMG) e moderada pelo Professor Doutor José Sueli Magalhães (UFMG) no dia 16 de julho de 2020, integrando a programação do evento Abralin Ao Vivo – Linguists Online. Cristófaro-Silva explana acerca das conquistas, dos avanços e dos desafios dos últimos anos na Fonologia. A conferencista i) apresenta um panorama das contribuições metodológicas e teóricas da Fonética aos estudos de Fonologia, considerando as peculiaridades referentes aos respectivos campos de estudo; ii) considera fenômenos fonológicos emergentes no Português Brasileiro, a exemplo da nasalização e da palatalização; e iii) descreve as principais conquistas da Fonologia no Brasil, chamando atenção para a diversidade plurilinguística existente no país e o compromiss
Analisamos uma postagem no Twitter do Ministro da Educação da República Federativa do Brasil que motivou a Procuradoria Geral da República a instaurar inquérito para apuração de crimes resultantes de preconceito e discriminação. No texto da postagem, sistematicamente o “r” é trocado por “l”, em caixa alta. O conteúdo evoca as histórias da Turma da Mônica, cujo enredo gira em torno de “planos infalíveis” de Cebolinha e Cascão para derrotar Mônica. Por analogia, a China estaria envolvida em um plano conspiratório para disseminar a COVID-19. Demonstramos como a manipulação de um traço linguístico pode evocar discriminação e preconceito.
Neste estudo piloto, demonstra-se a possível contribuição da relação entre julgamento e expressões faciais para a compreensão do encaixamento social de um fenômeno variável do tipo estereótipo (o rotacismo no português brasileiro) e dos efeitos fisiológicos da variação. Para a execução deste trabalho, foram elaborados dois estudos experimentais: o primeiro contou com a participação de 30 estudantes universitários e considerou, como variáveis independentes, julgamento e tempo de resposta a estímulos de áudio; o segundo, do qual participaram outros 9 estudantes, considerou, como variáveis independentes julgamento e expressões faciais dos participantes. Os resultados obtidos corroboram o status estigmatizado da variável e dão indícios de que o julgamento negativo atribuído a esse traço é evidenciado pelas expressões faciais, pois os participantes não permaneceram neutros ao ouvirem realizações desse fenômeno.
Este texto apresenta uma resenha crítica e colaborativa da conferência “Bases para uma pedagogia da variação linguística” proferida por Carlos Alberto Faraco (UFPR) e mediada por Raquel Meister Ko. Freitag (UFS) no evento Abralin ao Vivo – Linguists Online, organizado pela Associação Brasileira de Linguística (Abralin). Faraco advogou acerca das bases para uma pedagogia da variação linguística (FARACO, 2008; ZILLES; FARACO, 2015). O conferencista discutiu conceitos sociolinguísticos basilares, como a noção de normas linguísticas; abordou os princípios e objetivos da proposta pedagógica, apontando as dificuldades da implementação no ensino de língua portuguesa na educação básica; e destacou os avanços nas propostas pedagógicas baseadas numa pedagogia da variação linguística.
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